Quinta-feira, 30 de maio de 2024 - 13h34
De
vez enquanto é sempre bom espairecer, lendo anedota ou engraçada historieta.
A
que pretendo recontar, por palavras minhas, é de autoria do Padre Manuel
Bernardes.
Havia
antigamente na ilha da Sicília, na cidade de Agrigento, cego astuto e assaz
inteligente, que sem se perder, deambulava pelos caminhos tortuosos da ilha.
Como
era poupado, aforrara bastante, arrecadando preciosa quantia que ciosamente
guardava entre a palha do enxergão.
No
correr do tempo, uma dúvida se levantou:
Era
cego e se ladrão a quadrilha de malfeitores, suspeitando o pecúlio – e sempre
há suspeitas, – o extorquisse.
Após
muito matutar, assentou que melhor seria enterrá-lo em bom recato.
Assim
pensou, melhor o fez. Pela calada da madrugada, dissimulado pela ténue luz
lunar, cavou profunda cova depositando o púcaro com o precioso dinheiro.
Mas,
sentindo estranho ruído, pressentiu que o arteiro do vizinho o vigiava...
Na
dúvida, manhã alta, procurou o "amigo", para lhe pedir Conselho:
-
Ó vizinho! Faça-me o favor de me aconselhar! Enterrei em sítio azado,
determinada quantia, que arrecadara, ainda tenho o restante, que escondi no
judeu. Como sou cego, não lhe parece que melhor seria enterrá-lo junto do
outro?
O
"amigo" alegrou-se e aconselhou-o:
-
Faz bem... muito bem. Sempre é mais garantido, do que tê-lo em casa.
Mas
receoso, de ser descoberto, apressou-se a restituir o que retirara do panelo.
No
dia seguinte, o cego, foi pelo despertar do dia, desenterrar, o púcaro, e com
satisfação, verificou que o dinheiro estava lá.
Com
forçado sorriso, virou-se para o lado onde supunha que o "amigo"
estava observá-lo, e sustentando o panelo, disse-lhe levantando a voz:
-
" Amigo: vejo mais eu, sendo cego. do que você com os dois olhos!... "
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