Quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025 - 10h25

Um fugitivo do Complexo Penitenciário de Rio Branco
(AC) e um foragido da Justiça foram presos na terça-feira (11) em Porto Velho,
em apoio a uma operação conjunta dos Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime
Organizado (Gaecos) dos Ministérios Públicos do Acre (MPAC) e de Rondônia
(MPRO).
Talisson de Souza Gama, de 29 anos, escapou do
presídio em novembro de 2024, enquanto Cleiton S. O., de 33 anos, já era
procurado pela Justiça. A dupla integra o Comando Vermelho (CV) e teria vindo
para Rondônia com a missão de executar policiais.
Talisson é condenado a 97 anos de prisão por
diferentes crimes, entre eles homicídio qualificado, dupla tentativa de
homicídio, além do envolvimento em organização criminosa e a realização de
ataques em bairros da capital acreana. Embora sua pena seja alta, o líder do CV
foi preso em 2023 e ficou somente um ano atrás das grades.
Fugas e execuções de PMs
A captura dos perigosos fugitivos e a descoberta do
plano de assassinato de policiais ocorre menos de um mês após o assassinato do
policial militar Fábio Martins, em uma emboscada no Residencial Orgulho do
Madeira.
O algoz do PM foi Rodrigo Thierre, membro do
Comando Vermelho (CV), que também havia fugido do presídio Urso Panda, em Porto
Velho, semanas antes de participar do crime. Thierre acabou morto em um
confronto com a Polícia Militar no final de janeiro.
A prisão dos dois fugitivos do Acre na última terça
reforça um cenário já denunciado anteriormente: as unidades prisionais do Norte
do país não conseguem conter a influência do crime organizado.
No mês passado, uma matéria mostrou como as fugas
em massa, as rebeliões e a aparente falta de controle nas penitenciárias vêm
permitindo que facções como o CV ampliem sua atuação, colocando toda a
sociedade em risco e insegurança.
A pergunta que fica no ar: tudo isso é mera
coincidência em pouco tempo ou realmente os membros do CV estão focados em
fugir dos presídios para matar policiais nas ruas?
Ataques interligados
Esses episódios indicam atuação coordenada da
facção criminosa entre os dois estados, com criminosos utilizando as fronteiras
para expandir e organizar suas atividades e cumprir ordens de execução.
Dias atrás, também foi presa, a caminho do Acre,
Edsandra Costa da Silva, conhecida como "Vitória do CV", acusada de
participação na morte do cabo da PM, Fábio Martins em Porto Velho. Vitória foi
apontada pela polícia como uma das líderes da facção.
Durante cinco dias, a população da capital de
Rondônia viveu dias de terror. Em um desses dias, oito pessoas foram mortas. A
maior parte das vítimas eram pedestres e pessoas que circulavam pelas ruas da
capital. Um total de 14 moradores da Zona Leste de Porto Velho foram baleados,
dos quais seis não resistiram aos ferimentos. Outros dois suspeitos morreram em
confronto com as autoridades.
Dezenas de ônibus de transporte urbanos, escolares
e interestaduais foram queimados em várias cidades. Isso resultou no envio da
Força Nacional de Segurança Pública pelo Ministério da Justiça, que vai atuar
em Porto Velho por 90 dias.
Fragilidade atual
Embora o Estado anuncie seus esforços para conter a
crise da segurança pública, a movimentação de criminosos entre Acre e Rondônia
reforça indícios de que o CV vem ampliando sua presença na região, utilizando
as fronteiras estaduais para fugas, execuções e o tráfico de drogas.
O caso reacende o debate sobre o avanço do crime
organizado, a vulnerabilidade do sistema carcerário, a insegurança da população
e a fiscalização nas fronteiras, desafios que esperam respostas das
autoridades.
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