Arns conclama sociedade a rever valores diante da Campanha da Fraternidade

O senador Flávio Arns (PSDB-PR) destacou nesta quarta-feira (17) o início da Campanha da Fraternidade de 2010, cujo tema é "Economia e Vida". Trata-se, segundo ele, de uma oportunidade para a sociedade refletir sobre as relações sociais e a postura diante da vida, em busca da recuperação dos "melhores valores" e da "humanidade que vem se perdendo".

Flávio Arns observou que "o Brasil tem potencial para promover a vida em abundância, como as pastorais das igrejas desejam". O trabalho dessas pastorais e das comunidades, conforme o senador, tem dado ao governo exemplos do que é possível fazer quando todos se sentem comprometidos. A campanha deste ano, acrescentou, propõe-se a contribuir para equacionar a relação entre economia, vida humana e conservação do meio ambiente.

O senador lembrou as tragédias ocasionadas pelo clima, como deslizamentos, terremotos, maremotos e enchentes, citando particularmente os problemas que atingiram Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. Dizendo que as catástrofes também tiram do brasileiro "o que ele tem de melhor" - o senso de partilha e a capacidade de se unir ao próximo na adversidade -, o senador pediu uma mudança de postura capaz de produzir em cada um a vontade de se envolver com a causa do outro pelo bem de toda a comunidade.

Arns cobrou também atenção ao lema da campanha: "Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro" (frase do Evangelho Segundo São Mateus). O senador atribuiu à ganância e à ambição desmedidas o estado de pobreza e de miséria em que vive grande parte da humanidade.

Em aparte, Romeu Tuma (PTB-SP) culpou a ganância pelo crescimento da corrupção no país. Também em aparte, Paulo Paim (PT- RS) elogiou a decisão da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), promotora da Campanha da Fraternidade de 2010 em parceria com o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), de chamar o movimento dos aposentados para discutir a ajuda à luta pela recuperação dos benefícios previdenciários. 

Fonte: Agência Senado