Duelo da fronteira

 
Tive a grata satisfação de ir, pela primeira vez, assistir ao duelo da fronteira.

Desde pequeno gosto de ver as apresentações de boi bumba.

Hoje, vemos com grande pompa as apresentações, não são mais como nos tempos idos que era algo simples, porém feito com muito carinho.

Tinha a matança do boi, tinha que amolar a faca no rebolo.

Era a Catirina e o Cazumbá que assustava a criançada.

Vi na 6ª feita a apresentação do boi Malhadinho, também chamado de azul e branco, embora tivesse mais cor verde dentre os seus componentes do que propriamente a cor azul. Estava muito bom, porém com grandes lacunas na sua apresentação e faltou organizar melhor as coreografias.

O que matou mesmo a apresentação foi o atraso de quase duas horas. Quando iniciou, grande parte das pessoas já estava indo embora, pois muitos estavam com crianças ou idosos e o adiantado da hora mais o frio que tomou Guajará Mirim, impediram que ficasse mais tempo.

No sábado foi a apresentação do “Flor do Campo”, o vermelho e branco.
Iniciou praticamente dentro do horário, com um atraso suportável e mostrou a que veio.

Organização muito boa e a coreografia impar.

Sem vagos entre as alas e a dança sem deixar que pequenos erros pudessem prejudicar a apresentação.

Muito bom mesmo.

Embora seja leigo no assunto, pois o pouco que conheço seja por curiosidade, acredito que o vermelho e branco tenha tudo para ganhar o certame.

Gostei demais da festa.

Encontrei grandes amigos por lá e alguns que já não via, embora estando em Porto Velho toda a turma morando, foi mais fácil encontra-los em Guajará.

Fizemos uma batucada gostosa na calçada do Hotel Fênix inclusive acompanhando a turma com um pandeiro – não sei se os bebuns eram eles por me deixar acompanha-los ou se era eu que já não tinha mais noção do ridículo que sou, tocando qualquer instrumento, pois até batendo palmas sou desafinado.

Faltou a administração municipal uma organização um pouquinho melhor e tenho certeza que irá melhorar ano que vem.

Um grande espaço ao lado do bumbodromo estava vazio e poderia servir de estacionamento.

Critica-se, porém também se elogia.

O acesso ao local da festa, sem atropelos ou congestionamento, banheiros em quantidade suficiente – só falta um pouco mais de educação das pessoas quando estão utilizando.

Não vi flanelinhas tentando achacar motoristas, não vi pedintes no espaço.

Muito bom mesmo, em uma escala de 0 a 10, dou nota 8 (oito) com louvor e espero no ano que vem poder dar nota 10 (dez), pois para um município pequeno como a Pérola do Mamoré, o espetáculo foi digno de uma cidade grande.

Parabéns!

Fonte: Orlando Júnior  -  [email protected]
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