Domingo, 25 de agosto de 2013 - 21h10
MONTEZUMA CRUZ
Editor de Amazônias
Quando a ação indenizatória movida pelo Sindicato dos Soldados da Borracha e Seringueiros de Rondônia for julgada, beneficiará também amazonenses de Boca do Acre, município de 30,9 mil habitantes, fundado em 1890, na confluência dos rios Acre e Purus. Na região sul do Amazonas, a 950 quilômetros da Capital, Manaus, também havia soldados da borracha trabalhando na extração do látex durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Depois de uma série de reuniões no interior dos estados do Pará, Rondônia, em Cruzeiro do Sul (AC), na fronteira brasileira com o Peru, neste mês de agosto a direção do Sindsbor alcançou mais um destino onde seringueiros e familiares se dispuseram à filiação sindical, acompanhando desta maneira as demandas da entidade na Justiça Federal em Brasília e na Corte de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos, em Washington DC (Estados Unidos).
Durante três horas, no dia 19, o vice-presidente George Teles, Carioca, o diretor financeiro, soldado da borracha Antonio Barbosa, e o advogado Antonio Augusto Souza Dias, reuniram cerca de quatrocentas pessoas na Maçonaria de Boca do Acre. Todas foram informadas a respeito da Proposta de Emenda Constitucional nº 556, que prevê a concessão aos seringueiros os mesmos direitos concedidos aos ex-combatentes na 2ª Guerra: aposentadoria especial, pensão especial, dentre outros.
Amazonenses de Boca do Acre, Lábrea, Pauiní e adjacências terão semelhantes direitos aos acreanos, paraenses e rondonienses, aos benefícios daação de indenização. O Sindsbor alertou os participantes da reunião a evitar envolvimento com advogados não qualificados pela direção sindical. “Recebemos queixas de diversas pessoas revoltadas que denunciaram a advogada Ivaneide Girão de Lima”, disse o diretor George Teles.
Segundo ele, a advogada distribuía um boletim informativo e recolhia documentos de antigos seringueiros, para fins de montagem de procurações públicas individuais que seriam entregues na sede do Sindicato em Rondônia. De acordo com Teles, ela usou o nome do Sindsbor, mas pretendia municiar o advogado Irlan Rogério da Silva, que fora destituído em 2011 da defesa da categoria. “Informamos à polícia de Boca do Acre para alertar a todos que se sentirem lesados comunicarem o agravante à diretoria sindical. Só o Sindsbor tem legitimidade para montar processos à ação indenizatória dos soldados da borracha”, esclareceu.
Foi prometido aos Soldados da Borracha que, após a guerra, estes retornariam à terra de origem. Na prática, a maioria deles morreu de malária e outras doenças epidêmicas na Floresta Amazônica, e ainda, por atrocidades da selva. A maioria de sobreviventes cearenses viu-se obrigada a permanecer na região, por não ter dinheiro para pagar a viagem de volta, ou porque estava endividada com os seringalistas (donos de seringais nativos).
Adesões em Cruzeiro do Sul, no Acre
Acompanhe as atividades do Sindsbor neste site
Ditadura deu cadeia a militar que governou Rondônia duas vezes, operando milagres
A história do tenente-coronel paraquedista Abelardo e Alvarenga Mafra, ex-governador do extinto Território Federal do Guaporé não aparece em livros, t
Bacellar agrada no 1º ano de governo
Em 1º de janeiro de 1918, passados 107 anos, a edição nº 65 do jornal Alto Madeira via "tudo azul", ou seja, o Estado do Amazonas estava bem em sua gi
O agrônomo William Curi teve efêmera passagem pela Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia, onde ensaiou seus passos políticos, sem obter o mes
Gênese rondoniense (3) – No xadrez sucessório, a continuidade de Cury espremeu Teixeirão
Depois da exoneração de William Cury e do êxito do Polonoroeste, o INCRA daria conta de titular 3,4 milhões de hectares de terras em Rondônia, somando