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Seminário discute no Acre compras responsáveis de madeira



O Primeiro Seminário de Compras Responsáveis de Madeira acontece nesta terça, 26 de maio, em Rio Branco, para debater experiências ligadas ao tema em diferentes regiões do Brasil e as perspectivas de implantação de políticas similares no Acre.

O principal objetivo é apresentar casos de cidades e estados que têm programas de compras responsáveis de madeira, bem como experiências de empresas e organizações não-governamentais envolvidas com a adoção de políticas voltados para o consumo responsável de produtos madeireiros.

As conclusões obtidas no seminário servirão de base para a criação, pelo Município de Rio Branco e Estado do Acre, das políticas municipal e estadual de compras responsáveis de madeira. Em março deste ano, o governador Arnóbio Marques e o prefeito Raimundo Angelim assinaram decretos aderindo à Rede Amigos da Amazônia e definindo a elaboração de políticas públicas que vetam a compra de madeira ilegal pelo poder público no território acreano.

Foi feito ainda um acordo do poder público estadual e municipal com as empresas que trabalham com madeira no Acre, para que o setor produtivo também adquira e comercialize produto legal e, preferencialmente, com a certificação do Conselho de Manejo Florestal (FSC). O selo FSC atesta que a madeira utilizada como matéria-prima foi obtida de forma sustentável a partir de um plano de manejo, obedecendo a rigorosos critérios ambientais e sociais.

O seminário é organizado por Governo do Acre, Prefeitura de Rio Branco, Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac), Fundação Getúlio Vargas (FGV), União Mundial para a Natureza e WWF-Brasil. Participam ainda, relatando suas experiências em políticas de compras responsáveis de madeira, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente de São Paulo, a Polícia Ambiental do Estado de São Paulo, Sindicato da Indústria da Construção Civil de Grandes Estruturas do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), o Grupo de Produtores Florestais Certificados na Amazônia (PFCA), as prefeituras de Porto Alegre (RS) e Americana (SP), além da Construtora EBM, de Goiás.

“O seminário será o primeiro de diversos fóruns que organizaremos para compartilhar, em escala nacional, experiências de sucesso adotadas regionalmente para assegurar a compra de madeira produzida em conformidade com a legislação ambiental” avalia Alberto Tavares, o Dande, líder do escritório do WWF-Brasil no Acre.

Dande salienta que a adoção de políticas de compras responsáveis e o consumo consciente de produtos florestais têm relação direta com a conservação das florestas. “Os resultados destas iniciativas se refletem na redução de emissões de gases de efeito estufa, bem estar de comunidades extrativistas que vivem da floresta e incentivo ao manejo florestal, dentre outros aspectos”, conclui.

Frederico Soares Machado, oficial de projetos da UICN, salienta que a adoção de critérios socioambientais para as compras públicas tem um grande potencial de contribuir para conservar a floresta em pé. “O evento desta terça-feira será uma boa oportunidade para troca de experiências, em que os participantes locais poderão ter contato com outras realidades bem-sucedidas e tirar dúvidas. Esperamos que todos saiam do evento vestindo a camisa da Rede Amigos da Amazônia”, destaca.

De acordo com Carlos Ovídio Rezende, secretário estadual de Floresta do Acre, quando o poder público decide abraçar uma política de compras responsáveis de madeira, o resultado é a valorização da floresta em pé, dos ativos florestais e a geração de renda para as populações locais. “É essencial estabelecer o referencial comparativo entre uma floresta explorada de forma convencional, causando grandes estragos nos ecossistemas, e uma explorada por meio do manejo. Precisamos saber de onde vêm os produtos que compramos. A madeira tem uma lógica similar à do DVD pirata, que financia o crime, o trabalho infantil e a violência”, analisa Rezende.   

Em março, o Governo do Estado de São Paulo, a Prefeitura de São Paulo, o Sinduscon-SP e mais 20 organizações, entre elas o WWF-Brasil, aderiram ao Programa Madeira é Legal, que tem como objetivo promover o uso da madeira de origem legal e certificada no Estado e no Município de São Paulo. 

Fonte: WWF

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