Terça-feira, 19 de maio de 2015 - 06h08
Brasil paralisado
Os políticos mentem a maior parte do tempo ou tempo todo. Alguns dias depois da visita do ministro das Cidades Gilberto Kasseb falando em obras para Rondônia, a presidente Dilma Roussef prepara com suas mãos de tesoura expressivo contingenciamento de recursos no orçamento da União. A grita é geral nos estados e naqueles com representação menos expressiva as canetadas serão agudas.
Pensando no umbigo rondoniense, eis que muita coisa pode ir para o espaço. Desde o blábláblá da ponte binacional em Guajará Mirim, a extensão da Ferrovia Transcontinental, a duplicação da BR 364 em alguns pólos regionais, anéis viários (na capital se chama de Contorno Norte), Usina de Tabajara, entre tantas outras. Uma obra que pode escapar – e que esta andando muito rápido – é a ponte do Rio Madeira na altura do Abunã sob severo acompanhamento do governo do estado do Acre, da Assembléia Legislativa acriana e da bancada federal acriana, mais interessada naquela melhoria do que os rondonienses.
É o Brasil paralisando e padecendo com queda de consumo e o desemprego em setores vitais da economia, como a construção civil e a automobilística.
A falta de transparência
O município de Porto Velho, como se sabe, padece com infra-estrutura desde os primórdios da corrida migratória. A coisa se agravou com a epopéia das usinas – a partir de 2008 - quando a cidade absorveu cerca de 100 mil pessoas, com impactos na saúde, na educação, na mobilidade urbana, abastecimento de água, esgoto, saneamento, etc. A grande verdade é que o poder púbico não consegue acompanhar o crescimento das demandas.
Agora, além de todas as carências, veio a tona que a municipalidade tirou nota zero em transparência. Logo na gestão do prefeito Mauro Nazif, que sempre foi um vereador transparente e igualmente teve o mesmo comportamento como deputado estadual e federal. Conclui-se que se foi bem assessorado quando ocupava aqueles cargos, não se pode dizer o mesmo agora.
Aliás, a gestão Nazif também pena em alguns quesitos, como combate as alagações e regularização fundiária. Mas a gestão merece certo desconto: arcou no peito e na raça, dentro das suas possibilidades, na recuperação da cidade pós-enchentes. Como se sabe, os recursos prometidos pelas esferas estaduais e federais foram minguados.
Rondônia em conflito
Nas regiões de Machadinho do Oeste e Buritis se desenham conflitos sangrentos entre fazendeiros, posseiros e sem terra. Os colonos clamam por solução e titulação em Minas Novas, com a população da localidade ameaçada de expulsão daquelas terras causando um grave problema social. Na Ponta do Abunã, região de Extrema, o conflito pela terra opõe índios e fazendeiros.
Na semana passada a Assembléia Legislativa do estado entrou em ação na busca de soluções para os problemas agrários. Os representantes do Vale do Jamari, Alex Redano, Ezequiel Junior e Adelino Folador botaram a boca no trombone denunciando a situação aflitiva que ocorre naquela região, onde pode surgir um novo caso Corumbiara.
Na Ponta do Abuna, o deputado Jean de Oliveira liderou uma audiência pública na busca de solução do conflito dos produtores com os índios e a exemplo do que ocorre na Reserva Roosevelt a briga é entre os Índios com os garimpeiros que invadiram a reserva. Em todas as situações o que se vê é o poder público omisso. Será que nossas autoridades estão esperando novas matanças para agir?
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