Quinta-feira, 11 de dezembro de 2025 - 14h40

Operação Polígrafo
aponta esquema que envolveu ex-secretário adjunto de Saúde e Cônsul Honorário
da Índia; Ministério Público pede ressarcimento de mais de R$ 2 milhões ao
erário O Ministério Público de Rondônia (MPRO) apresentou à Justiça, nesta
terça-feira (9/12), denúncia contra 12 pessoas acusadas de integrar um esquema
de fraude na compra de testes rápidos para detecção de Covid-19 durante a
pandemia.
A ação, subscrita pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime
Organizado (Gaeco), é resultado da Operação Polígrafo, deflagrada em julho de
2020, e busca responsabilizar os envolvidos, além de garantir o ressarcimento
de mais de R$ 2 milhões aos cofres públicos do Estado. O esquema criminoso
denunciado, que funcionou entre março de 2020 e janeiro de 2021, envolveu a
aquisição irregular de 100 mil testes rápidos para Covid-19 sem registro na
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A compra foi realizada por meio de Dispensa de Licitação no valor total
de R$ 10,5 milhões, recursos que deveriam ter sido aplicados corretamente no
combate à pandemia em Rondônia. As investigações revelaram que o grupo atuava
de forma organizada para fraudar os procedimentos licitatórios, preterir
empresas legalmente habilitadas, direcionar contratações para fornecedores
específicos, entregar produtos irregulares e obter vantagens financeiras
indevidas. Entre os denunciados estão o então Secretário Adjunto de Estado de
Saúde e o Gerente Administrativo da Secretaria de Estado de Saúde (Sesau/RO),
além de integrantes de duas empresas envolvidas no esquema. Também foi
denunciado o então Cônsul Honorário da Índia. Os denunciados foram acusados da
prática de vários crimes.
Contra a Administração Pública: frustração do caráter competitivo de
licitação, fraude em contrato público (por entrega de produtos com qualidade
diversa da contratada e uso de meios fraudulentos que tornaram o contrato mais
oneroso) e tráfico de influência.
Contra a saúde pública: falsificação, corrupção e adulteração de produto
destinado a fins terapêuticos, pela importação e entrega de testes sem registro
sanitário e sem as características exigidas para comercialização.
Contra a fé pública: falsificação de documento particular, uso de
documento falso, falsidade ideológica e falso testemunho. Todos os envolvidos
também respondem por associação criminosa e fraude processual. Além das penas
privativas de liberdade previstas para cada crime, o MPRO requereu a condenação
dos denunciados ao pagamento de indenização por dano moral coletivo e por dano
material, considerando prejuízo ao erário de mais de R$ 2,2 milhões, decorrente
de superfaturamento e custos logísticos indevidamente assumidos pelo Estado.
O Ministério Público também solicitou a perda dos cargos atualmente
ocupados pelos denunciados que são servidores públicos. Também foi requerida a
manutenção do bloqueio de bens, direitos e valores já determinado pela Justiça,
a fim de garantir o ressarcimento dos danos causados ao patrimônio público.
Próximos passos: Com o oferecimento da denúncia, inicia-se o processo
judicial. Cabe agora ao Poder Judiciário analisar o recebimento da peça
acusatória. Em caso positivo, os denunciados serão citados para apresentar
defesa, seguindo-se a instrução processual com produção de provas e oitiva de
testemunhas, até o julgamento final. A atuação do Gaeco demonstra o compromisso
do Ministério Público em proteger os recursos públicos destinados à saúde da
população rondoniense, especialmente em um momento crítico como foi a pandemia
de Covid-19, quando a correta aplicação de cada centavo poderia significar
vidas salvas.
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