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Saúde

A economia de Rondônia parou e Porto Velho é o exemplo maior da paralisação

Empresários de diversos segmentos reclamam da falta de diálogo e comunicação na tomada de medidas pelo Governo de Rondônia


A economia de Rondônia parou e Porto Velho é o exemplo maior da paralisação - Gente de Opinião

Durante a tarde da sexta-feira somente se tomou conhecimento de que haviam reuniões sobre as medidas que o Governo de Rondônia iria adotar para fins de prevenção e enfrentamento ao Covid 19 (novo corona vírus). Evidentemente, como existia um processo de rápida disseminação do vírus era esperado que as providências fossem também rápidas. E foram, pois, o o decreto nº 24.887, de 20 de março de 2020, estabeleceu  a adoção de um série de medidas de prevenção à doença, inclusive sofrendo infrações administrativas em caso de descumprimento, foi assinado na própria noite  da sexta-feira (20) pelo governador de Rondônia, coronel Marcos Rocha. Ocorre que as medidas, de fato, se   estenderam, como é necessário,  ao funcionamento de cinemas, teatros, bares, clubes, academias, banhos/balneários, boates, restaurantes, atividades e serviços privados não essenciais, funcionamento de galerias, lojas, comércios, shopping centers, centros comerciais (com exceção de farmácias, supermercados, panificadoras e demais estabelecimentos considerados essenciais ao atendimento), bem  como a suspensão de ingresso no território do estado de veículos de transporte público e privado, derivados do território internacional; participação em viagens oficiais, reuniões, treinamentos, cirurgias em hospitais públicos e privados e até mesmo à utilização de mototaxis; operação aeroviária de aeroportos estaduais; realização de eventos de qualquer natureza, tanto público quanto privado, com mais de cinco pessoas.  E, como seria lógico, o trânsito de pessoas em locais públicos ou privados que envolvam aglomeração.

SURPRESAS E INSATISFAÇÃO

Embora as reações tenham sido, em sua grande maioria, de aprovação as medidas tomadas, houve muitas reclamações de diversos segmentos da sociedade. A principal delas veio da forma como as coisas foram feitas. Não houve nenhuma reunião de consulta à sociedade civil e as reuniões foram feitas, de modo fechado, no interior da burocracia estadual. Ou seja, as empresas e as pessoas foram informadas depois das decisões tomadas e sem um amplo conhecimento público. O governador, nem sua assessoria de comunicação, não convidaram nem autoridades, nem representantes de classe ou até mesmo a imprensa para dar conhecimento de suas decisões. E, note-se, foram decisões noturnas e não publicadas no Diário Oficial. Assim, imagine como um comerciante em Cabixi ou Guajará-Mirim poderia saber que não podia abrir as portas? Isto, porém, é levar a questão para os extremos. Efetivamente, até mesmo os maiores comércios de Porto Velho abriram suas portas sem ter conhecimento do decreto de calamidade. Principalmente em Porto Velho, uma cidade sem comércio hoje, louve-se, então, a competência e o bom trabalho da Polícia Militar que, ao chegar nos locais, para obrigar ao fechamento soube fazer um belíssimo trabalho, notificando e tratando com muita educação os empresários. Na sua grande maioria, esses reagiram com calma e reconhecendo a gravidade da situação de emergência. Mas, em especial, os que estão com problemas econômicos, e sabem que irão se agravar com o fechamento, não disfarçaram sua irritação. Donos de restaurante consideraram um absurdo a medida e elogiaram a atuação da Prefeitura Municipal que estabeleceu limites para o funcionamento, bem como discutiu as medidas antes com lideranças empresariais. Lojistas dos centros comerciais reclamaram que a medida deveria ter sido melhor pensada, de vez que os fregueses já eram rarefeitos mesmo. Indignados estavam os mototaxistas que dizem depender diretamente da renda que usufruem com seu trabalho diário e reclamaram que, de acordo com uma liderança deles, se trata do único serviço de transporte citado diretamente. E indagavam: por que nós, que somos o elo mais fraco da corrente?  Outro grupo que enfrenta sérios problemas de sobrevivência é o do comércio informal, pois, as barracas e vendedores de todo tipo estavam recebendo a fiscalização policial e sendo obrigados a deixar os locais onde se encontravam. A reclamação invariável é a de que: a renda que gero aqui é para manutenção da família? Como vou viver? Como vou comer? Os policiais, porém, apesar de polidos, diziam que estavam cumprindo a lei e não podiam deixar de cumprir. A lei-diziam- é para todos: grandes, pequenos e micros. De qualquer forma, de um modo geral, houve uma concordância de que as medidas são corretas, que os impactos econômicos estão muito fortes, afetando toda a economia e que o Governo apenas errou feio na comunicação.  

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