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Política - Nacional

Ao lado de Lula, Minc ouve reclamações de governadores e é vaiado



O governo vai criar um programa 
que se chamará Bolsa-Verde
  

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, foi o único dos integrantes da equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a ouvir algumas vaias durante discurso no ato que deu início à regularização de terras da Amazônia e a uma série de procedimentos que visam a reduzir o desmatamento da floresta. Ele até que fez de tudo para parecer simpático, mas em Alta Floresta (MT), ao lado do presidente do Lula, acabou por ver que não é uma pessoa querida na região.

Para quebrar o gelo, Minc abriu seu discurso com elogios ao governador do Mato Grosso, Blairo Maggi (PT), a quem já acusou de desmatador e de querer plantar soja até nos Andes. "Meu governador Blairo Maggi. No passado tivemos desencontros e agora temos encontros. O senhor criou o MT Legal, um exemplo de programa de preservação para toda a Amazônia. A governadora Ana Júlia (Pará), o governador Jaques Wagner (Bahia), já levaram seu projeto. Eu sugiro até que cobre royalties, porque é um projeto para todo o Brasil", disse Minc.

Depois, anunciou que o governo vai criar um programa que se chamará Bolsa-Verde, que deverá pagar R$ 100 por ano para as famílias que plantarem árvores em áreas degradadas. Foi imediatamente corrigido pelo presidente Lula. "R$ 100 por mês, não por ano". Minc disse: "Obrigado, presidente, pela correção. Isso é que é um presidente atento, que presta atenção no que está sendo falado".

Na tentativa de melhorar um pouco a sua imagem ali, diante de uma plateia formada por pioneiros do avanço da Marcha para o Oeste, Minc disse que o governo deve adotar a educação ambiental no lugar da repressão e que a produção e o meio ambiente não podem ser inimigos, e sim aliados. Não conseguiu reduzir os murmúrios que se ouvia entre o público. Terminou o discurso com o jargão que adotou: "Saudações ecológicas e libertárias". 

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"Cassol cobra Minc
"
Ao lado de Lula, Minc ouve reclamações de governadores e é vaiado  - Gente de Opinião


Blairo Maggi respondeu ao ministro de forma indireta. "Nessa questão ambiental devemos prestar atenção e entender que o que todos nós queremos é o reconhecimento do que já fizemos. Viemos para cá dentro de um programa de governo, que nos oferecia as terras em novos projetos de colonização. As leis mudaram e as práticas não". Blairo pediu que o governo federal faça pequenos ajustes na legislação ambiental, de forma a adequá-la à realidade. Hoje, o setor do agronegócio, ao qual Maggi pertence, quer que as limites para as áreas de proteção permanente sejam estabelecidos pelos Estados e não pela legislação federal. Por exemplo: Santa Catarina votou um Código Ambiental e decidiu reduzir para 5 metros a área de mata ciliar das propriedades com menos de 50 hectares. O Código Florestal estabelece 30 metros.

Minc ouviu também reclamação do governador de Rondônia, Ivo Cassol (sem partido). Este afirmou que mesmo com a permuta de áreas do governo do Estado pela Floresta do Bom Futuro, a Polícia Federal, a Força Nacional de Segurança e o Exército continuam atuando lá dentro, e que o Ibama a cada dia multa mais fazendeiros que estão na área. "Ministro Minc, pegue essa turma e leve para vigiar o desmatamento nas áreas indígenas", sugeriu Cassol.

Fonte: Bem Paraná

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