Sexta-feira, 17 de outubro de 2008 - 06h44
Quem se beneficia do veto?
NAGIB NASSAR (*)
"A mistura da mandioca ao trigo é uma solução muito eficiente para substituir importações e evitar o risco da dependência".
A notícia sobre o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao projeto de lei que regulamentaria a adição de derivados de mandioca à farinha de trigo deixou espantados a nós cientistas, aos economistas e até aos observadores neutros de outros países.
O que o senhor presidente vetou foi aquilo que ele mesmo colocou como prioridade máxima e uma vez chamou de melhorar a vida dos pequenos agricultores e outra vez de fome zero. Tantos nomes são dados: mudam-se as palavras, mas o conteúdo fica mesmo.
Misturar mandioca com trigo para fazer pão e outros alimentos significaria muito para as camadas mais pobres do País. Os pequenos agricultores teriam a valorização de seu produto, plantado por sua família, dando maior oportunidade de trabalho para todos, fazendo com que a cada ano eles pudessem melhorar ainda mais as suas rendas e aumentar o seu nível de vida.
Na mesma semana, outra notícia impressionou o Brasil e os brasileiros: a alto do preço do trigo importado dos Estados Unidos e do Canadá. Nas bolsas de Kansas City e de Chicago, contratos de futuro do trigo fecharam em alta, em valores surpreendentes.
Parece-nos que quem aconselhou o senhor presidente a vetar o projeto de lei queria que nós importássemos e pagássemos nada menos do que 2 bilhões de dólares por ano, não visando à segurança alimentar do brasileiro, garantida pelo consumo do nosso próprio produto. Mais do que isso, eles querem que nós fiquemos na dependência dos países produtores de trigo, principalmente os Estados Unidos.
País produz mandioca e não trigo
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Fartura de mandioca na área de desembarque da indústria Halotek-Fadel, em Palmital (SP) |
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Fartura de fécula: a saída para evitar importações excessivas de trigo, a peso de dólar |
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