Quinta-feira, 30 de outubro de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Opinião

OPINIÃO: 364, a rodovia da morte


OPINIÃO: 364, a rodovia da morte  - Gente de Opinião
Por: João Serra Cipriano


Quando os jornalistas pegam no pé da classe política rondoniense, acreana, amazônica e mato-grossense pelo atual abandono e descaso de décadas da Rodovia Federal BR-364, eixo nacional que garante vida econômica, entrada de bens, alimentos e corredor de exportação da soja a esses quatro grandes estados da Amazônia Legal, é justamente para mexer sim com os brios das referidas bancadas e buscar atitudes para salvar vidas, que vem sendo ceifadas todos os dias.

A princípio, esse corredor rodoviário foi planejado na década de 80 para receber uma camada asfáltica para atender movimentações limitadas de mercadorias. Acontece que nas últimas décadas a região cresceu acima da média nacional, recebeu o corredor exportado de soja oriunda do noroeste mato-grossense, garante a entrada de alimentos e bens para toda uma região acima de 10 milhões de habitantes, passou a ser corredor de exportação de alimentos para muitos países andinos, além de dar sustentação a Zona Franca de Manaus com a saída de suas indústrias tecnológicas.

Passa diariamente pela nossa BR-364 milhares de veículos leves e pesados diariamente e ainda conserva as mesmas infra-estruturas de 80, e já passaram 30 anos e o governo federal através das bancadas regionais nada fizeram na pratica para garantir a modernização desse imprescindível corredor, que na verdade é a única artéria rodoviária que garante o progresso econômico, agrícola e social.

O fato é que a duplicação geral da BR-364 deve ser encarada como prioridade nacional e não como um favor do PAC ou das legendas partidárias que mandam no governo federal.

Assim como esta rodovia abre caminhos para o desenvolvimento regional, infelizmente, pelo esquecimento, péssimas obras de conservações e o esquecimento da sua duplicação por vários anos, têm sim, contribuído para tirar vidas de homens simples, políticos conhecidos, famílias pioneiras e milhares de trabalhadores, motoristas, estudantes e servidores públicos.

Todos sabem que promessas políticas já foram anunciadas nos últimos anos para a duplicação da BR-364, mas nada foi de fato colocado em prática. A corrupção, a incompetência e a falta de gestão federal sequer levaram adiante trechos como a entrada de Porto Velho e outros canteiros iniciados nas margens das cidades do interior do Estado.

Olha que esse trecho aqui da Capital caminha na omissão e corrupção desde o final do governo FHC, passando pelo governo Lula-PT e ainda o povo paga o maior preço, com as suas vidas, por tamanha mazela e vergonha política regional. Ignoraram a vinda das Usinas do Rio Madeira, delegando dinheiro público na ordem de quase 1 bilhão de reais em compensações das usinas e obras do PAC (viadutos) para uma prefeitura local, cujos governantes, não tiveram condições técnica de tocar serviços básicos e simples, como conservações de ruas e avenidas urbanas, que não conseguiu limpar valas e esgotos, além de manter limpas as nossas praças e comunidades da nossa periferia, quanto mais, gerenciar infra-estruturas grandiosas e complexas.

Quantas vidas mais precisaram ser ceifadas de nossos cidadãos para que as autoridades locais, as bancadas regionais que compõem os Estados da Amazônia Legal e que usa este eixo do desenvolvimento, para tomarem atitudes sérias e concretas para obrigar a União executar as ampliações necessárias. Quantas vidas?

Protestos, greves, fechamento da BR não devem ser instrumentos usados para chamar mais a atenção de todos, que as vidas perdidas todos os dias. É preciso uma imediata pressão política dos governadores dos quatro estados junto as suas bancadas, para que o governo federal tire do papel e dos discursos as contrapartidas sociais para essa região que tanto têm contribuído para gerar impostos, alimentos e riquezas ao Brasil e ao atual sucesso econômico.


Fonte: Jornalista: João Serra Cipriano - Email: ciprianoserra@yahoo.com.br / http://joaoserracipriano.blogspot.com    (61) - 8171-7217 - (69) - 8114 2101

Gente de OpiniãoQuinta-feira, 30 de outubro de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Servidores efetivos vs. comissionados

Servidores efetivos vs. comissionados

O excesso de comissionados em instituições e órgãos públicos tem sido alvo de frequentes investidas por parte do Ministério Público de Rondônia (MPE

Os Estados Unidos do Brasil

Os Estados Unidos do Brasil

          “Os países não têm amigos nem inimigos. Os países têm interesses”. Essa frase antológica do ex-primeiro ministro britânico Winston Churchi

Gente de Opinião Quinta-feira, 30 de outubro de 2025 | Porto Velho (RO)