Terça-feira, 15 de abril de 2025 - 14h09
É próprio da atividade política o discurso mais do que a
ação. Geralmente, quem milita nessa área não perde a oportunidade de falar,
mesmo quando não tem quase nada a dizer. Afinal, falando, por um lado, e
fazendo – ou simulando – alguma coisa, por outro, muitos acabam levando
eleitores no papo. A seara política rondoniense, como de resto todo o país,
está cheia de pessoas assim, que se elegem e reelegem, em grande parte,
tapeando a realidade dos fatos e daquilo que poderiam fazer de socialmente
produtivo, mas não fazem, muitas vezes por conta de acordos pré-eleitorais,
determinantes para que grupos de interesses os mais diversos se estabeleçam.
O caso da Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia, ao que
tudo indica, insere-se no contexto acima. Quantos dirigentes não tiveram a
oportunidade de colocá-la nos eixos, evitando, destarte, que a empresa chegasse
às portas da insolvência, prejudicando milhares e milhares de consumidores, mas
preferiram empurrar o caso com a barriga. Daqui a pouco começa o verão. E a
escassez de água vem junto, entre outros problemas próprios dessa época do ano,
que poderiam muito bem já ter sido resolvidos se houvesse vontade política.
Vale destacar que, no próximo ano, haverá eleições. Levar água potável aos lares porto-velhenses estará nos discursos dos candidatos ao governo de Rondônia. Difícil é alguém acreditar nisso. O histórico eleitoral não ajuda. Enquanto isso, moradores dos mais diferentes bairros da cidade continuarão sofrendo com a carência de água. Vão reclamar, como reclamaram no verão passado, mas, certamente, suas queixas não ecoarão nos gabinetes oficiais, como, até hoje, não ecoaram. Afinal, é mais fácil jogar a culpa na natureza do que chamar para si a responsabilidade e resolver o problema do desabastecimento de água. Infelizmente, tem sido assim, ao longo de vinte e tantos anos.
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