Domingo, 2 de fevereiro de 2014 - 21h15
De férias no Diário da Amazônia e preparando as botinas para visitar o interior me deparei com alguns velhos arquivos sobre políticos meio doidos. Só em 2013 apareceram vários, um que queria disputar o governo de Rondônia apoiado por sites e acabou sendo internado pela família - aquele do caso da Ferrari – e um candidato a presidência da República – que foi comentarista da TV Jornet, no Canal 25.
Ambos se diziam milionários e um de fato era miliardário. O outro que iludiu com propostas mirabolantes os colegas televisivos arrendatários daquele canal, Nilton Salinas e George, era um blefe. Usou e abusou do espaço, não deu um níquel aos correligionários – que patos, né? - e se escafedeu.
Recordo que não foi a primeira vez que doido rondoniense se dispôs a disputar a presidência da Republica por Rondônia e não contabilizo nesta historinha o ex-governador Ivo Cassol que chegou a fazer mídia a respeito em algumas capitais brasileiras com vistosos outdoors, motivado pela sua brilhante reeleição. Lembro na década de 90, que um ex-superintendente da Caixa Econômica pirou e a primeira coisa que fez foi visitar os órgãos de comunicação anunciando sua disposição de disputar o Palácio do Planalto. Entrevistei o cara na redação antiga do Diário, lá na Joaquim Nabuco.
Doido é o que não falta. Na década de 80, um apareceu na minha humilde residência no bairro São Cristovão, com mala e cuia me propondo pagar o triplo do preço do meu imóvel. Disse que não era justo, mas venderia pelo preço de mercado. Naqueles idos o mercado imobiliário estava em baixa. O cara queria tomar posse da casa na hora, o que lhe foi negado. Então foi tratado o pagamento no Banco Real no dia seguinte e neste ínterim conversando com um amigo – o velho Miza de guerra, já falecido – ele soltou uma gargalhada. “O cara é louco de pedra, Carlão!”Duvidei, fui ao banco e o cara não apareceu - e sumiu neste mundão de Deus. O sujeito me dizia que ia disputar a Prefeitura!
Pior mesmo foi um tal de Chico Doido, que antes de ser preso na Zona do Roque bateu em policiais e quebrou os dentes de um bocado de gente. Como noticiei a coisa no Estadão, o cara me procurou disposto a me aplicar uma surra de cinta – como o Paulão Queiroz queria fazer com o Rabo de Macaco numa disputa pelo Sinjor – e o vigia inadvertidamente deixou aquele monstro subir na redação. Sorte que o cara não me conhecia e eu consegui escapar de fininho, pedindo auxilio a Telma Anconi (querida colega já falecida) que disse ao malvado que o colunista que vos fala estava em viagem!
Mas coisa de louco foi um cara me xingar de irmão do prefeito Mauro Nazif, na entrada de um supermercado na semana passada. Não me fiz de rogado e devolvi: “E você, seu cunhado do Confúcio?”, retruquei. É coisa de louco!
O clã Rocha vem com tudo para as eleições de 2026
O Brasil mudouUm dos brasileiros mais respeitados em todo o mundo, o cacique Raoni disse em entrevista à imprensa internacional que vai pedir ao pr
Léo Moraes tem desafios importantes pela frente, os vereadores estão famintos por secretarias
Preço e saborO apreciado escritor Roger Stankewski, guru dos melhores empresários brasileiros, cunhou a fórmula do melhor vendedor do mundo: “O clie
Pelo menos cinco governadores estão se preparando para a disputa presidencial em 2026
Prato de comidaA devastação das terras indígenas sempre foi um espinho cravado na consciência nacional. Os massacres de índios ao longo da história
Mesmo com tantas medidas protetivas continua explodindo em todo o país casos de feminicídios
O nome certoA palavra “revolução” tem sido usada sem muito critério. O golpe de Estado de 1964 foi assim considerado, até se desmoralizar por mau us