Sexta-feira, 10 de novembro de 2017 - 07h13
Capítulo 2
Quero fazer um desafio aos matemáticos e estatísticos do Brasil inteiro. Especialmente, para os rondonienses. Podem usar suas “funções”, razões, probabilidades, leis de Newton, até a lei da relatividade, lei da gravidade, números primos, algoritmos, números pares, romanos e arábicos. Tudo. Eu só quero saber quantos búfalos tem na fazenda Pau D’Óleo?
Pessoal do IMPA (Instituto de Matemática Pura e Aplicada) Rio de Janeiro e mais outros, de todas as partes. Vou contar um pouco da história, para que vocês possam pegar suas fórmulas, progressão aritmética e geométrica, a ferramenta que couber, e começar o dever de casa.
O inicio da criação de búfalos, em Rondônia, foi em 1953. Há 64 anos. Com objetivo de dar apoio ao desenvolvimento da agropecuária na região do Vale do Guaporé, por meio da distribuição de matrizes e reprodutores de bubalinos, visando a produção de leite, carne, queijo, além da tração animal. Foram trazidos 36 búfalos mestiços da raça “carabao”: – 30 fêmeas e 6 machos.
Em 1956 (há 61 anos) foram introduzidos mais 30 (trinta) animais da raça “jafarabadi”, presumo que 26 fêmeas e 4 machos. Adaptaram-se bem aos limites da fazenda, mas, bem sabem vocês, como é burocracia de governo, sai um, entra outro, naquele tempo, governos militares, pouco tempo na “missão” por estas terras ermas. E certo é que os búfalos foram entrando noutras áreas, ocupando hoje em dia, a Reserva Biológica do Guaporé (Rebio Guaporé), Reserva Extrativista de Pedras Negras e atravessado o rio, para o lado boliviano.
Para facilitar o cálculo, definirei as estimativas de vida dos búfalos – vida média de 30 anos, capacidade reprodutiva e nascimento de 60% ao ano, duração da gravidez de 10 meses, intervalo entre partos de 3 anos. Considere índice de mortes de filhotes 5%, por predadores, velhice mais 4% ao ano. Abates clandestinos mais 2%. Daí pra frente é com vocês, nasceram filhos, netos, bisnetos, tataranetos e vai e vai. A filha pariu, a neta pariu, a bisneta pariu, a tataraneta pariu. E foram parindo, gerações foram parindo. Quantos búfalos podem ter hoje naquele região?
Li alguns relatórios dos últimos dez anos, os números variam absurdamente, de 1500 até 20 000 bubalinos. Eu não sei. Quero saber. Para iniciar o manejo destes animais e quanto devo gastar para que seja efetivo o controle deles. Há necessidade deste cálculo matemático para que possamos deixar ali, um número restrito, contido e sanitariamente controlado.
O maior dano causado por eles é o ambiental. Quebram tudo. Abrem valas de até 2 metros de profundidade, estradas. Mudam leito das águas. Drenam para outros rumos. Nestes anos todos, devem ter passado pelo governo (Território Federal e Estado) entre 22 a 24 governadores.
Quando fizer o cálculo, venha pessoalmente me entregar no Palácio Rio Madeira, Avenida Farquar, Porto Velho. Prometo lhe oferecer uma medalha com cara de um búfalo “jafarabadi”.
Vou inventar um nome aqui. Aliás, nomes. Porque falar em manter reserva de índio, florestas nacionais ou parques é motivo para ser assassinado. O no
Contar história é também uma arte e um ofício. E cada pessoa, depois de alguns “janeiros” nas costas, vai olhando pra trás e vê pelo retrovisor – a
O salto no escuro (uma história da pandemia COVID-19) Capítulo 60
Falei no capítulo 59 que daria um tempo para continuar com a série. Se não fizer esta pausa, terminarei repetindo demais, indo e voltando. Estou ven
O salto no escuro (uma história da pandemia COVID-19) Capítulo 59
Temos um ano, apenas, de convivência com o coronavírus (Covid-19). E o esforço tem sido enorme pelos profissionais de saúde para, pouco a pouco, ire