Quarta-feira, 31 de agosto de 2022 - 18h47
Rolim de Moura, na Zona da Mata de Rondônia, a 482 quilômetros de Porto Velho, tem algo em comum com a Capital: a falta de planos e de cuidados ambientais está pondo abaixo sua riqueza paisagística e ambiental. Hoje, quarta-feira, foi o dia do corte e derrubada de ipês amarelos na Rua Corumbiara, para atender a reforma do prédio do Fórum da cidade.
A Aruana Ação Ambiental da Amazônia, entidade que congrega ambientalistas e militantes de Rolim de Moura e de outras cidades, protestou: "É incompreensível que isso continue acontecendo: todo ano se repetem esses cortes e podas criminosas", disse o presidente da organização, Fabiano Gomes.
Entristecida, Ana Patrícia Hirooka publicou no grupo Aruanas: "Quero compartilhar com vocês uma cena comum em nossa cidade, mas que ainda gera uma indignação da população e com toda razão: mais árvores foram suprimidas no município".
Ela diz que desta vez a derrubada é decorrente da reforma do Fórum de Rolim de Moura e lembra: "No dia 29 já haviam cortado algumas árvores do estacionamento, hoje cortaram os ipês amarelos. Quem passava pela Rua Corumbiara não tinha como não reparar durante sua florescência, eram belíssimos."
Segundo Fabiano Gomes, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano "parece complacente" com o quadro agora irreversível.
"O centro da cidade está escalpelado, sem árvores, só temos três praças sem assistência de jardinagem, e reclamamos mais de uma vez ao secretário Olício Domingos Lopes para evitar esse absurdo."
Lembra que recentemente plantaram ipês na entrada do fórum, entretanto isso não foi divulgado. "No lugar deles foram plantadas palmeiras, e essas, com o tempo viram algo de corte como ocorreu na Câmara de Vereadores."
A Aruana não recebe justificativas, queixa-se Fabiano Gomes: "Elas nunca são apresentadas, são sempre em função de reformas, ampliação, obras, etc."
O dirigente lamenta que a própria política urbana praticada pela atual gestão não dá prioridade à criação de espaços verdes."
"A Aruana tem lutado pela criação de um departamento de parques e jardins, órgão que traria a regulamentação de plantios, adequando obras e espaços naturais", ele assinala.
Ainda Ana Patrícia Hirooka: "Não entendo porque não consideraram as árvores no projeto; poderiam pensar num espaço de convivência para os funcionários e os usuários do serviço."
Segundo ela analisa, quem conhece a região sabe: "Onde elas estavam, em nada comprometeria a obra do prédio, pois tem espaço em demasia. Não entendo esse comportamento anti meio ambiente e alheio ao nosso bioma; já sentimos os efeitos nocivos dessa ação, tanto visual quanto a sensação térmica.", lamenta.
Ana Patrícia acrescenta: "A minha impressão é que damos um passo à frente, e as ações da Aruana contribuem nesse sentido, plantando, cuidando, chamando as pessoas para as nossa ações, porém, retrocedemos anos ao nos deparar com o corte de árvores saudáveis e apropriadas para nossa região, como é o caso dos ipês que deveriam ter mais de uma década."
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