Sexta-feira, 7 de agosto de 2009 - 14h30
Mais de 650 casos de infecção pela febre de oropouche foram confirmados pela Secretaria de Saúde do Amapá no município de Mazagão, localizado no sul do estado. Os casos chamam a atenção não só pelo número elevado de pacientes da doença, mas também porque há pelo menos cinco anos não havia epidemia de febre de oropouche na Amazônia.
De acordo com o secretário de saúde de Mazagão, José Monteiro, para impedir a saída da doença do município, a prefeitura já iniciou uma ação de limpeza em áreas com foco do mosquito transmissor, incluindo a retirada de animais dessas áreas, e aplicação do fumacê, necessário para conter a reprodução do mosquito. A cidade tem quase 14 mil habitantes, segundo levantamento feito em 2007 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os primeiros casos da febre de oropouche no estado surgiram em março deste ano, mas se intensificaram nos últimos três meses.
Em entrevista à Agência Brasil, a infectologia Maria Paula Mourão, que também desenvolve pesquisas sobre a doença na Fundação de Medicina Tropical do Amazonas, confirmou que o caso de Mazagão pode ser considerado uma epidemia. Para ela, os estados da Amazônia precisam se preparar para identificar ocorrências da febre de oropouche. A especialista explicou que a doença só pode ser diagnosticada por meio de exames laboratoriais. Em toda a Amazônia, somente o Instituto Evandro Chagas, no Pará, e a Fundação de Medicina Tropical, no Amazonas, estão preparados para identificar a doença. Manaus também teve registro da doença nos dois últimos anos.
“Muitas vezes, como a doença não é grave, a rede de saúde dos municípios não tem estrutura para fazer o diagnóstico da febre de oropouche e a classifica como uma virose qualquer. É preciso prepará-los para dar o diagnóstico correto”, disse.
Febre aguda, dores de cabeça intensas, manchas na pele, dores musculares e nas articulações são sintomas que podem aparecer num paciente da doença. Não há coriza nem tosse e a doença é frequentemente confundida com dengue e malária pela semelhança de sintomas. A duração da febre de oropouche no organismo humano pode chegar a 7 dias.
A febre de oropouche é uma doença tropical. O aquecimento global do planeta e os desmatamentos podem incentivar a criação de ambientes favoráveis ao mosquito. Epidemias foram registradas em Manaus, na década de 80 e em Rondônia há mais de cinco anos. A transmissão se dá por um mosquito chamado maruim. O inseto também é conhecido como mosquito-pólvora e suas larvas podem viver em água doce ou salgada. O maruim é encontrado em matas úmidas e brejos. A reprodução acontece em lugares alagados e onde existe matéria orgânica em decomposição. O nome do inseto se deve ao tamanho pequeno e cor que lembra um grão de pólvora.
Amanda Mota
Agência Brasil
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