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Abnael Machado

ABNAEL MACHADO DE LIMA: HOLOCAUSTO JAPONÊS


ABNAEL MACHADO DE LIMA: HOLOCAUSTO JAPONÊS  - Gente de Opinião 

Bombardeio Atômico de Hiroshima e Nagasaki: um crime contra a humanidade No dia 6 (seis) de Agosto de 1945, exatamente às oito horas e quinze minutos, explode a uma altura de 600 metros sobre a desprevenida cidade de Hiroshima, a primeira bomba atômica (Little Boy) lançada pela fortaleza voadora “Enola Gay”, comandada pelo coronel Paul Tibbets. O efeito foi devastador: instantaneamente o centro da cidade foi pulverizado em um raio de três quilômetros; a pressão desencadeada no epicentro foi de 35 toneladas por metro quadrado, provocando uma temperatura de milhões de graus positivos, o deslocamento de ar a altíssima velocidade, a disseminação de radiação, incêndios, condensação de águas, as quais se transformaram uma chuva negra – contaminação das águas por cinzas e poeira radioativas – e a morte imediata de mais de 80.000 pessoas. Em Washington, o governo festeja o êxito do “Projeto Manhattam”, e ordena o lançamento da segunda bomba atômica, “Fat Boy”, sobre a cidade de Nagasaki, executado ao dia 9 (nove) de Agosto, pelo major Charles Sweeney, pilotando a B-29 Buekscar, matando de imediato mais de 30.000 pessoas. Era perpretado o mais hediondo crime contra a humanidade, premeditado e minuciosamente arquitetado pelo governo norte-americano, a partir de 1940, quando o senhor Franklin Delanno Roosevelt foi cientificado por carta do cientista Albert Einstein, sobre a possibilidade de produção de bombas atômicas pela Alemanha. O Senhor Roosevelt agiu rapidamente, mobilizou cientistas norte-americanos e de outras nacionalidades, os maiores expoentes em física nuclear residentes nos Estados Unidos, para juntos em empenho e esforço total chegarem à fabricação de armas atômicas antes dos cientistas alemães. Foram agrupados no Projeto Manhattam (programa de construção da bomba atômica) sob o comando conjunto do General-de-Brigada Leslie Groves (engenheiro militar) e do professor Robert Oppenheimer (cientista). Os dois tinham poderes praticamente absolutos e recursos monetários ilimitados para a implantação e implementação do projeto, sediado secretamente em Los Alamos. Conforme progredia a construção da bomba, os governantes norte-americanos, arvorados em senhores de destino da humanidade, discutiam em qual continente e sobre qual povo seria lançada a bomba atômica à guiza de teste e conhecimento de efeitos e conseqüências, sendo decidido ser sobre o Japão, tendo sido minuciosamente selecionadas as cidades que seriam submetidos ao teste nuclear. 

Em junho, a bomba estava concluída, e nominada “jumbo”, foi transportada de Los Alamos para Alamagordo, local do teste, no centro do deserto do Novo México, sendo escolhido o dia 16 de Julho para sua detonação experimental. Foi iniciada a contagem regressiva, aumentando a tensão e o nervosismo entre os cientistas, visto não terem condições de preverem com precisão o desfecho da experiência. Conjunturavam: “Se não houver explosão? O projeto redundará em fracasso, e milhões de dólares investidos, jogados ao lixo”, “Se a explosão ultrapassar os limites dos efeitos presumidos, provocando uma reação nuclear em cadeia, sem condições de controle, o que poderá acontecer?”. Uma catástrofe local ou mundial de proporções sem precedentes, aniquilando grande percentual dos seres vivos, entre os quais, o ser humano. 

Precisamente às 5h e 10min, a contagem regressiva chegava ao fim, a jumbo instalada no alto de uma torre explodiu. Em seguida, num mínimo de minutos, num raio de mais de 30km, o deserto foi iluminado por intensa e cegante luz, cujo clarão foi divisado a mais de 300km de distância. Uma gigantesca nuvem, com o formato de cogumelo, subiu no local da explosão para o espaço, e sua onda de choque rugia num som elevadíssimo e ensurdecedor. A bomba apresentou uma potência equivalente a 10 mil toneladas de TNT. Assim, no dia 16 de Julho de 1945, estava criada a mais poderosa arma de destruição total, e o mundo deixava de ser o mesmo. Os cientistas, estarrecidos diante dos efeitos catastróficos da arma que criaram, procuraram o presidente Harry Truman, e lhe propuseram que não lançasse a bomba atômica sobre a população japonesa, evitando-se uma catástrofe de proporções sem precedentes, aniquilando milhões de seres humanos. Que fosse convidado um ou mais oficiais do alto comando japonês e lhes demonstrado a existência real da nova arma e seus efeitos, e caso o Japão persistisse em não aceitar a rendição incondicional, os Estados Unidos estavam dispostos a usar armas nucleares. 

O senhor Truman, em sua insensatez, recusou a proposta, em vista de haver sido deliberado em 31 de Maio de 1945, o lançamento sem aviso prévio sobre uma das maiores metrópoles japonesas. Apresentou-lhes, como justificativa para essa tomada de decisão, ser sabedor que a invasão do arquipélago metropolitano japonês redundaria na perda de vida de mais de um milhão de soldados norte-americanos. Justificativa mentirosa, tal qual as armas de destruição em massa do Iraque. Visto que Japão já estava derrotado, isolado, sem parceiros, bastava que fosse feito o bloqueio naval ao arquipélago e seu intenso bombardeio aéreo, quebrando a resistência do adversário e obtendo sua capitulação incondicional. Porém, as explosões das bombas atômicas sobre o Japão era decisão irrevogável, tendo por objetivo demonstrar a supremacia militar inconteste dos Estados Unidos, e principalmente intimidar e inibir a União Soviética em prosseguir na expansão de sua política internacional. Apoiado no seu poderio militar, os Estados Unidos têm tripudiado sobre os demais estados independentes, não respeitando suas soberanias e auto-determinações, ameaçando-os, impondo-lhes sanções econômicas, sociais e políticas. Após a Segunda Guerra Mundial, fomentaram e financiaram guerrilhas e revoluções, invadiram e ocuparam militarmente vários países em todos os continentes ao redor do mundo, citamos apenas alguns exemplos: Coréia, Vietnã, Porto Rico, Cuba, Panamá, Chile, Afeganistão, Irã, Iraque, Guatemala, Colômbia e Brasil (em 1964, parte de sua esquadra encontrava-se estacionada em frente à costa da Bahia, para apoiar os militares revoltados). A próxima agressão será a ocupação militar da Amazônia brasileira, já tendo cercada por destacamentos militares de seu exercito regular, acantonados ao longo da fronteira amazônica, e gradativamente invadida por seus agentes disfarçados em Organizações Não-Governamentais, subsidiadas pelo governo norte-americano. Bem como essa invasão conta com o apoio do governo brasileiro que sancionou a lei de loteamento da Amazônia aprovada sorrateiramente pelo Parlamento, a qual permite empresas nacionais e estrangeiras a arrendarem grandes áreas do seu território e explorá-las por um período de 40 anos. Será que ao término do contrato de arrendamento, os arrendatários se retirarão pacificamente? Ou resolverão se apossar das respectivas áreas, com apoio de seus governos prontos a intervirem, inclusive militarmente, para garantir o interesse, os direitos e a segurança de seus cidadãos? A Amazônia será internacionalizada sem contestação, visto a integridade do território nacional e a soberania do Brasil sobre essa região, foram se extinguindo com a convivência do governo brasileiro ao permitir sua invasão e seu saqueamento por agentes estrangeiros, disfarçados de missionários de congregações religiosas, em pesquisadores, em grupos de organizações não-governamentais e outras formas. Agora, com a supracitada lei, não precisarão recorrer a embustes para se apossarem econômica e militarmente da Amazônia e a internacionalizarem, como patrimônio da humanidade (leia-se “Império Norte-Americano”). 

Os Estados Unidos da América, que propala ser o paladino defensor da Democracia e dos direitos humanos, é na realidade um estado agressivo submetendo ao seu domínio econômico, psico-cultural e militar, os demais estados nacionais, os quais tem independências e soberanias fictícias e precárias, visto que quem dita suas regras administrativas, econômicas e sociais é o FMI. É os Estados Unidos, criminoso de guerra pelo que cometeu no Japão na Segunda Guerra Mundial, e pelo que vem cometendo, para manter sua supremacia econômica e militar de maior potência do mundo, pronta a aniquilar qualquer nação que se oponha aos seus interesses, à sua política. 

Abnael Machado de Lima Vice-Presidente da Academia de Letras/RO

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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