A greve na saúde é conseqüência da “esperteza” e da “valentia” de Cassol e da subserviência da ALE
A greve na saúde é uma conseqüência direta da truculência e da arrogância do governador Ivo Cassol, que considera o estabelecimento de um processo negocial transparente com os servidores como uma espécie de ofensa pessoal ou algo que diminua sua autoridade. Ao mesmo tempo, ele aposta na esperteza e nas ameaças para resolver o impasse, em vez de aceitar a proposta de diálogo dos servidores.
Cassol, “O Esperto”, afirma que devido à crise Rondônia não tem condições econômicas para atender as reivindicações e tenta arrumar culpados, como a divida do Beron ou a transposição de servidores. Entretanto, os fatos desmentem o governador:
1) aumentou os maiores salários do Estado em 25%;
2) criou uma nova secretaria;
3) criou mais centenas de cargos comissionados;
4) a arrecadação cresceu 14% de janeiro a abril de 2009;
5) anunciou o maior pacote de obras da história de Rondônia no valor de 1 bilhão e 200 milhões de reais.
Cassol, “O Valentão”, se recusa estabelecer qualquer diálogo com os sindicatos e anuncia retaliações como: corte do ponto de servidores; mandar prender grevistas; não pagar ação judicial; contratação de emergenciais e retirada de direitos já adquiridos; além de diversos xingamentos e de acusar o movimento grevista de ser supostamente eleitoreiro.
A Assembléia Legislativa, “A Subserviente”, mais uma vez fica de joelhos na frente do governador e volta as costas para a população, ao votar em regime de “urgência urgentíssima” a mensagem nº 100 de Cassol, aprovando na “calada da noite” um projeto para autorizar o governo a fazer contratações emergenciais.
Tanto Cassol, quanto os seus subservientes deputados parecem se esquecer de algo elementar: qualquer processo de contratação, treinamento e lotação de emergenciais demoraria muito tempo antes de começar a surtir algum efeito no atendimento à população, que precisa de uma solução imediata.
Diante destes fatos, a CUT reitera a necessidade da abertura de um processo de negociação, em regime de URGÊNCIA URGENTÍSSIMA, visando estabelecer condições mínimas para que a greve possa ser suspensa com a maior brevidade possível; alertando que toda e qualquer intransigência neste momento é inoportuna e extremamente prejudicial para a população.
Porto Velho (RO), 10 de junho de 2009.
A DIREÇÃO DA CUT/RO
Segunda-feira, 29 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)