Domingo, 15 de junho de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Brasil

Senadores apresentam projetos para acabar com o fundo eleitoral


Edilson Rodrigues/Agência Senado - Gente de Opinião
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Projetos recém-apresentados no Senado buscam acabar com o Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), conhecido como fundo eleitoral. O fundo, criado em 2017, tem recursos do Tesouro Nacional e é usado para financiar as campanhas políticas, que não podem mais receber doações de empresas. Nas eleições de 2018, o valor do FEFC foi de mais de R$ 1, 7 bilhão.

Os projetos (PL 555/2019 e PL 748/2019) foram apresentados pelos senadores Major Olimpio (PSL-SP) e Marcio Bittar (MDB-AC), respectivamente. Os dois alteram a Lei Eleitoral (Lei 9504, de 1997) para extinguir o fundo.

Para Major Olimpio, o Congresso precisa questionar se a prioridade é o custeio de campanhas eleitorais ou o bem-estar da população. “Em um momento de crise como o que passamos, em que se discute diversas reformas, nós Legisladores não podemos passar o péssimo exemplo de continuarmos utilizando tal fundo para financiamento de campanhas eleitorais, enquanto nossa população carece de atendimentos básicos em hospitais, de segurança, de escolas que não possuem estrutura básica para a educação de nossas crianças, dentre outras necessidades basilares”, argumentou o senador em seu projeto.

Na mesma linha, Marcio Bittar diz considerar o fundo “um acinte sem precedentes”. Para ele, além de gastar o dinheiro que poderia ir para áreas importantes para a população, o fundo cria uma concentração de poder exacerbada nas direções dos partidos, que distribuem os recursos como querem, sem regras definidas. Com isso, disse o senador, os partidos passam a ter donos em vez de dirigentes.

“Não há nenhum tipo de regramento que estabeleça distribuição equânime entre os candidatos, logo, aqueles mais próximos dos dirigentes são privilegiados com maiores quantias. Essa distribuição desigual de recursos acaba por ferir, diretamente, a autonomia parlamentar dos candidatos e dos eleitos, pois qualquer discordância de ordem política pode ocasionar o esvaziamento das fontes de financiamento eleitoral”, explicou.

Bittar criticou, ainda, a obrigatoriedade de gasto de 30% do valor recebido em candidaturas femininas, que teria criado um “efeito colateral grave”: mulheres sendo usadas como laranjas para receber o dinheiro e destinar a outras candidaturas.

Os dois textos serão analisados pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) em decisão final e só terão que passar pelo Plenário se houver recursos para isso. Caso contrário, seguem diretamente para a Câmara dos Deputados depois da aprovação.

Gente de OpiniãoDomingo, 15 de junho de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Logística: gargalo a ser enfrentado em Rondônia

Logística: gargalo a ser enfrentado em Rondônia

Com o objetivo de buscar alternativas para superar os gargalos logísticos que dificultam a competitividade da produção industrial em Rondônia, a Sec

Clínica de estética em Taguatinga prioriza a saúde física e mental

Clínica de estética em Taguatinga prioriza a saúde física e mental

Taguatinga possui uma clínica de estética que oferece serviços de beleza e tratamento de desintoxicação no organismo, geralmente focado em melhorias

Rondônia mostra força no maior evento de Marketing e Comunicação do Cooperativismo Nacional

Rondônia mostra força no maior evento de Marketing e Comunicação do Cooperativismo Nacional

O Sistema OCB/RO e representantes de cooperativas rondonienses participaram da Semana de Competitividade 2025, realizada entre os dias 9 e 11 de jun

Valor da Marca Sebrae cresce 346% em quatro anos

Valor da Marca Sebrae cresce 346% em quatro anos

A Marca Sebrae figura entre as mais valiosas do Brasil. De acordo com a pesquisa Valor de Marca Sebrae 2025, conduzida pelo Instituto Ipsos, o valor

Gente de Opinião Domingo, 15 de junho de 2025 | Porto Velho (RO)