Sábado, 15 de março de 2025 | Porto Velho (RO)

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Gente de Opinião

Matias Mendes

RONDON E PORTO VELHO


A saga do grande militar e sertanista Cândido Mariano da Silva Rondon, considerado com toda justiça como o último bandeirante a devassar os sertões ínvios do Brasil nos primeiros anos do século XX, guarda ainda uma incógnita em relação a Porto Velho, exatamente a Capital do Estado que homenageia o seu nome, mercê do conceito geográfico concebido pelo notável etnólogo Edgard Roquette-Pinto, um dos participantes da epopéia da construção da linha telegráfica ligando Cuiabá a Santo Antonio do Madeira, no vasto território do Estado do Mato Grosso da época.

Vale salientar, a título de esclarecimento inicial, que Rondon começou a chefiar uma Comissão Construtora de Linhas Telegráficas quando ainda no posto de capitão, em 1892, após haver trabalhado como auxiliar do tenente-coronel Antonio Ernesto Gomes Carneiro desde 1890, quando ainda no posto de tenente, exercendo tal atividade até 1919, quando, já no posto de general, exerceu por alguns anos as funções de Diretor de Engenharia do Exército (1919-1924), sendo esta uma das raras missões que desempenhou longe dos sertões do Brasil, mas sempre mantendo estreita ligação com o escritório no Rio de Janeiro que tratava dos assuntos relativos a administração e manutenção das Linhas Telegráficas e do Serviço de Proteção aos Índios criado por ele em 1910. Foi também durante o exercício dessa rara missão longe dos sertões que Rondon recebeu a incumbência de comandar as tropas legalistas no combate aos revoltosos de 1924, durante a Revolução Tenentista, missão que ele cumpriu com manifesta amargura, mas que nem por isso o poupou das mágoas de uma jovem corrente do oficialato que chegaria ao poder na Revolução de 1930, sob a chefia de Getúlio Dornelles Vargas, e exerceria contra o grande general uma vingança soez, malbaratando e menosprezando a grande obra que ele havia realizado pelos sertões do Brasil.

Aliás, a este respeito, o respeitável historiador Emanuel Pontes Pinto discorre com incontestável precisão sobre as desafeições dessa corrente de jovens oficiais contra o general Cândido Rondon nos primeiros tempos do governo revolucionário de 1930, conforme podemos aferir deste elucidativo trecho:

Havia entre aqueles militares alguns que participaram da longa marcha liderada por Luiz Carlos Prestes e que ainda sentiam-se ressentidos por ter Rondon comandado ataques e perseguições de tropas regulares contra aqueles revolucionários.

O fim da linha telegráfica, isto é, a derrubada dos postes, a retirada dos fios, a extinção das unidades militares responsáveis pela sua manutenção e pela segurança da fronteira ocidental do país, a dispensa do pessoal civil e, conseqüentemente, o fim da mística da Comissão e do seu chefe era o que propunham estes militares com influência ante o poder que passou a dirigir a Nação.

O general Rondon, como comandante-chefe das Tropas de Operação contra os revoltosos que se movimentavam pelo interior do Paraná e de Santa Catarina, em1924-1925, desarticulou a guerrilha, aprisionando muitos deles e obrigando seus chefes a se refugiarem no Paraguai (Isidoro Dias Lopes) e na Argentina (Luiz Carlos Prestes) com o remanescente de suas forças. Referindo-se ao general Rondon, após a vitória da Revolução de 1930, o tenente Juarez Távora, destacado líder revolucionário, afirmou:

(...) que considerava o general Rondon como dilapidador dos cofres públicos, a distribuir pelo sertão bruto linhas telegráficas aos índios, para lhes servir de brinquedo. Em qualquer país civilizado ou policiado estaria esse general na cadeia .’

Designado, em 1930, pelo governo provisório revolucionário, para ser seu delegado no estado do Amazonas, o tenente Aluízio Pinheiro Ferreira assumiu, também, a defesa de Rondon e das suas realizações. Levantou sua voz contra os detratores dos feitos de seu antigo chefe, aqueles que por ignorância descreviam o sertão que ele atravessou, homiziando:

índios antropófagos, cobras-grandes, mapinguaris hediondos (...), uma missão de felizes cidadãos fardados, regiamente instalados nas capitais, traçando mapas fantásticos, fazendo relatórios incríveis, gastando dinheiro a rodo.’

E foi mais longe, ao afirmar:

É assim que se malsina, que se desmoraliza, que se aniquila a capacidade, a honestidade, a perseverança e o patriotismo dos pertinazes obreiros silenciosos da grandeza do Brasil com a mais revoltante das ingenuidades (...)”

Como todo e qualquer grande homem, o general Cândido Mariano Rondon também não escapou ao estigma das controvérsias, inclusive respondendo a um Conselho de Guerra pela acusação de supostas arbitrariedades cometidas contra praças sob seu comando, em 1894, quando no posto de capitão, tendo sido denunciado por outro capitão, um certo capitão Távora, comandante de um batalhão de Infantaria. O detalhe interessante desse caso para quem atenta bem para certas minúcias é que, trinta e seis anos depois desse episódio, em 1930, um jovem tenente de patronímico também Távora tentaria arruinar toda a obra realizada nos sertões do Brasil por Cândido Rondon, conforme já vimos acima, fato que pode indicar  que o tenente Juarez Távora era, muito provavelmente, um desafeto histórico de Rondon por herança genética, considerando-se a raridade de tal patronímico no território brasileiro. Mas há que se considerar que, na época do episódio de 1894, de conformidade com a rígida discilplina militar de então, tais procedimentos faziam parte do RDE (Regulamento Disciplinar do Exército) que permitia que oficiais castigassem fisicamente seus subordinados que não fossem oficiais, ou seja, suboficiais e praças, procedimento que só foi abolido depois da sangrenta Revolta da Chibata, mas que ainda perdurou como caldo cultural por alguns anos nos meios castrenses, sendo conhecidos exemplos de tais procedimentos aqui mesmo na região de Rondônia em tempos bem mais recentes, como no episódio do sargento Marinho, duramente torturado no caso do desaparecimento do tenente Fernando de Oliveira Gomes, em Porto Velho, bem como no caso do sargento Folhadela, no Forte do Príncipe da Beira, no episódio do furto do cofre do7-º Pelotão de Fronteira, ocorrido em 1961. O caso do tenente Fernando aconteceu nos primeiros anos da década de 40, sob o comando do então capitão Ênio dos Santos Pinheiro, que viria a ser Governador do Território Federal do Guaporé, em 1955, quando no posto de coronel.

Rondon, a despeito da sua postura humanista fundamentada nos preceitos do Positivismo, não fazia segredo de que, por diversas vezes, pelos sertões, teve de recorrer ao processo do Conde de Lipe, justificando tal necessidade pela conduta turbulenta da soldadesca com a qual lidava, na maioria revoltosos enviados ao sertão como punição, bem ao contrário dos oficiais que faziam parte da Comissão de Linhas Telegráficas, quase todos de conduta escorreita e muito cultos, oficiais de escol, uma autêntica elite militar que contribuiria de forma decisiva para as grandes transformações que ocorreriam no Brasil na primeira metade do século XX.

Para exemplificar as condições difíceis enfrentadas pelo oficial Cândido Rondon durante os seus trabalhos pelos sertões nada melhor que a reprodução de passagens de suas memórias referentes a episódios ocorridos no ano de1894

“... Destaquei depois um pelotão para ir à mata buscar varas.
E durante uma hora, foram os soldados, em forma, vergastados.
Depois de deixar cada um no seu posto, regressei amargurado.
Doía-me profundamente ter sido forçado a recorrer ao processo do Conde de Lipe.
Entreguei-me a amargas reflexões sobre o fato de serem sempre enviados, para
trabalhar na comissão, homens indisciplinados, na fase ainda da obediência forçada.”
 

Adiante, referindo-se a um motim que tinha por objetivo assassiná-lo, Rondon faz uma reflexão a respeito da qualidade dos homens enviados para os trabalhos no sertão:

A construção da linha telegráfica exigia trabalhos penosos a que se não queriam submeter os soldados – eram por isso contínuas as deserções no contingente, a ponto de ser necessário mandar prender os desertores, para manter o princípio de autoridade. É que os soldados enviados ao contingente da Comissão eram os maus elementos indisciplinados, entre eles os cem revoltosos da fortaleza de Santa Cruz.”

................................................................................................................................
“Mandei organizar dois contingentes, fortemente armados, com ordem de prender os fugitivos ou atirar, caso não obedecessem. Seguiram os dois pelotões pelas duas estradas que conduziam à Bolívia, e um deles conseguiu reconduzir os trânsfugas presos ao acampamento.
Expliquei-lhes a gravidade do que haviam praticado e, mais ainda, do que haviam planejado. Expliquei-lhes, por outro lado, que a disciplina do sertão tinha de ser a disciplina de um lugar onde não havia cadeia.
Resolvi desligar os menos culpados e fazê-los recolher ao batalhão. Mandei, porém, que o cabeça ficasse em frente à minha barraca, as mãos amarradas ao pau da bandeira, a olhar para o seu comandante, a meditar sobre a sinistra idéia de o querer assassinar.”

No presente caso, nosso tema diz respeito a uma das muitas controvérsias que orbitam em torno da figura legendária do Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon e o seu escasso, quase absolutamente nenhum, relacionamento com a cidade de Porto Velho, local aonde chegou pela primeira vez em dezembro de 1909, quando o povoamento do lugar já emprestava a Porto Velho aspectos de cidade, mas que ele evitou olimpicamente, preferindo as condições deploráveis da decadente vila de Santo Antonio do Madeira às comodidades que poderia perfeitamente haver obtido na nova cidade que se desenvolvia em torno do porto e da estação ferroviária. O mistério se adensa ainda mais quando consideramos outros aspectos da personalidade de Cândido Rondon e as condições que ele encontrou em Santo Antonio do Rio Madeira no final do ano de 1909.

Positivista e, sobretudo, prosélito confesso do Positivismo, Rondon abominava os vícios, principalmente o alcoolismo, mazelas que grassavam em Santo Antonio, que, na verdade, em 1909, já havia se transformado numa espécie de subúrbio empobrecido da nova e pujante cidade que se desenvolvia sete quilômetros abaixo da cachoeira. Sem risco de laborar em hipérbole, é possível inferir que Santo Antonio do Rio Madeira, do lado mato-grossense, quando Rondon a conheceu, era de fato uma espécie de bas-fond para onde convergia a escumalha do rebotalho da escória que então gravitava nos arredores da vila próspera administrada com mão de ferro pelos americanos que construíam a ferrovia, que dispunham inclusive de policiamento próprio, fato que mantinha longe do núcleo de povoamento ferroviário os indesejáveis de toda ordem.

Rondon, acompanhado por seis praças, seis civis e os tenentes João Salustiano Lira e Emanuel Silvestre do Amarante, atinge as águas do Madeira, descendo pelo Jamari, no dia 25 de dezembro de 1909. No dia 31 de dezembro, segundo os registros de suas memórias, havia aportado em Santo Antonio do Rio Madeira, conforme ele mesmo descreve:

Estávamos a 31 de dezembro no porto da velha povoação de Santo Antonio, sobre  a barranca da margem direita do Madeira. Não tenho lembrança de jamais ter visto outro povoado de aspecto tão feio e tristonho. Constituída a população de aventureiros, vindos de todas as partes do mundo, cheia de vícios, alcoólatra, parece ter querido erigir em padrão de glória o desprezo pela higiene e o asseio. Amontoava-se o lixo no meio das ruas; ali mesmo se abatiam e esquartejavam as reses destinadas à alimentação; levantavam-se, de todos os lados, exalações pútridas. Os gêneros de primeira necessidade, quase sempre deteriorados e imprestáveis, custavam preços exorbitantes, fabulosos. O principal ramo de comércio era o álcool.

Em resumo, depois de ver tão infeliz aldeia, despovoada de crianças, compreendia-se que só por milagre não tivesse ela permanentemente a assombrosa mortalidade que a celebrizou. Sua fama, injustamente generalizada, trazia, desde muitos anos, paralizado o movimento de conquista das margens do Madeira por uma população honesta e laboriosa, capaz de beneficiar-se das incalculáveis riquezas desse solo.”

No entanto, mesmo havendo chegado a Porto Velho estropiado após uma travessia pelos sertões que durara duzentos e trinta e sete dias, mesmo reconhecendo as condições deploráveis da vila de Santo Antonio do Rio Madeira, mesmo blaterando contra os maus hábitos e a sujeira reinantes do lado do Mato Grosso, Cândido Rondon ainda preferiu ficar em Santo Antonio a permanecer na cidade nova mais asséptica do lado do Estado do Amazonas.

Quais as razões que teriam feito o Comandante positivista a preferir a exposição dos seus comandados ao desconforto e aos vícios em detrimento de uma cidade sanitária e moralmente mais saudável?

Aqui temos uma constatação objetivamente cristalina.

Rondon, filosoficamente positivista, era, acima de tudo, um patriota nacionalista, um francófilo por formação, um antineocolonialista  convicto e um telúrico por vocação e aspiração. Muito embora nunca tenha externado com toda clareza sua opinião a respeito desse assunto, em razão da grande responsabilidade que o seu alto posto impunha-lhe, repugnava-lhe a promiscuidade com os norte-americanos, em particular, e com os anglo-saxões de maneira geral.  Era um francófilo quase confesso, discípulo fervoroso e fiel de Auguste Comte, admirador do general francês Gamelin, do qual viria a tornar-se grande amigo, mas sobretudo havia recebido uma educação que tinha no francês a língua estrangeira preponderante no ensino do Brasil da época. Vale lembrar que a língua inglesa só começa a ganhar relevância no ensino pelo mundo afora depois da Primeira Grande Guerra (1914-1918) e consolida-se como língua estrangeira de ensino obrigatório em quase todo o mundo depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), caracterizando-se como o principal e mais perceptível instrumento do neocolonialismo liderado pelos norte-americanos.  A exemplo dos conquistadores romanos que impuseram o latim à quase totalidade dos países ocidentais e até mesmo por países da antiga Ásia Menor da sua época, pela espada, o inglês foi imposto ao mundo de forma muito mais abrangente sob o peso da Espada de Dâmocles representada pelo poder aterrorizador da bomba atômica. No caso específico do nosso enfoque, vale aqui lembrar que Porto Velho, à época que Rondon a conheceu, era uma povoação de idioma predominantemente inglês, razão bem suficiente para que o ilustre mestiço mato-grossense guardasse uma prudente distância dela.

O general Cândido Rondon, sabidamente, falava fluentemente o francês, ao ponto de serem encontradiças em seus textos expressões na língua francesa e alusões simpáticas à língua de Molière, entendia alguma coisa do alemão, mas não consta que transitasse com desenvoltura pela língua inglesa, haja vista que a sua correspondência com o coronel Theodore Roosevelt, após a expedição que realizaram juntos pelo rio da Dúvida, atual rio Roosevelt, era feita em língua francesa e com manifestas referências de que o livro escrito em inglês, Nas Selvas do Brasil, de autoria de Theodore Roosevelt, deveria ser traduzido por quem conhecesse o idioma, conforme podemos aferir no texto desta correspondência de Roosevelt a Rondon, datada de 6 de novembro de 1914:

Mon cher Colonel:

 Ci-inclus, je vous envoie un exemplaire de mon livre. Malheureseumente, cette terrible guerre européenne a empêché toute traduction allemande et française, aussi, ne peux-je vous en envoyer qu’un exemplaire en anglais.  Naturellement, ce n’est tout-à-fait désirable, mais peut-être trouverez-vous quelqu’un qui, sachant l’anglais, parcourra le livre et mettra en portugais les nombreux passages dans lesquels je parle de vous et des travaux de la commission télégraphique – sans mentionner les endroits où j’insiste sur le fait que nous sommes en parfait accord au sujet de la voie à suivre dans les affaires intérieures, notamment à propos de religion et instruction.”

Enfim, ao contrário dos dias atuais, predominava entre os oficiais da época de Rondon muito mais o conhecimentos das línguas alemã e francesa que do inglês.
O outro aspecto da personalidade de Rondon que pode explicar a sua escassa ligação com Porto Velho pode ser encontrado no seu arraigado telurismo.  O grande sertanista militar materializou mais que ninguém o conceito poético-filosófico de “canta tua aldeia e serás universal.” E a aldeia do grande general Rondon, nascido em Mimoso, era o seu vasto Estado natal do Mato Grosso. A sua grande obra de desbravamento, que tornou o seu nome universal, foi realizada quase toda dentro das raias do vasto Estado do Mato Grosso de então, sendo suas eventuais passagens pelos Estados vizinhos apenas episódicos meios na sua busca que tinha como fim o engrandecimento do seu querido Estado de origem. 

Nada há de concreto registrado na História que indique que o general Rondon tivesse alguma restrição específica e objetiva contra a cidade de Porto Velho. Nem mesmo o falecimento aqui do seu querido genro e companheiro de sertanismo, Emanuel Silvestre do Amarante, o major Amarante que empresta seu nome a uma rua da nossa cidade, ocorrido já no final  da década de 20, poderia servir de referencial para aclarar sua reserva ou seu aparente desapreço pela cidade que serviu como última morada ao seu ente querido.  Note-se, porém, que o primeiro Intendente (prefeito) nomeado de Santo Antonio do Rio Madeira, em 1912, foi o médico Joaquim Augusto Tanajura, integrante da Comissão Construtora de Linhas Telegráficas, que, além de haver sido seu médico e colaborador por muitos anos, era sabidamente seu amigo particular, ao ponto de havê-lo acompanhado muitos anos depois na missão diplomática mediadora do conflito entre o Peru e a Colômbia, no período compreendido entre 1934 e 1938. Tal fato parece indicar que Cândido Rondon confiou ao seu dileto amigo a missão de cuidar de Santo Antonio do Rio Madeira para tornar a vila habitável e atrativa ao povoamento como contraponto à vizinha cidade amazonenses. Ao que tudo indica, a proximidade de Porto Velho com a povoação mato-grossense de Santo Antonio do Rio Madeira foi, de fato, o fator determinante para que o notável desbravador de sertões nunca estabelecesse laços mais estreitos com a cidade situada do lado do Estado do Amazonas.

Na verdade, a morte e o túmulo do major Amarante apenas contribuíram para que o general Rondon fizesse a sua segunda visita a Porto Velho da qual se tem notícia, já em 1930, quando passou pela região nos trabalhos da Comissão de Inspeção de Fronteiras, sua última missão pelos sertões do Brasil, oportunidade em que se deslocou da vila de Presidente Marques (atual vila de Abunã) até Porto Velho exclusivamente para visitar o túmulo do  seu fiel auxiliar e genro Emanuel Silvestre do Amarante. Na época, já no posto de general-de-divisão, Rondon pode ter sido o primeiro oficial no seu posto a pisar em terras porto-velhenses, onde não pernoitou nem se demorou, nem permitiu qualquer recepção à altura de um oficial de alta patente como a sua, reforçando ainda mais a suspeita de que realmente não gostava muito da cidade amazonense que se tornaria a Capital do Estado que tem exatamente por nome Terra de Rondon.

Bibliografia Consultada:
FERREIRA, Manoel Rodrigues. Nas Selvas Amazônicas; Gráfica Biblos Editora, São Paulo, 1961.
MAGALHÃES, Cel. Amílcar Armando Botelho de. Pelos Sertões do Brasil; São Paulo, Companhia Editora Nacional,  1941.      
PINTO, Emanuel Pontes. Rondônia, Evolução Histórica; Editora Expressão e Cultura; Rio de Janeiro, 1993.
TEIXEIRA, Marco Antonio Domingues & Dante Ribeiro da Fonseca; História Regional: Rondônia; Porto Velho; Rondoniana, 2001, 2ª Edição.
VIVEIROS, Esther de.  Rondon Conta Sua Vida, Rio de Janeiro; Cooperativa Cultural dos Esperantistas, 1969.

Fonte: MATIAS MENDES
Membro fundador da Academia de Letras de Rondônia.
 Membro correspondente da Academia Taguatinguense de Letras.
Membro correspondente da Academia Paulistana da História.
Membro da Ordem Nacional dos Bandeirantes Mater.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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