Quarta-feira, 29 de novembro de 2023 - 13h59

A prática do suicídio é uma questão
de saúde pública que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, também é
considerado um fenômeno multifatorial por existir diversos elementos envolvidos
até que uma pessoa tome à decisão de uma tirar a própria vida.
Para se ter ideia, segundo o
Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em junho deste ano, o número
de suicídios no Brasil cresceu 11,8% em 2022 na comparação com 2021, nos
levando à reflexão do que se fez até agora para impactar e melhorar a vida de
pessoas com tendências suicidas.
Contudo, as pautas de prevenção à
prática, falham ao terem pouca abordagem direcionada ao público masculino, pois
estudos do Ministério da Saúde apontam serem maiores os índices de doenças
psicológicas e suicídios em pessoas do sexo masculino.
Além disso, um relatório recente
intitulado Saúde Mental e Bem-Estar, realizado pela Opnion Box em parceria ao
Histórias de Ter.a.pia, aponta que o número de homens compromissados a fazerem
terapia é 8% menor do que mulheres no mesmo segmento.
Esses números
alarmantes destacam o quão urgente é abordar a prevenção ao suicídio como
uma prioridade global, com ressalvas à necessidade de atingir com
especifidade o público mais afetado, o masculino.
O impacto da sociedade patriarcal à
saúde mental
A imposição social de normas de
gênero, papéis tradicionais e comportamentos, cria um ambiente de constante
pressão psicológica e até mesmo financeira para alguns homens que se veem como
principais responsáveis pela manutenção econômica do lar, assim como pouco
acolhidos e incentivados a desabafar ou buscar tratamentos psicológicos em
situação de crise.
Esse comportamento social de
restringir a sentimentalização masculina pode levar à ansiedade, depressão e
baixa autoestima, à medida que essas pessoas se esforçam para atender às
expectativas sociais muitas vezes irreais.
Um ambiente que se esforça para
coibir a exposição de sentimentos e de vulnerabilidades, vendendo esse perfil
como homem ideal, pode ser considerado o principal fator para o adoecimento
mental, desleixo com a saúde e as altas taxas de suicídio ligadas ao sexo
masculino.
O que é preciso mudar no pensamento
social quanto ao tema?
A prevenção ao suicídio é um
compromisso de todos, e uma responsabilidade dos órgãos de saúde pública, não
bastando o acompanhamento de gráficos, mas trabalhando em cima de temas
fortemente ligados a raiz do problema. Veja a seguir algumas das possibilidades
que você pode tomar no seu dia a dia auxiliando a prevenção de casos:
1. O acesso à saúde mental deve ser
para todos: terapia, além de fazer bem à saúde pessoal de cada
indivíduo, é benéfico a todos que estão ao redor. Portanto, incentive colegas
de trabalho, familiares e amigos a adotarem a prática da terapia em suas vidas.
2. Derrubar dogmas de gênero: A
frase ‘isso não é coisa de homem’ não precisa fazer parte do seu cotidiano.
Além de banalizar determinadas atitudes de outrem, ela tem o poder de baixar a
autoestima e criar uma pressão exacerbada para se encaixar em determinado padrão.
3. Não julgar e lidar com crises: É
imprescindível tomar conhecimento que cada ser humano sente a dor de uma forma,
respeite e acolha, evitando colocar suas imposições ao sentimento de outra
pessoa. Uma boa alternativa é buscar aprender técnicas e ensinamentos que te
levarão a entender as crises mentais que as pessoas ao seu redor podem vir a
ter.
Vale sempre pontuar que doenças mentais existem, assim como tratamentos para as mesmas também, mas o nosso comportamento social é um grande fator de impacto para o bem-estar e saúde de todos que nos rodeiam. A prevenção ao suicídio não acontece somente após a tentativa, mas sim todos os dias quando escolhemos as atitudes, palavras e comportamentos que teremos.
*Mara Leme Martins, PhD. Psicóloga
e VP BNI Brasil - Business Network International, a maior e mais bem-sucedida
organização de networking de negócios do mundo
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