Domingo, 17 de outubro de 2010 - 20h10
MONTEZUMACRUZ
Amazônias
GUAJARÁ-MIRIM – Pouco depois do encontro das águas dos rios Pakaas-nova e Mamoré existe uma grande árvore torta. Esperamos que algum botânico ou engenheiro florestal identifique-a e mande dizer ao Amazônias de qual espécie ela é.
A viagem segue até a primeira praia, destino dos 13 ocupantes do barco Karine, no qual naveguei sábado passado (15/10). Lembrei-me de explicações de sábios a respeito. Uma delas diz:
“Diante de uma velha árvore torta, um pinheiro vergado pelo tempo, o sábio da aldeia ofereceu a sua própria casa como prêmio para aquele que conseguisse ‘enxergar o pinheiro na posição correta’.
Todos os moradores da aldeia se aproximaram e ficaram por longo período pensando em como seria e o que deveriam fazer para ‘enxergar o pinheiro na posição correta’.
Alguns se contorciam, outros se abaixavam, mas no final do dia nenhuma daquelas pessoas conseguiu ‘enxergar o pinheiro na posição correta’. Foi então que o sábio explicou ao povo ansioso:
– Ver esta árvore em sua posição correta é ‘vê-la como uma árvore torta’. Só isso.
Faz parte da natureza de pessoas de bem, querer ‘consertar as coisas e as pessoas’. Mas assim como árvores tortas devem ser enxergadas apenas como árvores tortas, também as pessoas, que segundo nosso ponto de vista precisam melhorar em determinadas áreas, devem ser vistas como seres humanos, que a exemplo de você, eu, e as árvores tortas, também possuem ‘pequenos defeitos’.
Se quisermos pela nossa própria força, endireitar uma árvore torta é bem provável que ela rache, quebre e morra”.
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