Quinta-feira, 5 de julho de 2018 - 17h59
Longe dos bastidores, fico na plateia só tomando conhecimento do que se passa na ribalta política. Entre um jogo da seleção brasileira e outro, os analistas políticos, colunistas e outros curiosos escrevem a respeito da suposta armação do diretório regional do MDB para negar uma das vagas de senador ao ex-governador Confúcio Moura. Já li que há outras articulações do senador Valdir Raupp fazendo uma dobradinha com o deputado Marcos Rogério (PTD), que também deve sair candidato ao Senado e rachando a base eleitoral com o ex-prefeito de Ji-Paraná Jesualdo Pires.
Sei que (P)MDB tem histórico em trairagens. Só um exemplo. Em 1990, o candidato do PMN, em coligação com o PMDB, era o então vice-governador Orestes Muniz, mas o governador Jerônimo Santana, um dos “donos” do partido, apoiou José Guedes, do PSDB.
Atualmente juras de amor foram feitas, como na reunião realizada em Porto Velho, dia 12 de maio deste ano, e em outra oportunidade: “Chapa pura: MDB confirma pré-candidaturas de Confúcio e Raupp para o Senado“. Mais ainda: “Raupp convida Confúcio para disputar o Senado“. É bom lembrar que nessa época o então governador Confúcio Moura ameaçava não renunciar e permanecer à frente de Rondônia até o final do mandato. Que aliás, estava muito bem avaliado e deixou o Estado em excelentes condições financeiras.
Na minha opinião, se for confirmado o que está sendo escrito, joga-se por terra a chance do estado de Rondônia ter um grande representante no Senado Federal e deixa à mostra a toda população e ao eleitorado rondoniense que os interesses pessoais estão acima dos interesses coletivos. Mesmo sendo liderança forte do MDB, o senador Valdir Raupp não é o dono dos votos dos convencionais. Será que o eleitor votará a favor ou contra o Raupp sabendo desta articulação?
É para esperar o que vai dar.
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