Quarta-feira, 22 de junho de 2022 - 16h32
Confesso que é desestimulante você escrever sobre
política num país sem memória, com um povo tolerante, que aceita atos de
corrupção vergonhosos, sem nenhum espanto, com os poderes republicanos sem o
mínimo de pudor, agindo em prol dos seus próprios interesses, com um STF sem a
mínima isenção. O poder emana do povo e em seu nome será exercido, determina
a democracia/Piaimã. O que esperar do povo/Macunaíma: põe,
mas não depõe?
Até hoje eu sinto vergonha do episódio dos R$ 51
milhões em dinheiro vivo, pertencente ao pilantra baiano, Geddel Vieira Lima,
mostrados ao vivo e a cores para o Brasil e o mundo, pela Rede Globo. Dinheiro
sem origem conhecida, guardados num apartamento da família. A Bahia esqueceu as
imagens absurdas e a justiça mandou o processo para um dos inúmeros buracos
negros da política brasileira.
Pois bem, Geddel, um dos caciques do MDB baiano,
fechou com o candidato do PT, esquecendo Simone Tebet, candidata de seu
partido, assim ele se aproxima de novo do Lula/corrupção, pois sabe que na
Bahia Simone não tem vez. Pura política de interesses. No Sudeste, Aécio Neves
do PSDB, caminha a passos largos para apoiar Bolsonaro. Salve-se quem puder.
O Nordeste, apesar de todo avanço no mundo da
informática, ainda sofre o efeito do voto de cabresto, do tempo dos coronéis. O
senador Renan Calheiros, herdeiro político dos demagogos alagoanos, mestre nas
mutretas para se chegar ao poder, também ignorou a candidata de seu MDB e
fechou com Lula, apostando na vitória do PT e no retorno à manipulação de
milhões de reais, com a complacência das Côrtes do judiciário. No Nordeste,
durante as campanhas políticas, a miopia e o Alzheimer tomam conta da maioria.
As pesquisas
voltaram ao noticiário, apresentadas como reais tendências do eleitorado, mas
nunca deixaram de sofrer do conhecido Mal do Meteorologista: quando acertam
ninguém se lembra, quando erram ninguém se esquece. Por outro lado, pesquisas
não mostram mudanças de última hora, como aquela que levou Erundina (4º lugar)
a ganhar de Maluf 1º lugar), em São Paulo, ou a que colocava Bolsonaro nas
últimas posições e ele acabou ganhando a eleição, em 2018.
Os especialistas em mídias ou redes sociais estão
apostando no sucesso do Pablo Marçal, lançado pelo Pros, como pré-candidato ao
cargo de Presidente da República. Num país carente de alternâncias no poder,
tudo é possível. Tomara que não seja um novo Color.
Ademais, muitos eleitores não votarão em Lula, nem
em Bolsonaro. A 3ª Via continua aberta. Se Pablo Vittar, o pupilo multigênero da
Rede Globo, entrar na campanha, pelo xará, não se surpreendam com os
resultados. Que país é esse? É uma pergunta que não envelhece,
apesar das comemorações pelos 200 anos da independência.
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