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Crônica

A verdadeira educação


Por Humberto Pinho da Silva - Gente de Opinião
Por Humberto Pinho da Silva

Nunca se falou tanto de educação como nos nossos dias, mas são poucos os que sabem educar.

Em norma confunde-se educar com instruir.

Educa-se em casa, no seio da família. Instrui-se na escola, com o professor.

Pais há que preferem abdicar, deixando a difícil tarefa, à escola, o que é um erro. O professor pode ser ótimo mestre, mas corre-se o risco de inculcar, nas mentes em formação, ideologias e conceitos nefastos e perniciosos.

Em: " L Educantion des Filhes" – Paris Corrêa, Mauriac, aborda e indica o que é a verdadeira educação:

"Para muitos pais, o essencial é, antes de tudo o mais, que os filhos estejam de saúde: é esse o primeiro cuidado: " Estás a transpirar, não bebas ainda... Parece-me que estás quente: vou ver se tens febre..." (...) Primeiro cuidar da saúde da criança; depois da educação: " Põe-te direito: estás a fazer corcunda... Não limpes o prato... Não te sabes servir da faca... Não te espojes no chão dessa maneira.... Põe as mãos em cima da mesa! As mãos, não os cotovelos... Com a idade que tens, ainda não sabes descascar um fruto?..." Sim, é preciso que sejam bem-educados! E o sentido que todos nós damos a esta expressão " bem-educados" mostra até que ponto nós a rebaixamos. O que conta é a impressão que possam causar aos outros, ou seja, a fachada. Desde que, exteriormente, não traiam nada do que o mundo não aceita, achamos que tudo está a correr bem.

" Os únicos educadores dignos desse nome - mas quantos há que o sejam? - são aqueles para quem conta aquilo a que Barrés chamava educação da alma. Para esses, o que importa naquela jovem vida, que lhes é confiada, não é só a fachada que dá para o mundo, mas as disposições interiores, aquilo que, num destino, só Deus e a consciência conhecem

A educação moral da criança, é uma coisa importante"

O que devia interessar ao educador, não é como disse Mouriac, a fachada, as boas maneiras, regras uteis para viver em sociedade, mas  a educação da alma, para que cresça com solida formação moral e venha a ser útil à coletividade, como cidadão.

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