Sexta-feira, 19 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Lúcio Flávio Pinto

A esperança é o refluxo


 A esperança é o refluxo - Gente de Opinião

LÚCIO FLÁVIO PINTO
Editor do Jornal Pessoal, colunista do Yahoo e colaborador de Amazônias

Em Porto Velho logo começou a circular o boato de que as duas barragens não suportariam a pressão excepcional das águas e romperiam. Um jornalista chegou a antecipar no seu blog que 50 mil pessoas morreriam afogadas se acontecesse o acidente. Seria o tsunami amazônico. O boato escandaloso tem alguma razão de ser.
 

O que estava ameaçado (ameaça ainda não totalmente descartada) era a ensecadeira de terra construída em frente à barragem da hidrelétrica de Jirau, a primeira das usinas no sentido do curso do rio. É uma barragem provisória para permitir a construção em seco. Quando a estrutura fica pronta, a ensecadeira é desfeita.
 

Por coincidência, no exato momento em que o Madeira atingiu seu pique de vazão, de mais de 51 mil metros cúbicos de água por segundo, entrava em operação a 30ª das 50 unidades geradoras de Jirau, que passava a produzir 2.150 MW dos 3.750 MW que constituem sua capacidade nominal de energia (semelhante à da hidrelétrica seguinte, de Santo Antonio).
 

Talvez a ensecadeira já tivesse sido destruída se um incidente providencial não tivesse acontecido. Para gerar ainda mais energia do que a capacidade de projeto, a hidrelétrica de Santo Antônio, rio abaixo, elevou sua cota acima do que fora aprovado. Com isso, gerou desentendimento com a Energia Sustentável do Brasil, a empresa que constrói Jirau.

O impasse subiu na esfera administrativa e ainda não foi resolvido. 

Leia o texto completo de Lúcio Flávio

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

Gente de OpiniãoSexta-feira, 19 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

O enclave de Ludwig na Amazônia no tempo da ditadura

O enclave de Ludwig na Amazônia no tempo da ditadura

Lendo o seu artigo Carajás:  enclave no Pará, me veio em mente uma experiência que fiz com a Jari, quando trabalhava como economista, no fim dos anos

Por que não proteger as castanheiras?

Por que não proteger as castanheiras?

A PA-230, rodovia estadual paraense que liga os municípios de Uruará, na Transamazônica, a Santarém, situada no local de convergência do rio Tapajós c

Amazônia na pauta do mundo

Amazônia na pauta do mundo

Publico a seguir a entrevista que Edyr Augusto Proença (foto) concedeu à revista digital Amazônia Latitude, iniciando uma série de entrevistas com esc

Amazônida, produto da consciência

Amazônida, produto da consciência

O Dicionário Houaiss, o mais erudito da língua portuguesa, abriga 15 verbetes relativos à Amazônia, de Amazon (o primeiro) a amazonólogo (o últi

Gente de Opinião Sexta-feira, 19 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)