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Gente de Opinião

Antônio Cândido

RECADO PARA SILVIO SANTOS (ZÉKATRACA)


 
Ao ler a sua coluna de (02/10/2008), no jornal Diário da Amazônia, fiquei surpreso com as insinuações feitas a minha pessoa rotulando-me de suposto historiador, designação usada no plural para fugir da responsabilidade, mas identificando-me no final do texto quando você pergunta: Deu para entender Antônio?

Quero lhe dizer que sou bastante esclarecido para não confundir data de criação do município de Porto Velho com a data de criação da cidade de Porto Velho, que você teima em divulgar como surgida em 1907, na perpétua ignorância de quem não estuda, não pesquisa, não analisa o que os outros escrevem e se julga no direito de fazer "análise histórica" pela intuição ou seguindo a caravana composta, "também", por pessoas que não possuem curso superior de história, nunca escreveram um livro de história e se proclamam historiadores.
Seriam esses os "supostos historiadores" que você citou?

Eu, você é testemunha disso, nunca me proclamei historiador mesmo depois de ter publicado um livro que balançou as "velhas escrituras" que se resumiam em um copiar as informações do outro, sem a preocupação de um trabalho investigativo sério e responsável.

Dizer que eu sou "suposto historiador", "dono da verdade", "só poeta" e outras besteiras, servem somente para justificar a falta de conhecimento para argumentar com provas que eu estou errado.

Ignorância é um problema fácil de resolver: se faz com educação.
Teimosia em permanecer ignorante isso não tem cura.

Estou terminando o "Outro lado da história" e, se no caso do primeiro livro me batem até hoje, não sei o que poderá me acontecer porque esse livro vai dinamitar mitos que até hoje, ninguém ousou contestar.

O dia 2 de outubro é um dia triste para Porto Velho porque as autoridades não promovem nenhuma festividade para comemorar a data e, depois, assiste-se a um festival de reportagens onde nada muda através dos anos, repetindo-se os mesmos erros históricos, pelas mesmas pessoas que se consideram inquestionáveis no assunto.

O que me move nessa luta não é o reconhecimento ou a colaboração dos que dizem escrever a história desta terra, mas, a satisfação de saber que estou certo, porque faltos de provas documentais para corrigir o meu trabalho enveredam pelos caminhos da difamação, tática que conheço desde maio de 1945, quando aqui cheguei e passei a fazer parte da vida desta terra.

Enfim, dei-lhe os parabéns quando soube que você havia iniciado o curso de história, hoje lhe dou os pêsames porque soube que você o abandonou. Isso, só vem provar que você procura o caminho mais fácil para resolver os seus problemas: Analista de história sem conhecer o que analisa e ser jornalista sem ter cursado Jornalismo.

Por favor, não me incomode com besteiras...

Antônio Cândido da Silva 
[email protected]

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