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Montezuma Cruz

O “sim” num ato de amor que pode salvar muitas vidas


O “sim” num ato de amor que pode salvar muitas vidas  - Gente de Opinião

Em cinco anos, a equipe médica especializada do Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro fez 480 transplantes de órgãos – córneas e rins especialmente –, beneficiando pacientes de Porto Velho e do interior do estado.

 

A doação de órgãos é um gesto de empatia e solidariedade de quem a pratica. 

O Sistema Nacional de Transplante (SNT) já autorizou a realização remoção e transplante de órgãos no estado. De cinco anos para cá a Secretaria Estadual de Saúde totalizou 95 transplantes de rins e 385 de córneas. 

Enquanto a segunda área encontra a boa vontade de muitos doadores, a primeira ainda depende deles, ou seja, a fila existe e precisa ser diminuída. 

Ao mesmo tempo, a equipe especializada está credenciada a viajar até a cidade do hospital que receber o órgão da pessoa doadora, e ali mesmo realizar o procedimento. Para tanto, a Secretaria Estadual de Saúde exige que esse hospital tenha estrutura para a cirurgia. 

Allan Uchoa Vieira, de 32 anos, vítima fatal de acidente de trânsito em Porto Velho, conhecido de muita gente em Porto Velho, pelo entusiasmo que transmitia, teve seus órgãos captados no dia 2 de agosto, no Hospital e Pronto Socorro João Paulo II. Com isso foram possíveis transplantes de cinco órgãos. 

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A coordenadora Organização de Procura de Órgãos de Rondônia, enfermeira Erika Fernanda, explica como é o contato com a família do paciente apto à doação de órgãos: “A equipe lhe apresenta a possibilidade de seu ente salvar vidas, que podem ser crianças, adultos, idosos, enfim, todos os que aguardam um sim para receber uma nova chance de vida.” 

De acordo com Walter Junior, irmão de Allan Uchoa, mesmo com a dor da perda, a família decidiu realizar um ato que salvaria muitas vidas. 

“Meu irmão era um homem muito bom, não bebia, não fumava e tinha muita saúde. E Deus deu essa oportunidade para que ele ajudasse ao próximo, mesmo no leito de morte. Acredito que através dessa doação ele ainda viverá noutras pessoas”, relatou. 

Segundo Walter, Allan “gostava de fazer o bem, sem olhar a quem.”

 

COMO SER DOADOR 

 No Brasil, existem duas formas de doar órgãos, sendo um doador voluntário em vida e após o falecimento com autorização da família. 

 O doador voluntário, em vida, pode doar um dos rins, parte do fígado, medula óssea ou parte do pulmão, para pessoas de até o quarto grau de parentesco e cônjuges. 

 O Brasil é o segundo país de referência mundial na área de transplantes e possui o maior sistema público de doação no mundo, informa o Ministério da Saúde. 

∎ Os pacientes recebem assistência integral e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante financiado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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