Segunda-feira, 20 de outubro de 2025 - 08h20

Alguém
cair em si e reconhecer erros são obrigações tão óbvias que nem deveriam
merecer elogios, mas em tempos de líderes políticos teimosos o presidente
Donald Trump merece elogios por se dispor a negociar com o Brasil depois de aplicar
tarifas absurdas a uma nação amiga sem superávit comercial com os EUA. Trump
não está voltando atrás porque Lula é simpático ou hipnotiza feras: é porque o
Brasil é um parceiro histórico que os EUA não podem entregar de mão beijada à
China.
Além
de o Brasil ser o segundo país com maior potencial de terras raras, tem uma
riqueza que no futuro tende a ser ainda mais importante que minerais difíceis
de processar: estudos do Instituto de Geociências da Universidade Federal do
Pará (UFPA) levaram à descoberta do maior aquífero do mundo, o Saga, com
potencial para abastecer sozinho o planeta inteiro durante 250 anos.
Brigar
com um país de tanto potencial por baixo de seu território seria loucura até
por parte de alguém sempre acusado de não agir com racionalidade, como é o caso
de Trump. Agora os negociadores vão determinar os próximos passos de um acordo
(ou conjunto de acordos) histórico. São diplomatas e empresários, com papel
decisivo cabendo à Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham), ao demonstrar
com dados categóricos que Brasil e EUA são países irmãos. Logo, quem semeia
briga entre irmãos não pode ser bom sujeito.
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Grande momento
A Caminhada
da Esperança, projeto político unificando oito partidos para as eleições em Rondônia,
viveu seu grande momento na última sexta-feira em Guajará Mirim, quando foi
lançada a obra da ponte binacional Brasil-Bolívia, sobre o Rio Mamoré. Os
principais dirigentes partidários da coalizão participaram da solenidade, com o
protagonismo do senador Confúcio Moura, (MDD), o grande defensor do empreendimento.
Autoridades bolivianas e brasileiras presenciaram o evento, além do ex-senador
Acir Gurgacz (PDT), mas com a ausência do atual governador Marcos Rocha. Ocorre
que os bolsonaristas não querem proximidade com a esquerda, né?
Direita rachada
Temos
a direita rachada em todos os níveis no País. No plano nacional, com várias
candidaturas presidenciais, entre elas pelo menos quatro governadores bolsonaristas,
como Tarcísio de Freitas (São Paulo), Ronaldo Caiado (Goiás), Ratinho Junior
(Paraná) e Romeu Zema (Minas Gerais). Em Rondônia, o União Brasil do governador
Marcos Rocha e do seu vice Sergio Gonçalves não se entende com o PL dos senadores
Marcos Rogério (Ji-Paraná) e Jaime Bagatoli (Vilhena) e o deputado estadual
delegado Camargo (Ariquemes). A direita pode contar até com quatro candidatos
ao governo de Rondônia
Facilitando as coisas
Com
até a família Bolsonaro dividida quanto as eleições presidenciais e tantos
postulantes rachando o segmento, o grande beneficiado é o atual presidente
Lula, que unifica a esquerda, centro esquerda e a esquerda num projeto em
franco crescimento. Com a máquina nas mãos – e ele saber usar este instrumento
– o atual presidente vai crescendo nas pesquisas e deve conquistar pelo menos
uma vaga no segundo turno, em que pese a sua idade já avançada. Em Rondônia, as
fissuras entre os postulantes da direita beneficiam na peleja ao governo a
candidatura do atual senador Confúcio Moura (MDB) e do ex-senador Acir Gurgacz (PDT)
ao Senado. A coalizão ainda não decidiu qual dois será o seu candidato ao
governo.
Próximo encontro
O
próximo encontro estadual da caminhada da esperança será em Cacoal, no próximo
dia 25. Os coordenadores do projeto, Airton Gurgacz, Roberto Sobrinho e Francisco
Pantera já estão se movimentando neste sentido. Cacoal e região são território emedebista,
e mesmo nos piores momentos do partido o ex-governador Valdir Raupp, a ex-prefeita
Sueli Aragão tiveram grandes resultados. O PT também já elegeu prefeitos na
região. Por isto, os partidos alinhados a coalizão estão vendo com grande
otimismo as projeções de vitória na região do Café e Zona da Mata.
Mais razoável
Acompanhei na coluna de Sergio Pires o
provável lançamento da filha do ex-governador Ivo Cassol, a influencer Juliana
ao governo de Rondônia. No entanto, vejo como melhor opção do ex-governador nesta
empreitada a projeção do seu filho Ivo Cassol Junior, que carrega o nome do
pai. Mais fácil de colar no eleitorado de Ivo que deve colocar também a maninha
Jaqueline disputando uma cadeira a Câmara dos Deputados. Ivo tem dificuldades em
transferir votos para aliados, mas para seu próprio nome na cédula eleitoral as
coisas podem funcionar bem. Esta é a grande opção de Ivo, já que ele está
inelegível.
Os balões de ensaio
Com
pesquisas fajutadas, ocultando nomes de candidatos aos cargos eletivos ao governo
estadual e ao Senado em Rondônia e balões de ensaio para todos os lados, temos
a largada da corrida sucessória do governador Marcos Rocha e as duas cadeiras
ao Senado. Num quadro de indefinições, as coisas vão se arrumando. Mas se vê o
ex-prefeito Hildon Chaves num projeto solo, vítima de uma proposta de
isolamento dos adversários. O nobre candidato não tem nomes ao Senado, a Câmara
dos Deputados e uma chapa expressiva a Assembleia Legislativa. Também o atual prefeito
de Cacoal, Adailton Fúria vai ter dificuldades de decolar, já que igualmente
não tem chapas ao Senado, nominata razoável a Câmara dos Deputados e ALE. Sem
alianças fica difícil de seguirem em frente.
Via Direta
*** No recente episódio da prisão e
afastamento de alguns funcionários fantasmas na Assembleia Legislativa, no qual
todos os 24 deputados estaduais foram declarados inocentes, fica uma pergunta
sobre mais um grande desvio de recursos: quem contratou os meliantes? *** Se não foi nenhum
deputado que contratou os pilantras, que são dirigentes de partidos políticos,
quem seriam os contratantes? A Polícia Federal precisa dar os nomes aos bois, aliás,
a toda boiada envolvida no caso ***
Também é estranha a declaração de inocência do vereador Tessari na Câmara de
Vereadores de Porto Velho alvo de acusações sobre a prática de rachadinhas.
Sobre sua inocência Como sempre os atingidos pelas investigações alegam
perseguição política.
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