Terça-feira, 9 de outubro de 2018 - 16h30
O blog jornalístico que criei e tentei implantar ao longo de mais de quatro anos chega neste momento ao seu fim.
Decidi encerrá-lo por vários motivos.
O primeiro é a sensação de desalento, de que o esforço se tornou infecundo. O debate, que constituía a principal motivo da existência deste espaço, degenerou para a linguagem e o raciocínio padrão da internet. Critica-se o que nãos e lê, interpreta-se sem fidelidade aos fatos, agride-se irracionalmente. A progressão resulta em insensatez. O esclarecimento público e a contribuição para a revelação da verdade importam menos do que a medição de forças. Esse tipo de controvérsia não me interessa. Infelizmente, uma tecnologia maravilhosa tornou predominante essa prática.
Preocupado em fornecer informações e enfoques sobre as mais importantes questões do cotidiano e em atender as demandas dos leitores, dando atenção especial aos seus comentários, tive que me dedicar quase integralmente ao blog para que ele equivalesse a uma redação de jornal, embora de um só homem (só). Essa dedicação prejudicou o Jornal Pessoal e também a minha saúde. Preciso voltar a minha atenção para ambos, muito prejudicados ultimamente.
Pretendo fazer realmente um jornal pessoal, bem pessoal, mantendo-o na versão impressa em papel e tentando abrir caminho para chegar aos leitores mais distantes através da internet, se ainda tiver fôlego para tal. Espero conseguir, no formato convencional do jornalismo, o que já me desiludi de obter na forma mais moderna, pela rede mundial de computadores.
Continuarei a alimentar este blog com a reprodução de textos mais antigos, como vinha fazendo na série Arquivo JP. E voltar minha atenção para os demais blogs (cabanagem, enciclopédia, Vale), abandonados nos últimos tempos. Além de retomar velhos projetos dos quais o acompanhamento do dia a dia na Amazônia me mantém afastado.
Agradeço aos meus caríssimos leitores por terem visitado este blog, animando-o com suas palavras gentis e generosas. Não dispenso a sua companhia, que me é vital, neste ou em outro veículo da empreitada, como dizem o comercial das companhias aéreas em pleno voo.
Amanhã e sempre.
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