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Sobrevivente de acidente com avião reforça hipótese de uso de combustível adulterado


 
Danilo Macedo
Agência Brasil

Manaus (AM) - O uso de combustível adulterado pode ter causado o acidente com o avião Bandeirante que caiu no Rio Manacapuru no último sábado (7), próximo ao município de Manacapuru, no Amazonas. Ana Lúcia Laurea – uma das quatro pessoas que sobreviveram ao desastre com  aeronava, que transportava 28 pessoas  – disse que viu uma das hélices do avião parar antes da queda. "A hélice parou 15 minutos antes de chegar a Manaus. Aí, o avião perdeu altitude e a gente sentiu o impacto na água", contou.

Segundo o major Washington Jorge, do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), esse fato pode ter ocorrido por causa do combustível. Essa hipótese, acrescentou, será analisado pelos peritos. "Vamos tirar uma amostra do combustível, pois quando há adulteração é comum o motor parar."

Em relação ao sobrepeso, também apontada como uma das possíveis causas do acidente, o major disse que ainda faltam elementos para uma conclusão. "Há possibilidade de ter havido excesso de peso, mas ainda é preciso analisar a quantidade de combustível, peso dos passageiros e das bagagens."

A empresa Manaus Aerotaxi, proprietária do avião, divulgou uma cópia do manifesto de carga preenchido pelo piloto, uma espécie de relatório sobre bagagens e passageiros. No documento, consta que havia 26 pessoas a bordo, enquanto a contagem total dos mortos e sobreviventes mostra que, na verdade, eram 28 . A aeronave tinha capacidade para levar, no máximo, 20, com mais algumas crianças de colo.

Ontem (9), milhares de pessoas acompanharam o enterro de 22 das 24 vítimas do acidente, em Coari. O piloto do avião foi sepultado em Manaus e outra vítima, em Manacapuru. A maioria dos mortos era de uma mesma família e foi convidada para uma festa de um parente em Manaus.

Os peritos do Cenipa já retiraram todos os componentes que precisavam para as investigações e a carcaça do avião já está sendo transportada de balsa para Manaus, onde ficará, a partir de agora, sob a responsabilidade da empresa proprietária. Apesar da distância ser pequena, de pouco mais de cem quilômetros, o trajeto deve levar cerca de 12 horas para ser completado pelo Rio Manacapuru.

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