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Gente de Opinião

Orlando Cavalcante Pereira da Silva Junior

Dia das crianças


 
Dizem que em um país muito distante, mas muito... muito distante, um jovem velho saiu no dia das crianças, com um presente, para entregar à criança mais amável, bondosa, carinhosa, dedicada, especial, formidável, gostosa, hilária, inimaginável, jovial, linda, maravilhosa, natural, ótima, perceptiva, querida, recatada, saudável, tenaz, única, viva, xavequeira, yang e, de quando em vez, zangadinha.

Andou desde o raiar do sol até o astro rei se por quando chegou a uma casa e vê uma criança brincando.

No início, não recebeu o jovem velho nenhuma atenção da criança.

De posse da paciência peculiar de um velho ancião, esperou um bom tempo até receber a atenção da criança que lhe deu um beijo e um abraço.

Do alto de sua sapiência, o jovem velho percebeu que aquela criança era a especial e que merecia o presente.

Entregou-lhe o pacote e a criança tentando abrir para ver o que tinha recebido do velho, com sua pouca força, buscava rasgar o pacote.

Com a ajuda do velho, conseguiu seu intento.

Abre seu presente, o admira e diz que gostou.

Que achou lindo.

Pega o brinquedo, e deixa em cima de uma pequena mesa.

Sai correndo em uma linda disparada e some.

Demora, fala com sigo mesmo e depois com um jeito maroto, porém angelical, volta e pergunta ao velho:

_ Adivinha o que tenho na mão?

E o velho, de forma marota responde:

_ Um elefante.

Não. Tenta de novo tio.

_ Uma girafa, brinca novamente o velho.

Não. Fala outra coisa tio.

O velho, já pensando na seriedade da pergunta responde.
_ Não sei, meu filho, o que é?

Do alto de seus quatro ou cinco anos, a criança lhe diz:

_ Tio, põe o presente que você me deu no chão o que é prontamente feito pelo velho.

De forma inusitada e angelical, a criança corre em direção do velho e o abraça com o carinho que somente uma criança sabe demonstrar.

Pego de surpresa, o velho não esperando a linda reação da criança, fica inerte e do canto de seus olhos, umas lágrimas teimosas insistem em aparecer no palco de seu rosto.

De forma inesperada a criança consegue fazer aquele rosto já maltratado pelo tempo exprimir uma bela visão do céu.

O espetáculo foi assistido apenas e tão somente pela natureza ao redor.
Foi um espetáculo partindo e uma ópera a uma tragédia, passando por um circo mambembe.

Esse lugar tão, tão distante é o Brasil.

O espaço é Rondônia e o cantinho é Porto Velho.

O jovem velho sou eu e a criança é você.


 

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Fonte: Orlando Júnior  / Auditor Fiscal, Escritor e Professor Universitário  -  [email protected]  -  Gentedeopinião  / AMAZÔNIAS  /  RondôniaINCA   /   OpiniaoTV  Energia & Meio Ambiente   
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