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Marcelinho

Educação em segundo plano - Por Macelo Freire


 
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O fechamento de uma escola em um assentamento localizado no município de Theobroma, na região da Bacia Leiteira do Estado, revela o total descaso da educação no Brasil. Esta semana, pais e alunos do assentamento Antônio Conselheiro, decidiram acampar na escola por conta da decisão do município de fechar a escola que atendia mais de 120 alunos. A justificativa é a falta de recursos para manter os 30 servidores. 

Em entrevista a uma emissora de televisão no interior, o agricultor Raimundo Ferreira não conseguiu segurar o sentimento e confessou a falta de respeito com a educação. Disse ao jornalista que o governo se preocupava mais em construir novos presídios para atender a superpopulação carcerária do Brasil deixando a educação em segundo plano. 

O pensamento de Ferreira se encaixa perfeitamente em discurso recente feito pelo vice-governador Daniel Pereira (PSB), ocasião da posse do Conselho Municipal de Educação de Porto Velho, no ano passado. Naquela ocasião, Pereira afirmava que investir na educação significa cortar o perigo pela raiz. Oferecer um estudo de qualidade à população representa menos gastos de recursos do Estado na construção de novos presídios. 

É comum, em alguns casos, o professor querer se livrar o mais rápido possível do aluno problemático que causa confusão em sala de aula. É possível que se não houver um acolhimento desse aluno problemático, quem pagará o preço será a sociedade. Hoje, boa parte da população carcerária está na faixa etária entre 23 e 32 anos e não possui o Ensino Médio. São pessoas que não tiveram um ensino de qualidade e resolveram partir para o mundo do crime. Outros não tiveram a oportunidade de frequentar uma sala de aula. 

O Ministério da Educação tem o compromisso de colocar em prática de fato o novo Ensino Médio. O governo prometeu no ano passado que o Ensino Médio vai ser mais atrativo e também vai melhorar a qualidade da educação. Apostou que  será a maior mudança estrutural na educação básica do Brasil em décadas e mostra a sintonia do governo com os projetos de futuro dos jovens do País.

Ao que parece, o município de Theobroma precisa de ajuda. A falta de recursos para manter em atividade 30 servidores que atuam na escola inaugurada em 2013 no assentamento, como bem justificou a administração municipal, significa a total falta de planejamento e gestão. Não é admissível o município anunciar o ano letivo com escola fechada.

 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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