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Renato Gomez

Os bons morrem jovens...



Kurt Cobain, Renato Russo, Cazuza, Janis Joplin, Cássia Eller, Jim Morrison, Jimi Hendrix, e agora Amy Winehouse. Não estou aqui para discutir o talento de nenhum deles, mesmo porque dentro de seu estilo todos foram talentosos, e conquistaram multidões, nenhum foi unanimidade, ainda bem, pois toda unanimidade é burra, como dizia Nelson Rodrigues. O fato é que todos deixaram o palco da vida precocemente, por fazerem da vida exatamente um espetáculo contínuo, onde se tornaram protagonistas e antagonistas.

Álcool, cigarro, heroína, cocaína, craque, enfim, drogas, polêmicas, e muito rock and roll, cada um com as suas todos foram e são e ainda serão por muito tempo ícones de gerações, mas que não tiveram a oportunidade de se apresentar para muitas gerações. Mas afinal, o que leva essas mentes musicais brilhantes do anonimato ao estrelato e da constelação à morte?

É impossível traçar algum padrão social, de personalidade, ou de características, existem poucas coisas em comum nas histórias, alguns de origem pobre, outros de origem nada modesta, uns com suas deficiências na estrutura familiar, uns de famílias tradicionais. Todos com personalidades tendentes à depressão. Vários que se foram aos 27 anos. Talvez essa mistura de fatores pessoais, genialidade, depressão, juventude, fama e drogas, somada ao despreparo psicológico tenham dado ao mesmo tempo uma legião de fãs e a passagem para o mundo dos mortos a estes indivíduos célebres. Não estou defendendo que foi graças às drogas que conseguiram tudo isso, antes que os conservadores extremistas alienados venham me julgar, mas o caráter depressivo de suas personalidades, a falta de orientação, a vida desregrada e os louros do sucesso podem ter encaminhado todos ao caminho das drogas e ao mesmo tempo à criação brilhante de letras e músicas que perduraram neste mundo por muito mais tempo que seus autores.

Está na hora da sociedade começar a cuidar melhor de seus gênios, seja em qualquer área, pois celebridades problemáticas que se vão como um cometa não são exclusividade da área musical, e culturalmente são importantes dentro da sociedade, contribuindo com a qualidade e a diversidade. Destes que já se foram termos apenas as saudades e a obra que conseguiram gravar na eternidade. “É tão estranho / Os bons morrem jovens / Assim parece ser / Quando me lembro de você / Que acabou indo embora / Cedo demais” Já dizia Renato (não, não eu, o Russo) na letra de “Os bons morrem jovens”, mas isso não precisa ser regra se prepararmos os bons. E Ainda bem que minha carreira musical foi quem morreu precocemente, estou à beira dos 27.


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Fonte: Renato Gomez - [email protected] / Twitter: @Renato_Gomez
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