Segunda-feira, 16 de junho de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Opinião

Mimetismo deslavado


Valdemir Caldas - Gente de Opinião
Valdemir Caldas

É impressionante a capacidade que tem alguns políticos brasileiros para se adaptarem ao ambiente em que vivem. A isso se chama de mimetismo, característica, aliás, muito comum no reino animal por algumas espécies tanto para se defenderem de eventuais predadores como também para se aproximarem de suas presas.

Um exemplo de mimetismo clássico pode ser observado na conduta do presidente Lula. Às vésperas da eleição para a presidência dos Estados Unidos, o petista revelou publicamente sua preferência pela candidata Kamala Harris, dizendo que a democrata era uma opção mais seguro para o regime, enquanto a vitória de Donaldo Trump representava a volta do nazismo e do fascismo ao poder.

Confirmada a vitória do republicano, Lula logo voltou atrás, mudando rapidamente o conteúdo do discurso, dizendo que o retorno de Donald Trump à Casa Branca simbolizava a voz do povo, que deve ser respeitada sempre, pois o mundo precisa de diálogo, como se fosse possível dialogar com nazistas e fascistas.

Outro exemplo de mimetismo. No primeiro turno da eleição para a prefeitura de Porto Velho, a candidata Mariana Carvalho (União Brasil) tinha o apoio de doze partidos e, de quebra, ainda contou com a ajudar de importantes cabos eleitorais, como o prefeito da capital, Hildon Chaves, o governador do estado de Rondônia, Marcos Rocha, e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Enquanto isso, Léo Moraes (Podemos) seguia sozinho. No segundo turno, Mariana teve o apoio do terceiro e do quinto colocados no primeiro turno.

Nos dois turnos, Léo Moraes apanhou feito cachorro sem dono. Eleito com quase trinta e cinco mil votos de diferença, Léo passou a ser bajulado, paparicado e endeusado, principalmente por vereadores que lhe viraram as costas no primeiro turno. Hoje, quase todo mundo quer ser fotografado ao lado dele.  O livro de Provérbios ensina que o que guarda a boca e a língua guarda a sua alma das angústias. A língua é um órgão capaz de dar vida ou de levar à morte. Por isso, precisamos aprender a usá-la adequadamente para abençoar o nosso irmão e para adorar o Senhor. Eis aí dois exemplos de mimetismo deslavado, mas há outros. A lista é extensa. 

Gente de OpiniãoSegunda-feira, 16 de junho de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Sobre a próxima eleição presidencial no Brasil

Sobre a próxima eleição presidencial no Brasil

O ex-presidente Michel Temer pretende criar uma candidatura moderada e conservadora, que ele define como de centro-direita, para a eleição presidenc

O mistério que nos tece: a Trindade é o canto do universo

O mistério que nos tece: a Trindade é o canto do universo

A Fórmula do Céu na Terra: Expressa na Dança Quântica e no Abraço Trinitário Num mundo que insiste em nos dividir — entre ciência e fé, entre eu e v

20 anos do mensalão

20 anos do mensalão

No último dia 06 de junho, o escândalo do mensalão completou vinte anos. O esquema, denunciado pelo então deputado federal Roberto Jefferson, à époc

Confúcio não está politicamente morto

Confúcio não está politicamente morto

Quer queira, quer não queira, é impossível fazer política sem a virtude da habilidade. E essa parece ser uma peculiaridade do senador Confúcio Moura

Gente de Opinião Segunda-feira, 16 de junho de 2025 | Porto Velho (RO)