Terça-feira, 29 de abril de 2008 - 12h55
Agência Brasil
O assessor militar do Departamento de Política e Estratégia do Ministério da Defesa, coronel Gustavo de Souza Abreu, reconheceu há pouco que a fronteira do Norte do Brasil é vulnerável ao tráfico de drogas. Abreu, que participa de audiência na Comissão da Amazônia sobre os problemas de vigilância e defesa da região, explicou que as Forças Armadas atuam em cooperação com outros órgãos para combater esses crimes, pois a atividade de polícia não é atribuição do Exército, da Marinha nem da Aeronáutica.
Gustavo Abreu também reconheceu a possibilidade de "transbordamento" da narcoguerrilha colombiana para o Brasil. Mesmo assim, segundo ele, as Forças Armadas tranqüilas, pois o Brasil leva vantagem nas operações militares. "Podemos não ter fuzis modernos, mas nosso homem é extremamente bem preparado", afirmou.
Por outro lado, o coronel descartou a existência de inimigos externos que representem ameaça para o Brasil. A hipótese, para ele, é pouco provável, em razão das boas relações do País com as nações vizinhas.
Ele alertou ainda para as propostas em tramitação no Congresso que prevêem a redução da faixa de fronteira no País, que hoje é de 150 quilômetros. Segundo ele, ao reduzir a faixa, reduz-se também a área de atuação do Exército.
Queimadas
No que diz respeito ao controle de queimadas e ao desmatamento ilegal, o coronel Gustavo Abreu disse que as Forças Armadas têm uma atribuição subsidiária. Elas atuam quando é possível ou quando há recursos, em razão de essa não ser a atribuição principal dos órgãos militares. Ele destacou, porém, que as Forças Armadas estão inseridas no programa de prevenção e controle do desmatamento na Amazônia do governo federal.
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