Domingo, 21 de dezembro de 2008 - 17h29
MONTEZUMA CRUZ
Agência Amazônia
É possível conter a destruição da Amazônia? Estudo divulgado esta semana pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) avalia o Decreto Federal nº 6.321, aquele que visa conter o avanço do desmatamento. E atesta que deu certo a edição daquela lista dos 36 maiores devastadores da região.
O estudo baseou-se nos dados de desmatamento anunciados no início de dezembro pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Esses 36 municípios, que em 2007 foram responsáveis por 49,1% do desmatamento totl, passaram a responder por 41,7% da área derrubada em 2008.
Segundo essa apuração, no primeiro semestre deste ano, enquanto houve um aumento de 4% no desmatamento em toda Amazônia, naqueles municípios houve uma queda de 7%. Um dos autores do estudo, o advogado André Lima constatou que, a partir do decreto, o governo vem intensificando ações de controle nas regiões mais críticas. Mais que isso, ele observa: criou novas regras para crédito rural, embargou o uso econômico de áreas degradadas e responsabilizou quem comprasse produtos provenientes de área desmatada ilegalmente.
É possível conter a destruição. Segundo André Lima, "desde que ações semelhantes sejam mantidas e reforçadas no ano que vem". E aí, o representante do Ipam defende uma nova lista, a fim de ampliar os municípios-alvo dessa estratégia. Basta querer.
Mato Grosso ainda lidera
Novo sistema criado pelo Inpe revela que as áreas degradadas na Amazônia avançaram 24,9 mil quilômetros quadrados em 2008. A área é superior ao Estado de Sergipe, e corresponde a locais onde a floresta foi parcialmente derrubada. Em relação à estimativa de 2007 – 14.915 km² degradados – houve um crescimento de 67%.
Batizado de Degrad, o sistema aponta que o estado que mais sofreu degradação florestal neste ano foi Mato Grosso, onde 12.534 km² de mata foram prejudicadas. Em seguida vem o Pará (7.708 km²) e Maranhão (3.978 km²). Os outros estados da Amazônia Legal tiveram menos que mil quilômetros quadrados degradados.
Constatação lógica: a destruição parcial da floresta ocorre quando madeireiros retiram as árvores de valor comercial. É o primeiro passo para o desmatamento total, chamado de "corte raso". Nessa fase a mata já foi parcialmente destruída. Em seguida vem as queimadas. O Inpe calcula que cerca de 13% da área degradada em 2007 foi completamente destruída em 2008.
Perda e ganho
A jornalista rondoniense Luiza Archanjo deixou a assessoria de imprensa do Centro Técnico Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia, em Porto Velho. Mudou-se para o Ministério Público Federal. Durante o período em que trabalhou no órgão prestou valiosas informações à imprensa brasileira. De minha parte, muito grato.
● Ouça o canto dos sapos amazônicos: a notícia foi divulgada pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amzônia: uma boa parte dos sons da floresta amazônica agora está acessível na internet para quem quiser ouvir. Trata-se de um guia virtual traz 46 vídeos com cantos de sapos da Amazônia Central, e irá surpreender muita gente que achava que os barulhinhos "cri cri", "fuin" e tantos outros eram de grilos ou de pássaros.
● O Guia dos Sapos é obra do Programa de Pesquisa em Biodiversidade e pode ser acessado gratuitamente e é voltado para tanto para pesquisadores quanto a interessados no assunto. O canto serve para atrair a fêmea, e é importante para a marcação de territórios. Basicamente, são só os machos que cantam. Clique para baixar (PDF e MPEG - 89 MB)
Fonte: Montezuma Cruz - A Agênciaamazônia é parceira do Gentedeopinião
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