Sábado, 9 de julho de 2016 - 16h40
LÚCIO FLÁVIO PINTO
Editor do Jornal Pessoal
Em Belém (PA)
A administração de Dilma Rousseff realmente desmoralizou as contas públicas brasileiras. Mereceu – por razões técnicas e políticas, embora estas tenham prevalecido – o seu afastamento da presidência da república. Espera-se que não volte.
A leviandade na anotação dos números oficiais, entretanto, permaneceu a mesma. Pode até ter piorado, sob a aparência de correção.
De fato, não se pode levar a sério um governo que projeta superávit fiscal e a conta de chegada anota um déficit cavalar. A pretexto de colocar os números em ordem, o governo Michel Temer, pelas mãos do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, resolveu trabalhar com excesso de previsão negativa.
O cenário criado é o pior, seguindo o cálculo mais negativo possível, embora sob bases concretas. Se é assim, deixará de haver risco de erro. O que é óbvio: a meta tudo absorve, já que o objetivo a ser alcançado é o déficit, não o superávit, que o atual governo renunciou a alcançar, certamente por ser uma tarefa dificílima (mas não impossível).
Abre-se ,assim, uma avenida para todos os tipos de gastos, os necessários, os que podiam ser evitados e os absurdos, como os reajustes salariais que têm sido dados aos servidores públicos federais, e os perdões e subsídios de sentido político.
O excesso de gastos sobre a carência de receitas se tornou um fato normal, mesmo chegando ao valor estratosférico de 170 bilhões de reais em um único ano, como o previsto para este ano e mais R$ 150 bilhões para 2017. Ou seja: um buraco de R$ 320 bilhões em dois anos.
Se a União procede dessa maneira, logo os Estados e municípios a seguirão. Num rumo desconhecido e perigoso.
irão adotar essa nova regra de administração pública.
Quem bancará essa conta? Provavelmente, o Banco Central, superlotando sua carteira de títulos da dívida do governo, que lhe imporá o terrível cardápio, já que a independência do BC é uma ficção.
Em último caso, já se sabe sobre quem o ônus recairá: sobre as empresas que fecham e o trabalhador que perde seu emprego.
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