Segunda-feira, 15 de agosto de 2022 - 16h55
Entra eleição, sai
eleição, e a conversa mole é sempre a mesma: se eu for eleito, prometo resolver
de uma vez por todas essa questão da transposição de servidores do Executivo Estadual
para os quadros da União. Passada a eleição, o candidato se elege e o discurso
acaba numa dessas gavetas da burocracia oficial, restando aos que acreditaram
na mentira apenas a decepção.
O cidadão passou pela
Câmara Federal, pelo Senado da República, não moveu um palito de fósforo
riscado para resolver o problema, agora, às vésperas da eleição, aparece
vestindo o manto esfarrapado de defensor dos fracos e oprimidos, repetindo o
batido e surrado discurso proferido por velhas e manjadas raposas da política
rondoniense, achando que todo mundo é otário.
O impressionante é que
ainda tem gente que se deixa emprenhar pelos ouvidos com essa conversa mole
para boi dormir. Tenha santa paciência! Sejamos pelos menos originais nas
propostas apresentadas ao eleitor, porque coisas dessa natureza já não convence
mais, exatos os que creem em contos de fadas.
Cuidado, servidor! Estão
querendo lhe enganar mais uma vez. Preste muita atenção naquilo que é dito
pelos candidatos. Muitos, até com exagerado cinismo e arrogância, prometem o
reino encantado da fantasia, como se a sua consciência fosse uma espécie de
mercadoria barata, que estivesse exposta à venda. E fazem isso na maior cara de
pau, com um sorriso hipócrita de orelha a orelha.
Essa história de
transposição já ultrapassou todos os limites do racional. Particularmente, ando
com a paciência saturada com tanta enrolação, apesar de não ter nada que ver com
isso. E de pensar de muitas pessoas morreram acreditando no discurso barato de
políticos oportunistas às vésperas de eleições.
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