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Abnael Machado

Mais uma Estrela da Constelação de obras sobre Rondônia


Dia 08 de Agosto de 2006, foi lançado em noite de autógrafos o livro ‘’Rondônia: De Pedaço em Pedaço, uma historia!’’, autoria do acadêmico José Valdir Pereira.

O livro contem importantes subsídios históricos e geográficos, assim como antropológicos, sociológicos e econômicos relativas as etapas evolutivas de Rondônia. É uma auto-biografia do autor, uma simbiose de sua vida com os fatos históricos que se diz participe, e o espaço geográfico palco de suas ocorrências. Externa veemente suas frustrações e decepções, considerando-se injustiçado por não Ter reconhecido o seu valor pessoal e os relevantes serviços prestados atuando em diversificados setores, em prol da construção de Rondônia e de sua sociedade. Os detalhes minuciosamente, destacando a necessidade imprescindível de sua direta participação para o êxito do objetivo projetado.

Critica os historiadores locais por relatarem os episódios dos fatos históricos omitindo seus protagonistas, citando por exemplo: ’’Até mesmo o amigo Abnael Machado de Lima, ao publicar em 1992, uma edição especial do Concelho Estadual de Educação de Rondônia, quando na Presidência daquele órgão, reuniu vários pareceres e resoluções emitidos pelo Conselho, no período de 1981 a 1991. Embora tenha sido, sob a orientação do nosso Presidente da época, o professor Lourival Chagas da Silva , um Conselheiro atuante, tive a honra de figurar nesta obra apenas de forma an passant.’’

Equivoco do autor, a edição especial a qual se refere, foi comemorativa aos 10 (dez) anos do Conselho Estadual de Educação/RO criado pelo Decreto nº 11, de 31 de dezembro de 1981, instalado em marco de 1982, do qual o professor Lourival Chagas da Silva, não foi presidente. No período presidiram o Concelho, os professores Álvaro Lustosa Pires – 1982/1984, nomeado; Abnael Machado de Lima 1985/1986 e 1991/1992; Hilton Gomes Pereira – 1987/1988; Jerzy Badocha – 1989 e Maria Severina do Nascimento Mascarenha – 1989/1990 – eleitos. O nome do autor professor José Valdir Pereira, não foi omitido, consta nas relações nominais do Conselheiros de Educação atuantes no órgão colegiado no período de 1982 a 1991.

Sugiro ao professor José Valdir Pereira, a fazer na segunda edição do seu livro, as seguintes correções:

Pagina 45 
Os portugueses partindo de Santa Maria de Belém- do –Grão Pará, alcançaram a foz do rio Madeira, em 1665 (século XVII)estabelecendo a missão jesuíta de Tupinambara na. Porém suas bandeiras fluviais luso-paraenses, seus colonos e padres não ultrapassaram a Cachoeira do Aroaia (atual Santo Antônio). A missão de Santo Antônio do Alto Madeira, instalada na margem direita do rio Madeira, em frente a essa cachoeira, em 1728, pelo padre Joao Sam Payo, foi atacada e destruída pelos Mura, em 1742, perecendo cem dos aldeados, os remanescentes e colonos estabelecidas em suas proximidades foram expulsos e perseguidos até a missão de Trocano (atual cidade de Borba).

Os descobridores de ouro no vale do rio Guaporé foram os bandeirantes lusos-paulistas, oriundos das áreas auríferas do rios Caxipó e Cuiabá, denominada Arraial das Minas, a qual teve esse nome  mudado para Vila Real do Senhor Bom Jesus de Cuiabá, a partir de 1 de Janeiro de 1727, por ato emitido pelo Capitão-General Dom Rodrigo César de Meneses governador da capitania de São Paulo.

Página 50
Em 30 de outubro de 1913 foi criado o termo Jurídico de Porto Velho. O município foi criado em 02 de outubro de 1914.

Página 59
A localidade de Calama, no rio Madeira, não é cidade. E vila sede do distrito de Calama.

Página 63
A Estrada de Ferro Madeira-Mamoré foi construída no inicio do século XX (1907 a 1912). Não no final desse século (XX).

Páginas 71, 128 e 353
O rio Madeira é o mais importante afluente da margem direita do rio Amazonas. Porém o mais extenso é o rio Juruá com 3.283 km. O rio Madeira com 3.240km é o quarto mais extenso do Brasil. 1° o rio Amazonas, 2° o rio Paraná, 3° rio Juruá
 
Página 162
O Ginásio Brasil de propriedade do Senhor Irassu Rodrigues, funcionava no prédio da ex-sede do Clube Guaporé, na rua José Bonifácio. O Clube Danúbio Azul, cujo sócios em sua maioria eram operários da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, funcionava em uma barracão de Madeira localizada na margem do rio Madeira na área atualmente ocupada pelo mercado do Cainágua. Na década de 1950 transferiu-se para um prédio de alvenaria construído na rua Tenreiro Aranha. Posteriormente, foi demolido e em seu lugar construído um edifício de três andares abrigando lojas e escritórios.

Página 169
A Delegacia da Mulher funcionava num prédio situado na avenida Farquhar esquina coma avenida Carlos Gomes. Em frente ao Mercado Central fica o museu da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.

Página 286
Pelo Decreto-Lei n° 7.470, de 17 de Abril de 1945, o município de Guajará Mirim foi constituído por três distritos: Guajará Mirim (sede municipal);Pedras Negras e Forte do Príncipe da Beira, ao qual se integrava o povoado de Costa Marques(Não Vila, pois vila é sede de distrito).

O Decreto 81.272, de 30 de Janeiro de 1978, elevou o povoado de Costa Marques a Categoria de Vila sede do distrito de igual denominação.

Página 339
O posto telegráfico de Pimenta Bueno foi instalado em 1912, sendo designado para chefiá-lo o guarda fios Durval Lebre.

A primeira escola no povoado de Pimenta Bueno (arraial de garimpo de diamante), foi instalado pelo garimpeiro Enjorras Araújo Veloso em 1950, sendo encampada pelo governador do Território, nomeando para o cargo de professora a senhora Expedita Ramos Vierira. Iniciando com 22 alunos e no ano seguinte com 40 alunos.

Página 347
O Decreto-Lei n° 5.832, de 21 de setembro de 1943, instituiu a cidade de Porto Velho na condição de capital do Território Federal do Guaporé.

Página 349
Ex-município do estado do Amazonas (criado em 02 de outubro de 1914). Portanto, não ex-distrito de Humaita/AM.
 
Ex-município do estado de Mato Grosso (criado em 12 de julho de 1928). Portanto, não ex-distrito de Santo Antônio do Alto Madeira.
 
Estado de Mato Grosso(província designação no regime imperial)

Página 379
O nome do rio correto é Piroculuino. E não Piraculino.


ABANAEL MACHADO DE LIMA
ACADEMICO
EX-PROF. DE HISTÓRIA DA AMAZÔNIA NA UNIV. FED. DO PARÁ.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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