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Rondônia: Carne desossada de bovino congelada garante mais 30% de toda a pauta de exportação nos seis primeiros meses de 2019


As exportações de carne bovina já são de 30,22% - Gente de Opinião
As exportações de carne bovina já são de 30,22%

A bovinocultura de corte no estado de Rondônia continua galgando novos recordes. Nos seis primeiros meses do ano de 2019, o número de abate de bovinos de corte subiu 7,5% frente ao mesmo período de 2018.

Segundo os dados quantitativos de abate de responsabilidade dos SIPAs/DFAs do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), de janeiro a junho 2019 foram abatidas 1.242.204 cabeças, acréscimo de mais de 91 mil animais em relação a 2018 (1.150.928), garantindo ao Estado o quarto lugar no ranking nacional e o primeiro na região norte em abate sob Serviço de Inspeção Federal (S.I.F.).  

Além dos abates sob a responsabilidade da inspeção federal, Márcio Alex Petro, diretor técnico da agência de Defesa Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron), descreve que no mercado interno foram abatidos, segundo os dados do sistema de Guias de Transporte Animal (GTA)  104.048 cabeças, sendo 72.457 sob a fiscalização estadual e 31.591 sob a inspeção municipal. “Hoje o estado de Rondônia conta com 46 unidades frigoríficas, constituído por 14 unidades sob inspeção federal, 11 sob fiscalização estadual e 21 sob vigilância municipal,” descreveu Petro.


EXPORTAÇÕES

No acumulado, as exportações de carne bovina do estado de Rondônia, até o mês de junho de 2019, já são 30,22% superior ao volume exportado no mesmo período de 2018, alcançando mais de U$ 290 milhões em faturamento, segundo os dados do Comex Stat – o sistema para consultas e extração de dados do comércio exterior brasileiro – do Ministério da Economia (ME). Em volume, o resultado foi de 80.787 toneladas de carnes exportadas.

A categoria que teve destaque na pauta de exportação do estado de Rondônia foi a carne desossada de bovino congelada, com mais 31% de toda a exportação no período. Os dados do ME, no período de janeiro a junho de 2019, mostram ainda que o item carne desossada de bovino fresca ou refrigerada atingiu acréscimo de 21,53% relativo ao período de 2018.

Os preços pagos pela arroba no mercado interno de Rondônia vem se mantendo aos patamares das máximas dos meses de outubro e dezembro de 2018.

Edson Afonso Rodrigues, produtor rural do município de São Francisco do Guaporé, destaca que a indústria vêm segurando os preços frente à alta das exportações.

“Temos sentido a estabilização dos preços da arroba, por vezes temos segurado animais com objetivo de conseguir melhores negociações. Mesmo com o aumento das exportações no campo, a maioria dos pecuaristas ainda não sentiu essa alta. A expectativa com a seca é que o preço da arroba suba, pois com a falta de capim, baixa a oferta de animais,” relata Edson. 


REBANHO 

Rondônia conta com  um rebanho de 13.972.394 cabeças de bovinos e bubalinos, distribuídos por 99.064 propriedades. Os dados da 46ª etapa de vacinação contra a febre aftosa da Idaron mostram que mais de oito milhões de cabeças são constituídas de fêmeas e os outros cinco milhões por machos.  

O sucesso do crescimento da pecuária em Rondônia passa pela criação da Idaron, que promoveu controle, inspeção e fiscalização sanitária dos produtos e subprodutos de origem animal e vegetal. Em março de 2019 foi criada uma equipe gestora regional que irá monitorar os encaminhamentos das reuniões do Bloco I em cumprimento das ações e estruturas que orientam o Plano Estratégico de Retirada da Vacinação Contra a Febre Aftosa. 

Petro explica que o Estado de Rondônia está inserido no bloco 1. Todos os estados foram divididos em cinco blocos. Esses cinco blocos iniciam a suspensão da vacinação para ampliação da área livre da febre aftosa sem vacinação com reconhecimento internacional, por Rondônia.

“Houve um lapso de tempo aí com alguns ajustes e precisou ser adequado esse calendário da suspensão da vacinação. Então nós vamos, possivelmente, suspender a vacinação após a última etapa de vacinação de 2019″, comenta Petro. 

Um dos ajustes explicados por Petro será o início da exigência do Guias de Transporte Animal (GTA) pela agência Idaron para animais susceptíveis à Febre Aftosa ovinos, suínos e caprinos. “A partir de 1 de agosto de 2019, será obrigatório o GTA para compra, venda ou transferência de ovinos, suínos e caprinos. Para isso, o produtor deverá cadastrar o seu rebanho de ovinos, suínos e caprinos na unidade local da Idaron para  movimentação posterior”, elucida o diretor.

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