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Saúde

Conselhos de Farmácia propõem políticas eficazes de prevenção ao câncer de útero


 

 

Diante dos dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) que revelam uma realidade assombrosa em relação à saúde da mulher no Estado de Rondônia, com ênfase para a incidência de câncer de útero, os Conselhos Federal de Farmácia (CFF) e Regional (CRF-RO) estão propondo, em parceria com outras entidades envolvidas no assunto, políticas e ações frequentes para reverter esta realidade. Foi o que informou a diretora secretária-geral do CFF, Lérida Vieira, conselheira federal por Rondônia, observando ser importante as mulheres ter consciência da necessidade de realizarem pelo menos uma vez por ano consultas ginecológicas e o exame de prevenção ao câncer do colo uterino.
 

Lérida Vieira ressaltou a preocupação com a doença no Estado citando que, de acordo com o Inca, do total de 740.165 mulheres, de 18 a 60 anos, apenas 79.412 realizaram o exame em 2009. Pelo menos 55,6% apresentam a doença. No município de Ji-Paraná, por exemplo, o número de mulheres nessa faixa etária é de 56.247 e apenas 5.108 fizeram o preventivo. “Isso mostra o total descaso para com a saúde da população feminina, em especial ao preventivo do colo de útero”, disse a conselheira federal de Farmácia, completando que é preciso haver uma grande mobilização, utilizando-se todos os tipos de mídias, visando à conscientização das mulheres sobre a importância do preventivo, onde e como fazê-lo.
 

“Vale salientar que os bioquímicos que trabalham na Citologia em Rondônia são especialistas em Citologia Clinica, curso reconhecido pelo CFF e a Sociedade Brasileira de Citologia Clinica”, acrescentou Ana Caldas, presidente do CRF-RO.
 

De acordo com as organizações de saúde, o câncer do colo do útero representa a neoplasia maligna mais frequente na mulher brasileira. O diagnóstico precoce é, ainda, o melhor instrumento de combate, sendo a técnica de coloração do Papanicolaou amplamente aceita como ferramenta na identificação das alterações celulares compatíveis com processos neoplásicos em diversos órgãos. Entretanto, a utilização da citologia esfoliativa no diagnóstico clínico laboratorial do câncer torna-se prejudicada pela carência de serviços especializados na área de Citologia Clínica.
 

“Se o câncer cervical no Estado de Rondônia está entre os primeiros no Brasil, temos que mudar este cenário rapidamente com medidas estratégicas visando o atendimento das mulheres de forma efetiva e concreta”.
 

O câncer de colo de útero pode ser diagnosticado de maneira precoce através do achado de alterações celulares no exame citológico do esfregaço do colo uterino, que indicam estágios da evolução do câncer, podendo ser prescrito o tratamento adequado, reduzindo, significativamente os óbitos causados pela doença.
 

Conforme a Divisão Nacional de Doenças Crônico- Degenerativas, do Ministro da Saúde, o câncer cervical uterino alcança percentuais significantes, variáveis com a região geográfica, como apresenta o gráfico.

 

Em alguns Estados brasileiros, a incidência do câncer cervical é particularmente elevada:

Amazonas

       43.3 %

Roraima

       43,7%

Pará

       44,7%

Mato Grosso

       44,7%

Rondônia

       55,6%

Amapá

       61,2%

Acre

       64,3%

Maranhão

       66,5%

 

Em Rondônia

População Feminina na Faixa etária: 18 a 60 anos: 740.165

Total de Exames realizados no ano de 2009:             79.412

 

 

Ji-Paraná

População feminina na faixa etária: 18 a 60 anos: 56.247

Total de exames realizados no ano 2009:                  5.108


Fonte: Veronilda Lima
 

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