Domingo, 21 de agosto de 2022 - 17h49
Existem homens e mulheres que andam fazendo o
bem, desde há muito, construindo pontes, edificando plataformas destinadas ao
progresso material, social e espiritual de outros seres, ofertando um mundo de
benefícios a outrem, provocando transformações positivas no universo ao seu
derredor.
Parecem anjos corporificados a serviço de Deus
aqui no Planeta! Sem pedir nada em troca a não ser o recolhimento para si da
satisfação, da alegria de ter ajudado seu semelhante.
Enquanto
vou dedilhando as letras que vão aparecendo na tela do computador, o rosto da
Márcia Regina Pini, moradora de Porto Velho, eis que se me surge de forma
intensa e fulgurante, quando enxergo um anjo nessa mulher que sintetiza o amor
cristão, em forma de entrega aos mais sagrados sentimentos de gratidão à Deus e
à Jesus, seu filho muito amado.
Só
lamento (e muito) não viver tão próximo quanto desejaria, o que nos separou de
um convívio tão fraterno que me elevava, honrava e me aperfeiçoava!
Eu a conheci em 1983 como brilhante
Procuradora do Estado de Rondônia, sob o comando do doutor César Augusto
Ribeiro de Souza. Ali trabalhavam como também procuradores o Jefferson Delano
Pini, seu irmão, Eymard Osanam, Germano Câmara, Marco Antônio Fernandes (depois
Magistrado), Oswaldo Nechi, Rubens Sanches Filho, Maria Evanira e tantos outros.
As
transformações por que esta abençoada terra ia transpondo por conta da criação
do Estado de Rondônia, quase todas elas passaram pela Procuradoria Geral e
pelas abençoadas mãos da Márcia Regina Pini.
Na
Assembléia Geral do BERON para a sua criação, no dia 04 de abril de 1983, eu
desde as 07:30 h da manhã já indicado pelo Governador Jorge Teixeira, como seu
presidente, não vendo ninguém como secretário (a) perguntei:
–E
a ata? Quem vai fazer a ata?
–Já
está pronta! Respondeu-me uma resoluta Márcia Pini.
E
rimos juntos daquela sacada! Ela diligente e já experiente na implantação de
estruturas do novo Estado agia, antecipando-se, com uma desenvoltura única e
sagaz! tratando, procedendo, havendo-se, atuando, comportando-se, portando-se,
operando, lidando, movendo-se, praticando, concretizando, ...
E
ela, tão abnegada, encontrava tempo para mover-se e liderar um grupo de
generosos parceiros, seus irmãos em Cristo, como membro da sociedade espírita a
que pertencia, tendo depois, com eles trabalhado incansavelmente para implantar
a Federação Espírita de Rondônia, quando oportunizou a construção, num terreno
na então área rural de Porto Velho (virou parte de um bairro), edificando toda
uma estrutura física, contendo salas de treinamento, ambulatório, salas para
médicos, dentistas, refeitório, cozinha, caixa d’água, escritórios, banheiros,
despensa, almoxarifado, área para esportes, etc, etc, com o detalhe de ter
conseguido ainda equipar todos os espaços e adquirido todo um enxoval destinado
ao uso naquele ambiente, em que se distribuía amor ao próximo, mediante a ação
provedora de saúde, tratamento médico, odontológico e alimentação aos mais
necessitados.
Uma estrutura maiúscula, cujos desdobramentos não posso aquilatar, num lugar conhecido como Cascalheira, no Bairro de São Francisco, cujo acesso se dava quase bem em frente a EMBRAPA, pelo lado esquerdo de quem vai para o Candeias, fora concebida, sob a liderança da Maria Regina Pini, com o apoio de espíritas abnegados de Rondônia, que, com ela faziam – consoante já destacado – parte do Movimento Espírita, em Porto Velho, com o nome de ICEAL - Instituto Cultural e Educacional Espírita André Luiz
Interessante é que,
paralelamente à entrega com que se dedicava ao serviço público e às obras
assistenciais, essa pequena mulher na altura, se transformava num gigante como
esposa e mãe de, salvo engano, mais de dez crianças.
Dinâmica
por excelência, essa Marcinha sobre quem escrevo, é um ser iluminado, será, na
visão de um Victor Hugo, o francês, o mais perfeito dos ideais, merece um altar,
se os homens e mulheres do nosso tempo prestassem mais atenção no seu entorno
para descobrir a quantidade de pessoas que nasceram para fazer o bem, a exemplo
da Márcia Regina Pini e da sua mãe Benedita Pini, uma dedicada professora que,
em Porto Velho agenciou tantas e tantas transformações na vida de seus alunos.
Inteligentíssima,
a Márcia Pini costuma enxergar bem adiante do seu tempo e se vale da sabedoria
para fazer as suas escolhas, como mãe, espírita, ativista social, advogada e
cidadã, enfim, para a tomada de suas decisões, para comandar a sua vida, como
habitante do planeta.
Participou
de diversos cursos para que a sua formação acadêmica –o Direito– pudesse eloqüentemente
ser ainda mais eficiente, eficaz e efetiva, a partir de vários cursos inclusive
na sua especialização em Metodologia do Ensino Superior.
Depois
da sua passagem pela Procuradoria Geral do Estado atuou nos primórdios do
Tribunal de Contas do Estado de Rondônia-TCE, assessorando Conselheiros, e,
ainda desenvolveu suas atividades na Defensoria Pública deste Estado, porém
costuma dizer que hoje se realiza mais trabalhando na área do Direito Privado.
Com a sensibilidade à flor da pele, em 2019 concluiu um bebedouro no
muro de sua casa para moradores de rua e outros passantes. Porto Velho,
conhecida como de calor escaldante, onde na frente da sua residência implantou esse
abençoado equipamento, oferecendo água gelada aos transeuntes. E justificava
dizendo: “Afinal, a água é a fonte da vida. A sede é uma tortura“!
Márcia
Pini, que nesta sua vida em que você distribui tanta bondade e poucas pessoas
sabem ou reconhecem as inúmeras virtudes que detém, por isso e por outras eu
desejo que, ao fim da sua jornada daqui a centenas de anos –essa data incerta
demore tanto a chegar– você alcance um altar porque sua existência foi entregando
luz que esparge em profusão, porque seu coração é magnânimo e fecunda tanto
amor, por isso eu me ajoelho para oscular suas mãos e, nessa genuflexão, eu
possa dizer que você representa o sacrário como mulher anjo, por isso há de
merecer uma auréola... e há de ser colocada onde começa o céu!
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