Sábado, 4 de dezembro de 2021 - 10h16

O pioneiro,
além de empreender, promove a transição de uma época para outra.
Jacques Marcovitch
Tempos difíceis aqueles em que queríamos introduzir o novo jeito de operar, a videocirurgia, em nosso estado, pois os planos de saúde só liberavam as cirurgias abertas, ditas convencionais. Como poderíamos pôr em prática a nova técnica se tínhamos apenas as aparelhagens caríssimas adquiridas como muito suor e trabalho, se não fossem autorizadas as cirurgias? Ficaríamos para trás, acomodados? Seríamos os párias desse novo tempo? Aceitaríamos passivamente aquela condição desfavorável para os nossos pacientes (incisões e risco de infecção maiores, sofrimento pós-operatório maior, recuperação mais demorada etc.) Nada disso! Inconformado e consciente da importância do novo tempo que estávamos vivenciando, tinha de certeza de que quem não dominasse a nova técnica estaria fora da realidade e alijado do processo evolutivo da medicina. Por isso, rebelei-me contra essa negação absurda e desumana da auditora dos convênios. Busquei, então, no Conselho Federal de Medicina (CFM), em 1995, uma solução definitiva para o impasse. Meu questionamento foi prontamente respondido pelo seu presidente, à época, o Dr. Edson de Oliveira, que escreveu, textualmente:
“A cirurgia videoassistida é apenas uma técnica à disposição do cirurgião devidamente treinado. Não há necessidade de credenciamento para sua execução, constituindo a sua obstaculização um cerceamento ao livre exercício profissional. O que deve ser pago é o honorário correspondente à cirurgia realizada (colecistectomia), sendo a técnica utilizada (convencional ou vídeo-assistida) fator secundário. Assim sendo, será irrelevante, à cooperativa, do ponto de vista econômico, qual o tipo de técnica cirúrgica escolhida pelo médico assistente.”
Essa resposta do eminente médico, em nome CFM, mudou os rumos da videocirurgia em todo o Brasil, tendo ampliado a liberação dos procedimentos videolaparoscópicos, fazendo com que todos os cirurgiões pudessem fazer o melhor para seus pacientes com a utilização da videocirurgia, bastando, para tanto, estarem habilitados para tal. Esse fato é motivo de grande orgulho para mim. Se não fizesse o que fiz, me sentiria traindo a confiança de meus pacientes e deixaria de cumprir um preceito do Código de Ética Médica, que impõe ao médico o dever de buscar o melhor que a medicina pode oferecer a seus pacientes. Missão cumprida.
*O Dr. PAULO GONDIM é cirurgião geral e
videocirurgião. Pós-graduado em Cirurgia Minimamente Invasiva pelo IPEMEC-CETREX.
Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e
Robótica (Sobracil), Membro Titular da Sociedade Brasileira de Hérnia e Parede
Abdominal (SBH), Especialista em Cirurgia Geral pelo CBC, Membro Titular do
Colégio Brasileiro de Cirurgiões, Membro do Colégio Brasileiro de Cirurgia
Digestiva,, Especialista em Cirurgia Videolaparoscópica pela Sociedade
Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica, pela Associação Médica
Brasileira e pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões, Especialista em Cirurgia Geral pelo Conselho Federal de Medicina e
coordenador do setor de videocirurgia do Hospital Central.
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