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Gente de Opinião

Orlando Cavalcante Pereira da Silva Junior

Banho de cultura


 
Ontem resolvi entrar em uma máquina do tempo e voltar a minha infância.

Fui assistir ao Show de Cultura que está acontecendo na Praça das Três Caixas D’água e, embora um pouco sonolento, no início, quando dei por conta, já estava sorrindo e batendo palmas para o Palhaço, vindo do Rio de Janeiro que estava dando seu show.

Valeu mesmo. Valeu também pela espontaneidade de uma criança que foi ajudar o palhaço em suas atividades.

Simplesmente maravilhoso.

O estilo simples que era apresentado levou-me aos primeiros anos de minha infância.

Prestei atenção a um casal sentado à minha frente. Um senhor de idade avançada bastante sisudo.

Sisudo em termos, pois no meio da apresentação do palhaço, o distinto senhor já ria e aplaudia.

As mágicas e brincadeiras eram bastante conhecidas de muitos, porém, para os pequenos que estava lá, era algo inusitado.

E pra os um pouquinho mais velho, como eu, era simplesmente relembrar bons tempos.

Via a performance de uma pessoa que ao transformar-se em pleno palco, levou ao delírio com a dublagem de uma musica e vi, com alegria o acompanhamento, através de palmas, da platéia.

Mais legal foi, quando dei por mim, também batendo palma – e olha que eu, até batendo palma sou desafinado.

Por fim, tive em minha volta a infância o ponto mais alto.

Vi com satisfação e respeito a apresentação do grupo de teatro de Tocantins, quando o ator leva ao palco um boneco.

Tempos que não via a apresentação de um ventríloquo ao vivo.

Meus olhos encheram d’água quando vi, na imagem daquele boneco, o peteleco, primeira apresentação que tive o prazer de assistir, quando, aos domingos, no auditório da Radio Caiari (ZYZ-35, Sociedade de Cultura Caiari).

Era um boneco negro, pequenininho, feito de madeira que perturbava todos da platéia com sua graça, graça que nada mais era, do que o seu apresentador passava do seu coração para nós, pequenos expectadores viam.

Era nossa maior alegria, ir, aos domingos, ver cantores como Jorge Andrade e sua esposa Ana Amélia, por sinal minha tia, cantarem com o coração.

Vi disputa de qual o galo que cantava primeiro e o prêmio era o que menos importava. Muitas vezes, ganhávamos pirulitos ou bombons.

O prêmio maior era o prazer de ver o despertar da cultura nas terras de Rondônia.


Fonte: Orlando Júnior  -  [email protected]
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