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Gente de Opinião

Orlando Cavalcante Pereira da Silva Junior

A Amazônia e o mundo



Lembro que anos passados, um barco de passageiros afundou no Rio Madeira, indo para Manaus e logo depois um grupo de ambientalistas da Alemanha, ligou para uma autoridade que cuida do controle de tráfego na região “exigindo” uma explicação.

A resposta da autoridade foi curta e grossa.

Mandou que eles cuidassem dos problemas deles que nós cuidaríamos dos nossos.

O que mais tem é gente de fora, que, sem conhecimento de causa, querem dar pitacos em tudo que se refere a Amazônia.

Concordo que nossas cidades na região Norte não são maravilhas.

O que temos de fazer é buscar nossos direitos e lutar para que nossa terra melhore.

Quando digo nossa terra, digo com propriedade, pois, nasci aqui. Então posso falar com conhecimento de causa.

A incompetência de nossos administradores é que atravanca nosso progresso.

Porto Velho, em especial, tem tudo para ser uma cidade organizada, limpa e segura.

Não vi, até agora, uma obra concluída que esteja sobre os auspícios do governo federal ou do governo municipal, pelo menos em Porto Velho.

É triste ver uma Avenida Caúla abandonada, sem acabamento.

Canais abertos para servirem de fossa pública.

Mais triste ainda – sem contar com o transtorno no trânsito – é ver os esqueletos dos viadutos, todos os dias, erguidos como troféu, celebrando a incompetência.

Não será uma ponte que irá destruir a Amazônia, visto que um jornal inglês (The Guardian) contesta a construção da ponte Manaus-Iranduba, que atravessa o rio Negro ligando a capital do Amazonas à selva e ao resto da região, o jornal afirma que novas “auto-estradas e oleodutos permitem acesso às vastas riquezas naturais do Brasil, mas ameaçam a maior floresta tropical do mundo”.

Aqui também quero, de antemão, defender a construção de qualquer ponte dentro de Rondônia.

O que está destruindo, na verdade, são os desmandos do governo central em desaparelhar o Exercito que vai até longínquos rincões do norte.

É a falta de equipamento e pessoal do Polícia Federal para controlar nossas fronteiras.

É a desorganização na Zona Franca de Manaus.

É o descaso com as Zonas de Livre Comércio, que foram criadas para incentivar municípios pequenos, como exemplo Guajará-Mirim.

É a desativação do programa Calha Norte, dentre outros.

Temos que trabalhar para desenvolver nossa terra primando pelos princípios éticos em relação a flora e a fauna sem contudo, abandonar o ser humano em projetos fracassados como a Rodovia Transamazônica.

Já estamos cansados de sermos apenas bodes expiatórios e vivermos na idade média para beneficiar o centro sul do Brasil e grande parte do resto do mundo.

Comparo a “preocupação’ do restante do mundo com a Amazônia a uma pessoa, que come rápido toda sua comida e depois fica tentando controlar os demais a sua volta para não comerem tudo pois terão que dividir com ele.


Fonte: Orlando Júnior  -  [email protected]
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