Ex-governadores de RO devem explições em relação aos fantasmas descobertos pela FGV

Invasões, o desafio

A maior grita em Porto Velho nos últimos anos tem sido pelas alagações que com o tempo vem aumentando pela incapacidade do município em substituir a velha rede de drenagem, reduzir os efeitos da impermeabilização do asfalto – a cidade possui mais de 1000 quilômetros de ruas pavimentadas - e até mesmo carece de estratégias bem definidas para enfrentar o volume de água, que ano a ano vem crescendo, decorrente de um período mais duradouro do inverno amazônico. No entanto, o maior desafio da administração Mauro Nazif para os próximos anos é o problema de invasões de terras na periferia, são mais de 30 gerando atritos cujas confusões muitas vezes acabam em sangue.

Não bastasse, a partir de agora com a corrida para a ocupação do outro lado da ponte, na BR 319, onde pululam os loteamentos clandestinos e a especulação, a prefeitura de Porto Velho se verá obrigada a mexer no seu Plano Diretor, objetivando um crescimento direcionado, sob pena de novas tragédias pela disputa da terra.

As invasões custam muito ao município em vista das demandas criadas de abastecimento de água a saúde pública, educação, segurança, energia etc. Com adensamento, sempre fica mais fácil para o gestor tocar uma cidade, mas com áreas mais distantes invadidas, a capital rondoniense desde a década de 80 se afundou em problemas. De lá para cá não conseguiu sair deste atoleiro.

Rio Pardo

Com audiência pública marcada para acontecer em Buritis, nesta segunda-feira, a Assembléia Legislativa, em sessão a ser presidida pelo deputado Hermínio Coelho (PSD-Porto Velho) vai debater o confronto sangrento ocorrido no Distrito de Rio Pardo e a busca de soluções para a invasão da reserva nacional. Os conflitos e chacinas lá e Jacinópolis vem desde os anos 90.

Ex-governadores

Os ex-governadores de Rondônia têm muito a explicar com relação ao que foi apurado pela Fundação Getúlio Vargas sobre o pagamento de centenas de servidores já falecidos e até de celebridades nacionais. No governo Bianco, na década passada, foram demitidos funcionários que residiam na Europa e no Canadá a custo do erário público rondoniense. Coisa de louco.
 

Coquetel explosivo

Com tanto mandado de prisão em aberto e tantos presos por aí – além dos albergados que deveriam voltar para cadeia à noite - não é de se estranhar em Porto Velho que o índice de criminalidade tenha crescido tanto nas últimas semanas. Some-se isto a proliferação de “noiados” e a disputa por pontos de vendas de drogas em vários bairros, e teremos um coquetel explosivo.

Só encrenca

A equipe do prefeito Mauro Nazif poderia colaborar e evitar encrencas e desgastes para o chefe como ocorreu com a tarifa da Zona Azul brecada na Câmara de Vereadores. Já não bastam as alagações e a possível enchente deste ano, para dar dores de cabeça? Houve falta de planejamento para a implantação do esquema - e comparativos com preços de outras capitais.

A simulação

Diante do receio de boa parte da população que vive nos bairros as margens do Rio Madeira com a possibilidade um acidente na barragem de Santo Antônio – teme-se que uma tragédia deste porte poderia matar milhares de pessoas – a Defesa Civil de Porto Velho começou a trabalhar em simulação de tragédia com treinamento de pessoal. A primeira simulação foi no bairro Triângulo, que seria o mais afetado.

Plano emergencial

Há um ano atrás, antes ainda do prefeito Mauro Nazif assumir alertei a nova equipe sobre a necessidade de um plano emergencial. Isto foi feito por esta coluna, para o prefeito, para o vice-prefeito e para seu setor de comunicação na época. Quase um ano depois, o Ministério Público chamou a prefeitura no saco e o que cobrou? Um plano emergencial...

Via Direta

*** Criados por decreto federal, os municípios de Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal, Pimenta Bueno e Vilhena estão comemorando 36 anos de emancipação política e administrativa *** E pensar que todos já foram distritos de Porto Velho até 1977 *** Trocando de saco para mala, um novo escândalo de rapinagem deve eclodir na semana que vem. Ladroagem tem sido a marca da classe política.