Segunda-feira, 22 de setembro de 2025 - 07h50
Neste domingo (21/9), o Tribunal de Contas do Estado de Rondônia
(TCE-RO) realizou mais uma etapa das Fiscalizações Permanentes na Saúde, com
visitas a três unidades geridas pelo Estado: Hospital Infantil Cosme e Damião,
Assistência Médica Intensiva (AMI) e Hospital de Base (HB).
A ação tem como objetivo acompanhar de perto o funcionamento dos
serviços de saúde, identificar falhas e estimular melhorias que beneficiem
diretamente a população e os profissionais de saúde, que atuam na linha de
frente.
POR QUE AS FISCALIZAÇÕES IMPORTAM PARA O CIDADÃO?
A presença do TCE-RO nas unidades hospitalares permite que problemas
reais sejam identificados e cobrados com mais agilidade.
Com isso, o cidadão passa a contar com serviços mais eficientes, seguros
e humanizados.
Além disso, a fiscalização do Tribunal contribui para que os recursos
públicos sejam aplicados com responsabilidade, garantindo melhores condições de
trabalho para os profissionais e atendimento digno para quem mais precisa.
AVANÇOS NA AMI APÓS ATUAÇÃO DO TCE-RO
Na AMI, a fiscalização já começa a mostrar resultados. Um dos principais
avanços foi a correção da divisão inadequada no necrotério hospitalar. O local
passou por reforma e pintura, melhorando as condições de conservação e respeito
aos pacientes e familiares.
Também foram disponibilizados insumos básicos como toucas, gazes,
compressas, aventais e luvas, materiais essenciais para o trabalho dos
profissionais de saúde e que estavam em falta.
A coordenadora adjunta da unidade, Midiã Quirino Roberto Rodrigues,
destacou a importância da ação.
“O Tribunal vem na nossa unidade, conhece a nossa realidade, verifica
como está, quais são as nossas necessidades. Isso é muito importante porque
vocês observam como estamos trabalhando em prol da sociedade”, reforçou.
O paciente Sérgio Campos Barbosa também reconheceu os avanços.
“O atendimento está sendo excelente aqui. Eu cheguei muito ruim e me recuperei
bem. A fiscalização tem que ser feita porque, através de vocês, melhora cada
vez mais”, relatou.
FALHAS GRAVES NO HOSPITAL DE BASE
No Hospital de Base, as fiscalizações ocorreram na enfermaria do Centro
Obstétrico e no Berçário, onde foram identificadas falhas críticas.
A ausência da escala de plantão e o número insuficiente de profissionais
comprometem a organização dos serviços e a resposta às demandas dos
pacientes.
A infraestrutura também preocupa: há infiltrações, rachaduras e improvisações,
além de falhas em equipamentos essenciais.
A falta de insumos básicos, como luvas e seringas, compromete o cuidado
com os pacientes e dificulta o trabalho dos profissionais de saúde.
A fisioterapeuta Ana Clécia reforçou a importância da fiscalização.
“Concordo com a fiscalização do TCE-RO para que mantenha tudo em ordem”,
comentou.
Outro ponto crítico é a sobrecarga de atendimentos, causada pelo
encaminhamento excessivo de pacientes de outras regiões. Isso pressiona a
estrutura do hospital e mantém os leitos em ocupação máxima, dificultando o
fluxo e a qualidade do atendimento.
O paciente Antônio Carlos Bezerra também apoiou a ação realizada pelo
TCE.
“Esse trabalho é importante. Com certeza, devem vir outras vezes”,
disse.
DESAFIOS NO HOSPITAL COSME E DAMIÃO
No Hospital Infantil Cosme e Damião, a fiscalização identificou avanços
importantes e também apontou pendências.
Entre as melhorias, foi constatado que há ventiladores mecânicos
suficientes para a capacidade de leitos da UTI. A manutenção dos equipamentos
está ativa, com relatos positivos dos profissionais.
Durante a visita, não foi observada superlotação nos corredores. Também
foi resolvido o problema de goteiras em uma das enfermarias.
Porém, desafios persistem. A principal queixa é a deficiência de
pessoal. A unidade opera com número insuficiente de profissionais, o que gera
pressão, dificuldade para planejar escalas e necessidade constante de plantões
extras.
Sobre a atuação do TCE-RO, a fisioterapeuta Hismaylla Julien destacou o
espaço de escuta.
“A fiscalização é muito boa, porque perguntaram o que temos ou não de
materiais. A gente consegue dizer o que é bom para nós ou o que nem seja tão
usual”, destaca.
PRÓXIMOS PASSOS
O trabalho não termina com a visita. Os achados serão organizados em
relatórios técnicos com recomendações práticas. O acompanhamento será contínuo,
para garantir que as melhorias saiam do papel e cheguem às unidades de
saúde.
“O objetivo é estar constantemente verificando como está o atendimento
aos pacientes, as condições de trabalho e comunicar à Secretaria Estadual de
Saúde para que adote as providências urgentes e imediatas necessárias para
melhorar os serviços de saúde prestados ao cidadão”, acentuou o
secretário-geral adjunto de Controle Externo, Régis Ximenes, que coordenou a
ação deste domingo.
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