Sexta-feira, 3 de maio de 2024 | Porto Velho (RO)

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Gente de Opinião

Abnael Machado

ALERTA AOS ESTUDANTES




Alerta aos estudantes de todos os níveis e modalidades de ensino e demais interessados
 
Alertamos, há uma epidemia maligna mais letal que a dengue, que a AIDS, porque afeta a formação intelectual e cultural, comprometendo o acesso e a apreensão do real conhecimento, do saber, as sucessivas gerações de estudantes. Os transmissores deste mal inreparável são os que de algum tempo, se arvoram escreverem sobre História e Geografia do estado de Rondônia, divulgando-as de forma incorreta, sem o devido compromisso com a veracidade dos fatos históricos e geográficos, por lhes faltarem competência dando-lhes as condições de os pesquisar, analisar e os entender. Assim sendo, equivocadamente os interpretam conforme suas deduções pessoais e os publicam como sendo verídicos.
           
O mais comprometor é que essas publicações com ônus para o erário público, estão sendo distribuídas nas escolas oficiais. A mais recente, a publicada no estado do Paraná, repassada aos alunos do ensino médio. Constatados pelos docentes, os equívocos cometidos, a editora os reconheceu e providenciou a sua revisão, só que a emenda saiu pior do que o soneto, porque a correção foi realizada com a assessoria de um cidadão, o qual se auto-intitula “historiador especialista em História e Geografia do Estado de Rondônia”, especialização inexistente a nível de pós-graduação, em todas instituições de ensino superior no estado, logo, deve ele ter se outorgado a sim mesmo, tal diploma de especialista.
           
Como essa e outras publicações devem estar chegando às escolas oficiais adquiridas com dinheiro público, certamente após parecer aprovatório dos técnicos responsáveis, que assim procedem por desconhecerem a História e Geografia do estado de Rondônia. Em se tratando de investimento de recursos público, é dever de cidadania, exigir-se providências de quem direito, a coibir o emprego do erário do Estado na aquisição de publicações com distorções da verdade dos fatos históricos e geográficos de Rondônia, prejudiciais à formação intelectual e cultural do alunado e da comunidade em geral.
            
Sugerimos como umas das alternativas coibitivas, que seja legalmente determinado pela competente autoridade, que quaisquer publicações sobre História e Geografia, só poderão ser adquiridas com recursos públicos para distribuição às escolas oficiais após parecer do Instituto Histórico e Geográfico do Estado de Rondônia.

Relação de alguns dos equívocos contidos em apenas uma três obras públicas.

 
INFORMAÇÕES INCORRETAS
       INFORMAÇÕES CORRETAS
                    
 
1- “Em princípios do século XVIII, a descoberta de ouro na Província de Cuiabá passou a despertar a atenção dos Portugueses, iniciando então a penetração de entradas e bandeira pelo vale do Guaporé”.
1- Entradas eram expedições oficiais organizadas pelo governo colonial português no Brasil, na segunda metade do século XVI, partindo do litoral para o interior. Bandeiras eram expedições organizadas por particulares, principalmente lusos-paulistas, a partir do século XVIII, com a finalidade de prear indígenas, pesquisar áreas auríferas e de pedras preciosas no interior do Brasil. Quando o bandeirante Pascoal Moreira Cabral em 1719 e Miguel Sutil em 1721, descobriram ricas jazidas de ouro nos rios Cuiabá e Coxipó no oeste do Brasil, área litigiosa pertencente à Espanha pelo Tratado de Tordesilhas, disputada por Portugal, integrava-se à capitania de São Paulo. Em decorrência da descoberta de vários depósitos auríferos, o governo colonial português a fim se assegurar sua posse criou na região, em 1743, o distrito de Pouso Alegre no vale do alto rio Guaporé e em 1746 o município de Vila Bela de Santíssima Trindade instalado na sede do distrito supramencionado. Foi criado em 1748 a Capitania de Mato Grosso e Cuiabá tendo por capital a cidade de Vila Bela da Santíssima Trindade e primeiro governador Dom Antônio Rolim de Moura Tavares, com o título de Capitão-General, nomeado por Dom João V, rei de Portugal.
Somente em 1824 foi que a citada capitania passou a ser província de Mato Grosso, membro do império do Brasil. Assim, nunca existiu a PROVÍNCIA de Cuiabá.
2- “A crise da borracha paralisou o processo de povoamento, com reflexo automático nas atividades econômicas. O esvaziamento econômico e o isolamento da região levaram o Governo Federal a realizar ações para promover a sua integração. Entre as quais a construção de uma linha telegráfica cruzando os sertões do Mato Grosso até o Amazonas”.
2-1 Construção da Linha Telegráfica Estratégica Mato Grosso/Amazonas pela Comissão Rondon, interligando a cidade de Cuiabá a Santo Antônio do Alto Madeira (2ª etapa da construção, em 1909 - no trecho Jurena/Santo Antônio no rio Madeira – 2.232 km), ocorreu concomitante à construção da ferrovia Madeira-Mamoré, tendo por objetivo promover a integração da Amazônia ocidental ao contexto nacional, por sua importância como a maior produtora de borracha nativa, matéria prima em elevada cotação no mercado internacional. E não em conseqüência da crise econômica gerada por sua desvalorização.
3- “Em 17 de Abril de 1945, através do Decreto 7.470, o Município de Lábrea foi devolvido à jurisdição do Amazonas”.
 
3- O Município de Lábrea foi reintegrado ao estado do Amazonas pelo Decreto Lei n° 6.550, de 31 de maio de 1944. O Decreto Lei n° 7.740, de 17 de Abril de 1945, extinguiu o município de Alto Madeira, integrando o seu espaço físico ao município de Porto Velho.
4- “Em 1958 foram descobertas, nas áreas de seringais os primeiros aluviões de cassiterita em Rondônia, dando inicio à exploração mineral, propiciando fluxo migratório oriundo de diversos estados brasileiro que se estabeleceu em Porto Velho e ao longo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré”.
4- Os exploradores de cassiterita, minério do estanho, se estabeleceram nos vales dos rios Ji-Paraná e Jamari no interior do Território de Rondônia. Não em Porto Velho e ao longo da Ferrovia Madeira-Mamoré.
5 -“Cândido Mariano da Silva Rondon, em 1892 foi nomeado chefe do Distrito Telegráfico de Mato Grosso”.
5- Em 1892, Cândido Mariano da Silva Rondon era tenente, foi designado para trabalhar no Distrito Telegráfico de Mato Grosso sob o comando do general Gomes Carneiro, chefe desse citado órgão.
6- “A partir de 1968, com a consolidação da BR-29 (atual-364), promoveu a intensificação do fluxo migratório tendo como conseqüência a rápida formação desordenada de aglomerados urbanos, ao longo do seu eixo, provocando uma ruptura da estrutura espacial existente que outrora concentrava a economia nas sedes dos municípios de Porto Velho e Guajará-Mirim, que não sofreram agregações populacionais”.
6- Equivocada afirmativa, tanto a cidade, assim como o município de Porto Velho, este compreendido no sentido oeste/leste entre os estados do Amazonas e Mato Grosso, percorrido pela BR-29 atual BR-364 - Porto Velho/Vilhena, tiveram suas populações incrementadas nas décadas de setenta e oitenta do século XX, pelo fluxo migratório. Basta observar o crescimento da população do município de Porto Velho nos seguintes anos.
1950- 51.049 habitantes
1970- 88.858 habitantes
1980 -133.898 habitantes
2.001- 335.000 habitantes
7- “O rio Mamoré recebe as águas do rio Guaporé, na região de Guajará – Mirim Constituindo-se em fronteira natural entre o Brasil e a Bolívia. Somente ao juntar-se ao Beni, outro rio Boliviano, recebe a designação Mamoré e passa a formar a nascente do rio Madeira”.
O rio Mamoré em seu alto curso no altiplano boliviano dos Andes é denominado Grande La Plata, a partir de seu médio curso na planície da Bolívia, passa se denominar rio Mamoré. A partir da foz do rio Guaporé seu tributário pela margem direita, até sua confluência com o rio Beni, ao qual junta suas águas dando origem ao rio Madeira, é linha natural de limite entre as repúblicas da Bolívia e do Brasil.
8- “Encravado na Chapada dos Parecis, o Ji - Paraná é um rio de planalto. Seu curso sinuoso e obstruído por cordeiras e cachoeiras e tem uma extensão de 955 quilômetros...”.
8- O rio Ji – Paraná tem uma extensão de 1.243 quilômetros.
9- “O rio Madeira sua extensão é de 3.240 quilômetros, sendo 1.700 em território brasileiro. Mas devido aos diversos acidentes hidrográficos, seu curso navegável é de 1.116 quilômetros, a partir da cachoeira Santo Antônio, em Porto Velho, RO, até o município de Itacoatiara AM”.
9- O rio Madeira tem uma extensão de 3.240 quilômetros dos quais 2.674 km, no trecho compreendido entre sua primeira cachoeira a de Santo Antônio e sua foz na margem direita do rio Amazonas, próxima a ilha de Tupinambarana no município de Parintins (médio e baixo curso), é francamente navegável. A partir da citada cachoeira até a confluência dos rios Mamoré e Beni, em vila Murtinha, numa extensão de 566 quilômetros (alto curso), a tem obstaculada por diversas cachoeiras, saltos e corredeiras. No trecho compreendido entre a foz do rio Abunã, seu afluente pela margem esquerda, até o local de sua formação é linha natural de fronteira entre as repúblicas da Bolívia e do Brasil. Como constata-se o rio Madeira tem todo seu curso em território brasileiro, sendo internacional em seu alto curso, separando o Brasil e a Bolívia.
10- “O rio Roosevelt foi explorado em 1916 pela Comissão Científica Roosevelt/Rondon”.
“O rio da Dúvida, descoberto seu alto curso em 1909 pela Comissão Rondon, permanecia desconhecido até 1914, quando no período de 27 de fevereiro a 26 de abril deste ano, foi percorrido pela Expedição Cientifica Roosevelt/ Rondon, do seu alto curso em Vilhena, até sua foz na margem direita do rio Madeira, numa extensão de 1.409 km se estendendo do paralelo 13° 19’ ao paralelo 5°, ambos de latitude sul, atravessa o atual estado de Rondônia, estados de Mato Grosso e do Amazonas. No seu alto curso era denominado Dúvida, nos médio e baixo curso, Castanho e Aripunã respectivamente. Por determinação do Presidente da República do Brasil, a partir do mês de abril de 1914, passou se denominar em toda sua extensão, Theodoro Roosevelt, em sua homenagem. A expedição iniciou-se em 1913 no rio Paraguai, sendo concluída em 1914 no rio Madeira ( foz do rio T. Roosevelt).
11- “Os padres Jesuítas espanhóis Cristobal de Acunã e Manoel Pires Garzoni, a serviço de Portugal, fundaram o rio Amazonas, próximo à foz do rio Madeira, a missão de Tupinambarana...”.
11- O padre Cristobal Acunã participou da expedição de Pedro Teixeira em seu retorno de Quito, à Belém do Grão Pará em 1639. Não foi fundador da missão de Tupinambarana, próxima à foz do rio Madeira.
12- “D. Antônio José Rolim de Moura Tavares instala o seu governo em Vila Bela da Santíssima Trindade do Mato Grosso por considerar o local estratégico para a vigilância e defesa do vale do Guaporé contra os espanhóis que ocupavam a margem direita do rio Guaporé, onde havia fundado o vive-reinado do Alto Peru”.
12- Os espanhóis ocuparam a margem esquerda o rio Guaporé.
13- “A expedição Palheta alcança o rio Guaporé penetrando na região do Vice-reinado do Alto Peru (atual Bolívia), o que provoca protestos e confrontos envolvendo os membros da expedição contra militares e jesuítas espanhóis”.
13- A expedição do sargento-mor Francisco de Mello Palheta saiu de Belém-do-Grão-Pará, com a missão de descobrir oficialmente o rio Madeira, o percorrendo desde sua foz até a confluência do rio Beni com o rio Mamoré, seus formadores. Prosseguindo subindo o rio Mamoré, alcançou a missão jesuítica espanhola. Exaltación sendo cortesmente recebido. Portanto, não houve o tal confronto entre os expedicionários e os espanhóis. Expedição realizada no período de 11 de novembro de 1722 a 12 de setembro de 1723.
14- “Os seringalistas entregaram a chefia do movimento rebelde ao gaúcho José Plácido de Castro, ex-major do Exército, rebaixado a cabo por haver participado da Revolução Federalista”.
14- José Plácido de Castro, era cadete da Escola Militar de Porto Alegre, quando os seus oficiais e alunos a fecharam para se integrarem às forças legalistas que apoiavam o marechal Floriano Peixoto, Presidente da República na luta contra os revolucionários federalistas no Rio Grande do Sul, desertou se passando este, combatendo o exército regular no período de 1893 a 1895, alcançando o posto de major, quando foi assinado o tratado de paz de Pelota, pelos litigiantes, sendo concedido aos revolucionários pelo Presidente da República, o direito de plena anistia e manutenção dos postos militares galgados no exército federalista ao serem integrado ao exército regular. Plácido de Castro solicitou baixa. Portanto, jamais foi rebaixado ao posto de cabo.
15- “As tropas brasileiras, formadas por dois regimentos de infantaria, um de artilharia e uma divisão naval, ajudaram Plácido de Castro a derrotar o último reduto boliviano no Acre”.
15- As tropas do exército e da marinha do Brasil, comandados respectivamente, pelo general Olímpio da Silveira e o almirante Alexandrino Farias de Alencar, seguiram de Manaus para o Acre no dia 17 de março de 1903, com ordem de não ultrapassarem o paralelo 10° 20` Lat. sul, estacionando no Acre Setentrional, estabelecendo quartel general na localidade de Antimari e não intervir na República Estado Independente do Acre.
Plácido de Castro havia derrotado o exército boliviano em Puerto Alonso, seu último reduto, no dia 24 de janeiro de 1903. Assim quando a força armada brasileira chegou ao Acre, não havia nenhuma tropa militar e autoridade civil boliviana. O Acre estava totalmente de posse dos revolucionários acreanos.
16- “No mês de marco de 1900 chegou ao Acre uma força militar do Exército enviada pelo Governo Brasileiro”.
 
 
 
 
 
16- Força militar da marinha (flotilha do Amazonas) financiada pelo governo do estado do Amazonas à revelia do governo federal, o qual secretamente estava tratando com o governo boliviano a compra do Acre, ocupado pelos empresários brasileiros/acreanos, sendo de seu interesse que os acreanos se mantivessem em armas, pois pacificados, a Bolívia se desinteressaria em concluir a negociação. A deposição de Dom Luiz Galvez Rodrigues de Arias presidente da República do Estado Independente do Acre, pela marinha, foi uma ação inconveniente prejudicando o acordo em andamento.
17- “O gaúcho Plácido de Castro, enviado para a região para proceder às demarcações das fronteiras entre o Brasil e Bolívia”.
17- José Plácido de Castro veio de São Paulo para Manaus no final do ano de 1899, por conta própria. Em Manaus firmou contrato de serviço de agrimessura com empresários extrativistas de borracha, para demarcar os limites de suas propriedades no alto rio Purus (Acre).
18- “Estrada de Ferro Madeira Mamoré, essa ferrovia teria seus extremos em Santo Antônio no rio madeira e em Guajará-Mirim, no rio Mamoré, com um canal até Vila Murtinho”.
18- Um ramal de Vila Murtinho, na margem direita do rio Madeira, até Vila Bella na margem do rio Beni na Bolívia.
19-“A empresa construtora da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, recrutou trabalhadores brasileiros e estrangeiros, empregando-os nas construções da ferrovia, da linha telegráfica Mato Grosso/Amazonas e na demarcação territorial do atual Estado de Rondônia”.
19- A empresa construtora da ferrovia Madeira Mamoré, a May, Jekyll & Randolph, norte-americana, não recrutou mão-de-obra brasileira e estrangeira do mundo todo para empregar na construção da linha telegráfica Estratégica Mato Grosso/Amazonas e muito menos da demarcação territorial do espaço geográfico do atual estado de Rondônia, esta última existente só no imaginário inventivo do autor.
20- ”Na primeira fase da construção da ferrovia Madeira-Mamoré, ainda no século XIX, já se registraram a presença de barbadianos”.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20- Na primeira fase da construção da ferrovia Madeira – Mamoré foram contratados pelo coronel do exército norte-americano George Earl Church as seguintes empresas construtoras:
- Public Works- inglêsa, chegou em Santo Antônio e julho de 1872 e retirou-se em janeiro de 1874;
- Dosey And Caldwell: inglêsa chegou em
Santo Antônio em janeiro de 1874, retirando-se em março deste ano;
- Reed Bras Company: inlgêsa desistiu sem sair de Londres;
- P & T Collyns norte americana, chegou em Santo Antônio em fevereiro de 1878, retirando-se em agosto de 1879. Os contratados por essas empresas que chegaram a Santo Antônio eram inglêses, irlandêses, italianos, norte-americanos, bolivianos e brasileiros.
 
Os caribenhos foram contratados pela empresa construtora norte-americana May, Jekyll & Randolph, na segunda fase da construção da ferrovia 1907/1912.
21- “Criado o município de Porto Velho, em 1914, foi nomeado o major reformado do exército, Fernando de Souza Guapindaia Brejense para o cargo de intendente”.
21- O major de Souza Guapindaia Brejense foi nomeado pelo governador do estado do Amazonas Dr. Jonathas de Freitas Pedrosa para o cargo de Superintendente (Prefeito), do recém-criado município de Porto Velho.
22- “A partir da revolução de 1924, Porto Velho deixou de ter poder legislativo”.
22-Ainda em 1924, após o retorno do estado de direito, o Superintendente eleito Dr. Joaquim Augusto Tanajura e o Presidente do Conselho Municipal, Intendente Arthur Napoleão Lebre, depostos dos respectivos cargos, foram reintegrados em setembro, reestabelecendo o funcionamento do conselho Municipal (Câmara), interrompido em 1930. Portanto o poder legislativo, municipal deixou de funcionar em 1930, vindo a ser restabelecido em 1969, com a instalação da Câmara dos Vereadores.
23- “O coronel Jorge Teixeira foi transferido pelo governo federal, de Manaus para Rondônia, iniciando seu mandato em 4 de abril de 1979, para encerrá-lo em 10 de maio de 1985”.
23- O coronel Jorge Teixeira de Oliveira não foi transferido para o Território Federal de Rondônia, foi nomeado pelo Presidente da República para o cargo de seu governador. Não exercia mandato visto o cargo em desempenho não ser eletivo.
24- “Teixeirão construiu o Hospital de Base - desafogando o Hospital da Candelária”.
 
 
 
24- O Hospital da Candelária de propriedade da empresa Madeira-Mamoré Railway Co. Ltda deixou de existir a partir do início da década de 1930.
25- “O Governador Jorge Teixeira teve como seu sucessor pelo voto de direito em 1985, Ângelo Angelim”.
 
 
25- O deputado estadual/RO, professor Ângelo Angelim foi nomeado governador do estado de Rondônia, pelo presidente da república José Sarney, em substituição ao governador Coronel Jorge Teixeira de Oliveira.
26- “Em 1649 ocorre a restauração da soberania de Portugal”.
 
 
 
26- A restauração ocorreu em 1640. O império português esteve unificado ao da Espanha no período de 1580 a 1640.
27- “O começo dos trilhos da ferrovia ficava 7 km abaixo de Santo Antônio, ainda território do Guaporé”.
27- O território Federal do Guaporé foi criado pelo governo federal por intermédio do Decreto-Lei n° 5.812 de 13 de Setembro de 1943, portanto, 36 anos após o reinício da construção da ferrovia Madeira-Mamoré em 1907, por Percival Farquhar.
28- “O Rio Madeira em toda sua extensão encontramos corredeiras, cachoeiras e saltos”.
 
 
 
 
28- O rio Madeira não tem seu curso de 3.240 km, em toda sua extensão obstruída por tais obstáculos. Estes ocorrem em seu alto curso no trecho compreendido entre a cachoeira de Santo Antônio e a confluência do rio Mamoré com rio Beni, local de sua formação.
29- “Porto Velho que foi criado em 30 de outubro de 1913 foi instalado em 02 de fevereiro de 1914”.
 
 
29 O município de Porto Velho foi criado por intermédio da Lei Estadual n° 757, de 2 de outubro de 1914, assinada pelo governador do estado do Amazonas Dr. Jonathas de Freitas Pedrosa. Foi instalado em 24 de janeiro de 1915.
 
30- “Santo Antônio do Alto Madeira à margem esquerda do rio Madeira (hoje Porto Velho)”.
30- Santo Antônio do Alto Madeira não ficava e nem fica a margem esquerda do rio Madeira, fica em sua margem direita.
31- “Guajará-Mirim localizada no vale do rio Guaporé”.
 
 
 
Guajará-Mirim fica localizada no vale do rio Mamoré.
32- “A Estrada de Ferro Madeira-Mamoré teve sua construção iniciada em 1907 e inaugurada em 1° de agosto de 1912, com um percurso aproximado de 36 km, que ligava Porto Velho à Guajará-Mirim”.
32- A Estrada de Ferro Madeira-Mamoré ao ser concluída em 1912, tinha uma extensão de 364 km, a construção de um desviu em 1923, aumentou a sua extensão para 366 km.
33- “Vila de Porto Velho. Distrito de Humaitá”.
 
 
33- O município de Porto Velho e cidade da mesma denominação, não passaram pelos estágios políticos de distrito e de vila respectivamente.
Em 1913 por intermédio da Lei n° 741, de 30 de outubro, sancionada por Dr. Jônathas de Freitas Pedrosa, foi criado o Termo Judiciário de Porto Velho, anexo a Comarca de Humaitá, sendo instalado no povoado deste nome, sendo nomeados para geri-lo: Dr. Natanael de Albuquerque, Juiz Municipal. Francisco Fernandes da Rocha, Adjunto de Promotor Público e José Vieira de Souza, Escrivão e Tabelião. Instalação do Termo em 24 de janeiro de 1914. Essa lei oficializa o nome “Porto Velho” adotado pela empresa Madeira-Mamoré, em substituição aos nomes populares “Ponto Velho” e “ Porto do Velho”.
Em 02 de Outubro de 1914, por intermédio da Lei n° 757, sancionada pelo Dr. Jônathas de Freitas Pedrosa, governador do estado do Amazonas, foi criado o município de Porto Velho com sede no povoado da mesma denominação, sendo instalado em 24 de janeiro de 1915, tendo como superintendente o major reformado do exército, Fernando de Souza Guapindaia Brejense (1915/1916). A Lei Estadual n°900, de 31 de agosto de 1917, criou a Comarca de Porto Velho.
 
Em 07 de Setembro de 1919, pela Lei Estadual n° 1.011, o povoado de Porto Velho foi elevado a categoria de cidade, ato sancionado por Dr. Pedro Alcântara Barcelar, governador do estado do Amazonas.
34- “O Alto do Bode, serviu de justificativa para a consolidação de Porto Velho como capital do Território Federal do Guaporé, em 1943”.
34- Porto Velho era a cidade de maior destaque do estado do Amazonas logo após Manaus sua capital. Núcleo urbano com consolidada organização política, administrativa, social e econômica, por tal foi escolhida para ser a capital do Território Federal do Guaporé, quando este foi criado em 1943, por intermédio do Decreto Lei n° 5.812, de 13 de setembro. E não em decorrência do Alto Bode servindo de justificativa para sua escolha, considerando ser um aglomerado de barracos sobre um morro na periferia da cidade.
35- “Até o século XVII apenas missões religiosas haviam chegado até a região onde hoje se encontra o Estado de Rondônia”.
35- A primeira missão instalada próxima à foz do rio Madeira foi à de Tupinambana pelos jesuítas padre Manuel Pires e padre Grozoni, em 1669 tendo como objetivos principais explorar esse rio e impedir as transações comercias entre as nações indígenas do baixo Madeira e os holandêses. As missões fundadas no vale do rio Madeira no espaço atualmente limitado pelo estado de Rondônia, foram a de Santo Antônio do Alto Madeira, próxima à foz do rio Jamari em 1723 (atual vila de São Carlos), transferida 1727, por segurança da margem do rio mais para o interior. Em 1728 foi fundada a missão de Santo das Cachoeiras, na margem direita do rio Madeira em frente à cachoeira Aroya, a qual foi arrasada 1742 pelos Mura, sendo definitivamente abandonada. A primeira foi fundada pelo padre jesuíta João Sampayo e segunda por esse padre e seu auxiliar padre Manuel Fernandes. Portanto, no século XVIII (1701 a 1800).
36- “No início do século XVIII os portuguêses, partindo de Belém, subiram o rio Madeira até o rio Guaporé e chegaram ao arraial de Bom Jesus, antigo nome de Cuiabá, onde descobriram ouro”.
37- Os portuguêses provinientes de Belém-do-Grão-Pará, em suas bandeiras fluviais, subiram o rio Madeira até a sua primeira cachoeira a de Santo Antônio, realizando o comércio de escambo com os indígenas, trocas de produtos manufaturados por especiarias (drogas do sertão). Os descobridores de ouro nos vales dos rios Coxipó-Mirim, Coxipó e Cuiabá foram os portuguêses bandeirantes oriundos de São Paulo, Pascoal Moreira Cabral em 1719, Miguel Sutil em 1722, Fernando de Paes de Barros, Arthur Paes de Barro, José Martins Charo e José Pinheiro descobriram em 1724 terrenos auríferos no rio Guaporé e Armando de Almeida Morais e Tristão Cunha Gago em 1736 descobriram jazidas de ouro no rio Corumbiara, afluente da margem direita do rio Guaporé.
continua...  
 continua...

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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